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Segurança Social. PS recusa acordo com o PSD e faz desafio

04 abr, 2016 - 22:00

Carlos César lançou um contra-ataque aos sociais-democratas, para que discutam, no Parlamento, o pacote da transparência no exercício de funções públicas.

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O presidente do PS recusa um acordo com o PSD para a reforma da Segurança Social e considera prioritário um compromisso para o reforço da transparência na vida política, em relação à revisão do sistema eleitoral.

Carlos César falava esta segunda-feira à entrada para a reunião da Comissão Nacional do PS, depois de confrontado pelos jornalistas com os desafios lançados pelo PSD no domingo, durante o seu congresso, no sentido de haver acordos de regime nas matérias de reforma da Segurança Social e do sistema político.

O presidente do PS afirmou-se "perplexo" com o desafio colocado pelo líder social-democrata, Pedro Passos Coelho, pedindo aos socialistas para que "abdiquem de cumprir os seus compromissos eleitorais" no que respeita ao sistema público de Segurança Social.

"Como é que alguém que foi primeiro-ministro nos últimos anos, que é responsável máximo de um partido com grande tradição na vida política portuguesa, se atreve ou autoriza a dizer que é importante que o PS esqueça o que disse em campanha eleitoral em matéria de Segurança Social para entrar em acordo com o PSD? É um apelo verdadeiramente extraordinário", declarou o ex-presidente do Governo Regional dos Açores.

Numa crítica ao PSD, Carlos César afirmou que "não cumprir" promessas eleitorais "foi a palavra de ordem" do anterior Governo.

"Agora, a palavra de ordem parecia ser a de apelar ao PS para que pudesse fazer um acordo em matéria de Segurança Social que traísse os seus próprios compromissos", reforçou o presidente dos socialistas, dizendo que a prioridade do actual executivo "é a de garantir a sustentabilidade dos sistemas públicos, designadamente o da Segurança Social".

Medidas contra a evasão ilícita de capitais

O presidente do PS disse esperar que a operação "Papéis do Panamá" faça a União Europeia tomar medidas eficazes contra a evasão ilícita de capitais e referiu que os socialistas têm no parlamento iniciativas anticorrupção.

Carlos César falava à entrada para a reunião da Comissão Nacional do PS, depois de interrogado sobre o que espera da investigação internacional, realizada por uma centena de jornais, que descobriu bens em paraísos fiscais de 140 políticos, futebolistas ou milionários, desencadeou hoje uma onda de choque mundial, aguardando-se novas revelações.

"Acompanho a evolução deste caso com muita expectativa, até porque a sua dimensão ainda não é conhecida da realidade de cada país, designadamente no caso português. É importante que se apure rapidamente aquilo que há a apurar e que se possa inverter este caminho de opacidade a uma escala mais global do que a própria escala nacional para que haja sucesso no combate à corrupção", reagiu o líder da bancada socialista.

Prioridade à transparência dos políticos

Já no que respeita ao repto do PSD para que o PS faça um acordo de revisão do sistema eleitoral, matéria que requer uma aprovação de dois terços na Assembleia da República, Carlos César lançou um contra-desafio aos sociais-democratas: discutam, no Parlamento, o pacote da transparência no exercício de funções públicas.

"A prioridade do PS, do ponto de vista da qualificação da nossa democracia passa, em primeiro lugar pelo reforço dos mecanismos de transparência e de exercício da titularidade de cargos políticos e públicos."

"É por aí que temos de começar a trabalhar em conjunto, para pôr termo as todas as portas entreabertas a mecanismos de abuso de poder, de exercício ilegítimo do poder ou até de corrupção. É importante aproximar a política dos cidadãos através da criação de mecanismos de controlo das incompatibilidades, de registo de interesses e de escrutínio da actividade política e do exercício de altos cargos públicos", disse, numa alusão aos projectos que a bancada socialista entregou na sexta-feira na Assembleia da República.

Ou seja, para Carlos César, após a conclusão dos trabalhos da comissão eventual para a transparência na vida política, "então será oportuno passar a outros níveis de abordagem das questões com exercício de cargos políticos e sua proximidade face aos cidadãos".

Os socialistas já apresentaram, no Parlamento, um pacote sobre transparência que aperta a malha a casos como os da contratação de Maria Luís Albuquerque ou de deputados com vínculos a sociedades de advogados.

O Congresso Nacional do PS vai ter três dias de duração, realizando-se entre 3 e 5 de Junho na Feira Internacional de Lisboa e abrirá a sua organização a independentes.


[notícia actualizada às 7h00 de dia 5]

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  • Porconta
    05 abr, 2016 Porto 09:44
    Infelizmente para este PSD o que se promete em campanha eleitoral é para iludir os portugueses, não passa de publicidade enganosa que tem de ser esquecida logo que entrem para o Governo, foi assim em 2011 e estavam a fazer o mesmo agora basta ver o que disseram antes e durante a campanha e o que se verificou após as eleições, mas pior do que isso é alguns dos seus apoiantes e ainda são muitos aceitarem e validarem essa postura de vigaristas, e esta direcção assume isso com a maior desfaçatez do mundo, por vezes eu, e imagino milhões, fico pasmado com tanta descontracção desta direita a contradizer-se a si própria. Querem eles governar nos jornais porque aí tem o apoio de alguma imprensa com provas dadas de muito "independente", mas não querem fazer propostas na assembleia da republica e aceitar a democracia como ela é com os mandatos que foram distribuídos pelo povo por cada partido, as propostas devem ser feitas no lugar certo obedecendo ás regras que todos aceitaram como democráticas, isto é uma lembrança para os mais distraídos que aqui se exprimem em defesa do indefensável só porque pertencem ao clube e tomam as dores do seu chefe independentemente se tem ou não credibilidade para abrir a boca.
  • Luis
    05 abr, 2016 Lisboa 09:33
    A Geringonça e a Caranguejola andam a passear, cada vez que a Geringonça dá um peido a Caranguejola vai ao ar. O PaFalhado Mor do trocaPassos pelos vistos ainda não está farto de dizer e propôr baboseiras e muito menos de levar nas ventas como resposta. Compreende-se o esforço do homem para agora tentar demonstrar que é social democrata só que ele como lerdo que é esquece-se que as coisas depois de feitas não podem ser apagadas. E ele fez tanta coisa mal feita que dificilmente poderão alguma vez ser esquecidas por milhares e milhares de Portugueses. Alguém que agarre no PSD ou então este implode.
  • joão
    05 abr, 2016 lisboa 06:12
    Como é que alguém rejeita conversar...? Este tipo é um ( desculpem a palavra ) anormal. Basta ver o tipo de linguagem que usa nos discursos na assembleia e a distorção que faz dos factos, muito triste...
  • fernando simoes
    05 abr, 2016 povoa de varzim 04:53
    a onde estão os aumentos para a segurança social centro nacional de pensões devem vir de carroça sao tao grandes que estao a juntar tudo duma ves vergomha
  • rosinda
    05 abr, 2016 palmela 02:30
    eu sou um bocadinho burra nao percebi muito bem se o doutor paulo morais tem alguma horta nas costas!
  • rosinda
    05 abr, 2016 palmela 02:21
    sera que o ps pensa como uma pessoa que eu conheci que morava na cidade!Em anos de seca quando as pessoas se lamentavam com falta de agua a resposta era "quero la saber nao tenho nenhuma horta nas costas"
  • ayevedo
    04 abr, 2016 alemanha 23:30
    PS e uma vergonha para o pais quando nao tem dinheiro.
  • Mrsrosa55
    04 abr, 2016 Amadora 23:15
    O que o PSD nunca não tem a honestidade de confessar é que na sua ótica "Reforma da Segurança Social" significa tão só a eliminação dos poucos direitos sociais de que os portugueses ainda beneficiam, transferindo para o patronato algumas das poucas disponibilidades que ainda existem, fazendo isso a título de criação de emprego, o que nem sequer é verdade porque se trata de trabalho temporário mal remunerado e ainda por cima com subsídios da Segurança Social. É esta a Social Democracia moderna de PASSOS COELHO.
  • NL
    04 abr, 2016 Ermesinde 23:11
    O fascismo, em Portugal, acabou definitivamente no dia 25 de Abril de 1974.Que os criminosos do PSD/CDS não o queiram reimplantar. em Portugal. O mundo não quer fascistas. Portugal muito menos.
  • provocação
    04 abr, 2016 Santarém 22:54
    Uma vez mais o PSD recebe a recusa do PS sem qualquer discussão sequer sobre qualquer matéria o que demonstra a má vontade do PS em dialogar, que aliás ficou bem patente na forma como o PS se apoderou do governo, se o PSD se ajoelhar e disser ao PS apresentem lá as vossas ideias que nós aprovamos sem contestação, estou certo que o PS estará disposto no mínimo a um aperto de mão ao senhor Passos Coelho.

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