06 abr, 2016 - 11:00
O primeiro acto de Pedro Passos Coelho como líder reeleito do PSD é uma resposta ao "powerpoint" do Plano Nacional de Reformas do Governo, com um conjunto de propostas - 35 - focadas na sobretudo voltadas para a desalavancagem das empresas.
O jornal "Público" teve acesso ao documento social-democrata que será apresentado esta quarta-feira, ao início da tarde.
O PSD propõe mecanismos de antecipação de dificuldades financeiras em empresas viáveis, reavaliação dos limites fiscais ao financiamento das empresas e incentivos à aceitação da reestruturação de créditos por parte dos credores…
Em matéria de capitalização das empresas, o maior partido da oposição defende a promoção de fundos dirigidos a sectores estratégicos específicos e uma plataforma de aconselhamento ao financiamento junto do Banco Europeu de Investimento.
Não há alteração de estratégia, diz Montenegro
O líder parlamentar do PSD já rejeitou a ideia de que as propostas do PSD para o Plano Nacional de Reformas constituem uma alteração da estratégia do partido, considerando que os sociais-democratas têm obrigação de contribuir para um documento nacional.
"Não mudámos de estratégia", assegurou o presidente da bancada do PSD, Luís Montenegro, em conferência de imprensa realizada no parlamento, para divulgar dois dos seis projectos de resolução que o partido vai apresentar nas próximas semanas, um por cada eixo do Programa Nacional de Reformas.
Recusando a ideia que os sociais-democratas se demitiram de intervir na discussão do Orçamento do Estado para 2016, quando optaram por não apresentar qualquer proposta de alteração, Montenegro considerou que, no domínio do Programa Nacional de Reformas, o PSD tem "obrigação como principal partido da oposição de dar um contributo para um documento que é um documento nacional que é apresentado aos órgãos da União Europeia e que vai servir de base às políticas públicas dos próximos anos".
"Nós estamos muito tranquilos e muito convictos da estratégia que seguimos até aqui e da que vamos seguir no futuro", vincou.
A não apresentação de propostas de alteração do Orçamento do Estado aconteceu porque, do ponto de vista do PSD, o documento não tinha "emenda possível" e não podia ser "perturbado por qualquer medida que avulsamente fosse aprovada sem o apoio do PS".
[notícia actualizada às 14h10, com declarações do líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro]