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​Discussão do OE 2016 resume-se a “pão e circo”

16 mar, 2016 - 11:14

Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais criticou a atitude dos partidos à direita, que acusou de se envolverem numa "polémica estéril".

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O secretário de Estado dos Assuntos Fiscais afirmou esta quarta-feira que a discussão na especialidade do orçamento para 2016 se resume a "pão e circo", considerando que a esquerda discutiu medidas, ao passo que, da direita, "veio o circo".

"Na Roma Antiga, dizia-se como princípio de exercício do poder `pão e circo`. Neste encerramento, o que tivemos foi, do lado das bancadas parlamentares da esquerda, a discussão de medidas que afectam o rendimento das pessoas e que afinam com mais justiça os impostos - o pão", afirmou Fernando Rocha Andrade numa intervenção no último dia do debate na especialidade do Orçamento do Estado para 2016 (OE2016).

O secretário de Estado dirigiu-se depois aos grupos parlamentares do PSD e do CDS-PP para afirmar que, "do lado da direita, veio naturalmente o circo em torno de uma polémica estéril sobre normas interpretativas", referindo-se concretamente à deputada social-democrata Margarida Balseiro Lopes, que criticou as "mais de 20 normas interpretativas que têm carácter retroactivo" que constam do orçamento.

Quanto ao CDS-PP, Rocha Andrade disse que "o circo" se instalou porque o partido está a discutir "uma proposta que ninguém apresentou na especialidade, que é a relativa ao imposto sucessório".

A deputada centrista Cecília Meireles respondeu a estas afirmações para dizer que "é legítimo" o CDS preocupar-se com a intenção do Governo de "taxar factos tributários passados" e "querer impedi-lo de o fazer", lamentando que o Rocha Andrade tenha considerado que isto se trata de "um circo".

Na resposta, o governante clarificou que "não é a discussão sobre o imposto sucessório que é o circo e que são legítimas todas as discussões" e acrescentou que "nem o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais nem o Governo podem criar qualquer imposto sucessório".

Sublinhando que "qualquer proposta terá de vir a este Parlamento, terá de ser aqui discutida e merecerá a votação que este parlamento entender", Rocha Andrade concluiu que "a única discussão séria será a que exista em torno de uma iniciativa que seja apresentada pelo Governo ou qualquer partido" e que "o que é um circo é provocar uma discussão em torno de uma proposta que não existe".

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  • Luis
    16 mar, 2016 Lisboa 12:50
    Mas está tudo a parvar, ou quê? A direita foi ao circo? Valha-nos a Santa da Agrélia. A direita é o circo. E um grande circo. Palhaços, burros, camelos, ursos e tantos outros quadrúpedos de que a direita está repleta. O maior circo Nacional que nos sai demasiado caro a cujos espectáculos a maioria não assiste mas para o qual todos temos que pagar. Ainda por cima um circo onde tirando os animais nada mais vale.
  • antonio
    16 mar, 2016 lisboa 12:40
    O lamentável de tudo isto , é que não se sabe onde está o PS. Se no pão ou no circo. Poderá também ser visto como bola e pão. Aqui o PS está verdadeiramente como o apanha bolas. Neste momento apanha as bolas que a esquerda manda , mas está pronto a apanhar as bolas da direita. E o circo continua.......
  • pindorica
    16 mar, 2016 lisboa 12:18
    a geringonça cada melhor. Vamos todos para o fundo.
  • maria
    16 mar, 2016 Lx 12:10
    Pão da Esquerda, circo da Direita.
  • joao santos
    16 mar, 2016 lisboa 11:50
    os srs do PSD e CDS acham que são ainda (!) os DEUSES todos poderosos e que ainda estão no governo... e isso vê-se pelo sr. Paços Coelho que continua focado em mostrar a sua presença na TV e a dar entrevistas.
  • Paulo
    16 mar, 2016 vfxira 11:41
    IRRA!....que já chateia o cds e o psd,sempre a baterem na tecla que só eles têm razão.Não contribuem em nada para a melhoria do país e da vida do povo.
  • Rodrigues
    16 mar, 2016 Aveiro 11:33
    enquanto Portugal tiver políticos medíocres e continuar-se a discutir idiotices, nunca passará da pobreza em que se encontra para quando uma discussão séria sobre a redução drástica de municípios, de freguesias, redução de deputados? enfim uma reforma administrativa profunda...

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