Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

António Costa: Melhoria da economia em 2015 "era aparente e não real"

28 abr, 2016 - 15:41

Primeiro-ministro anuncia medidas de combate aos paraísos fiscais e reafirma que não vai aumentar impostos.

A+ / A-
António Costa: Melhoria da economia em 2015 "era aparente e não real"
António Costa: Melhoria da economia em 2015 "era aparente e não real"

A melhoria da situação económica em 2015 "era aparente e não era real", terminando com "claros sinais do esgotamento da recuperação", com um "crescimento cada vez mais anémico", afirma o primeiro-ministro, António Costa.

"Ao contrário do que a anterior maioria nos quis fazer crer, a melhoria da situação económica em 2015 era aparente e não era real. Os dados económicos do segundo semestre de 2015 davam claros sinais do esgotamento da recuperação", argumentou António Costa, na intervenção de abertura do debate quinzenal, no Parlamento.

"BE pode contar com o Governo para combater as 'offshores'"

Catarina Martins, do Bloco de Esquerda, perguntou se o Governo está disponível para rever a legislação portuguesa em matéria de "offshores", numa altura em que o mundo está a ser abalado pelo escândalo dos "Panama Papers".

António Costa anunciou que, ainda esta quinta-feira, o conselho de ministros vai aprovar diplomas para agilizar a troca de informações sobre paraísos fiscais.

"O Bloco não está sozinho e pode contar com o Governo para combater as 'offshores', que são uma ameaça à transparência", declarou o chefe do Governo.

Costa deixa futuro do Novo Banco em aberto

Catarina Martins perguntou depois ao primeiro-ministro o que pretende fazer em relação ao Novo Banco. António Costa deixou todas as possibilidades em aberto.

“Entre uma solução de fusão, nacionalização, venda ou qualquer outra, eu não a fecho antecipadamente”, respondeu à deputada do BE.

António Costa defende a “maior prudência, estudo de todas as soluções e não exclusão de nenhuma solução à partida”.

“É isso que vamos manter para decidir a que é melhor para o contribuinte e para a estabilização do sistema financeiro”, sublinhou.

Haverá aumento de impostos?

A líder do CDS, Assunção Cristas, quis saber se o Governo garante que não vai aumentar impostos neste e no próximo ano, se o IVA na restauração vai mesmo baixar e se não vai recuperar o imposto sucessório, como estava previsto no programa eleitoral do PS.

"Não haverá aumento de IRS, IRC, do IVA, nem reorganização dos produtos. O IVA da restauração baixa a 1 de Julho", respondeu António Costa. Quanto ao imposto sucessório explicou que será uma questão a discutir em sede de concertação social.

"Relativamente ao IMI, já baixámos a taxa máxima e cumprimos proposta de repor a cláusula de salvaguarda para defender famílias de aumentos brutais de IMI", sublinhou.

"O CDS era o partido campeão dos contribuintes, mas depois de ter feito parte de um Governo campeão dos aumento de impostos, é preciso mais pudor", atirou António Costa.

"Documento não é secreto"

O primeiro-ministro, António Costa, nega a existência de um anexo secreto ao Programa de Estabilidade e vai distribuir o documento com os outros partidos.

“O documento não é secreto, está aqui para distribuição aos partidos. O documento faz a distribuição valores do Programa de Estabilidade . Sem mistério”, esclareceu António Costa durante o debate quinzenal, no Parlamento.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Artur
    12 mai, 2016 Lisboa 00:20
    Exactamente 2,4 mil milhões nos reformados e pensionistas ia ser sempre a aviar até ao osso porque isso foi o que disseram a descarada sabe-se lá mais o que viria ainda o Costa, Catarina, Aloisa e Jeronimo deviam ser declarados herois nacionais.
  • Ó Maria
    28 abr, 2016 pt 20:45
    Vai apanhar alfaces!...Tás a precisar de um xazinho de alface!
  • mais do que evidente
    28 abr, 2016 lx 20:42
    Todos nos lembramos e não podemos esquecer o que estava prometido a Bruxelas pelo governo da caranguejola. Pelo menos eram surripiados às pensões e reformas mais 600 milhões por ano o que perfazia em 4 anos desse desgoverno, 2 mil e 400 milhões. E tudo para quê? Para continuar a aumentar a divida! Abençoado governo da "geringonça"...
  • Luis B.
    28 abr, 2016 Mirandela 20:27
    De facto era "aparente": a economia cresceu 1,5% e isto é aparente.. entretanto a baixa da taxa de crescimento económico previsto pelo actual governo, baixa essa de quase todas as instituições ou agências ligadas a estes assuntos, e para valores inferiores aos 1,5% do ano passado, isso não é aparente.. é mesmo real...
  • Jorge
    28 abr, 2016 Porto 20:03
    Quer dizer se agora o País andar para trás a culpa é do Passos. (Não perderam o tique de mentir todos os dias)
  • Para a Maria
    28 abr, 2016 Secreta 19:52
    Estavas tão mal habituada (você e todos nós), que a boa vontade e efetivo cumprimento da palavra dada durante a campanha eleitoral (dentro das limitações da comissão europeia), até parecem uma coisa estranha depois dos últimos 6 anos. Governar é isto: fazer todos os possíveis para melhorar a nossa vida e representar os interesses dos cidadãos, cumprindo medidas anunciadas em campanha e fazendo orçamentos LEGAIS, em vez de ser apenas um porta voz dos castigos impostos pelos credores, de dizer "vamos ainda mais além" e depois com grande lata andar, esses sim, a fazer campanha a gritar "social democracia sempre", como se soubessem sequer o que isso é. Por falar nisso, ah grande Marcelo ! Se fosse hoje, eu, que votei na Marisa Matias (BE), se calhar votava nele. Isso sim é moderação, bom senso e social democracia. Tudo o que falta na nossa direita neste momento!!!
  • maria
    28 abr, 2016 lisboa 19:47
    com o que já gastaram e o que prometem gastar a melhoria foi real; o primeiro -ministro anda de falcon para todo lado, os ministros voltaram a viajar em executiva em todas as circunstancias e como sabemos os clios são indignos para os traseiros dos socialistas
  • joao
    28 abr, 2016 porto salvo 19:42
    o D. Maria vejo que sabe distinguir campanha de governar. Fico muito satisfeito com isso. Digo-lhe sou apartidário, pois de todos eles venha o diabo e que escolha. Mas me diga que chama a um governo que antes das eleições devolvia uma certa quantia, com o aproximar devolvia mais ainda da sobretaxa de IRS, comas eleições passadas começa por dizer que já era menos a devolução ate chegar a zero. Isso talvez para si não seja campanha eleitoral, pois deve ser alguém do seu agrado, mas para mim isso é aldrabice e corrupção pura e politico que mentisse em campanha , pura e simplesmente prisão perpetua.
  • domingos pereira
    28 abr, 2016 barcelos 19:29
    Manuel o que é verdadeiramente real, é que só vejo treta por parte do Sr.º. primeiro ministro, fala tanto e quanto a factos não vejo nada, é só ver o que ele fez com os reformados, o governo anterior disse que se ganhasse as eleições aumentaria as pensões em 2%, mas agora com 1.40 euro por mês as meninas do bloco de esquerda mais revolucionários do p.c.p. está tudo bem, grande democracia desta geringonça.
  • Bruno Louro
    28 abr, 2016 faro 19:01
    O processo é sempre o mesmo, quer seja pintado de laranja ou rosa avermelhado. Começa por vender falsas esperanças, medos, etc em formato de promessas, seguido de um curto estado de graças, passando ao próximo passo de culpabilização do governo anterior e finalizando numa sodomização prolongada do contribuinte em que nada serve para curar um estado cada vez mais decrépito.

Destaques V+