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Governo sem registo de entidades públicas com aplicações em "offshore"

29 abr, 2016 - 12:19

O secretário de Estado diz que o Governo vai contactar o FMI para perguntar de onde recebeu a informação segundo a qual há entidades públicas portuguesas com aplicações em "offshore" e admitiu que possa ter havido "um erro de classificação".

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O Governo vai indagar junto do Fundo Monetário Internacional (FMI) para perceber a origem da informação segundo a qual haverá entidades públicas portuguesas com aplicações em paraísos fiscais, já que até ao momento nada foi detectado.

O secretário de Estado Adjunto, do Tesouro e das Finanças, Ricardo Mourinho Félix, adiantou, esta sexta-feira, no parlamento, que, até ao momento, foram contactadas "quase uma centena" de empresas públicas e, desses contactos, não surgiu qualquer informação que revelasse aplicações financeiras para países na lista de paraísos fiscais.

Mourinho Félix respondia a um pedido de esclarecimento do PEV, no debate de actualidade sobre o sistema financeiro suscitado pelo PCP.

O secretário de Estado adiantou que o Governo está a "contactar o FMI para perguntar de onde recebeu" a informação segundo a qual há entidades públicas portuguesas com aplicações em "offshore" e admitiu que possa ter havido "um erro de classificação".

Caso se confirme que alguém está a ocultar informação, seria "extremamente grave", disse.

Se for identificada alguma situação, acrescentou, o executivo tentará perceber "qual é a razão, que parece difícil de justificar", e também por que é que essa aplicação está oculta.

Na semana passada, o BE enviou um requerimento ao Governo a questionar que entidades públicas têm aplicações em "offshore" e lembrou que, em 2008, foi anunciado pelo FMI que "no perímetro do Estado português existiriam 151 milhões de euros" aplicados nesse tipo de sociedades.

Comentários
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  • Luis
    29 abr, 2016 Lisboa 14:34
    Há que ter calma. Com tempo vai-se saber quem é que está em todas as listas. Por muito que cá no burgo tudo esteja fechado em copas lá de fora vai-se saber tudo. Já começa a aparecer quem mesmo sem ter sido referido alvitre a possibilidade de fazer parte da lista. Quanto ao tratamento que depois vai ser dado aos ilustres listados já sabemos como é. Eternos processos de investigação com muitas fugas de informação originando muitas prescrições e arquivamentos por falta de provas e,e,e,e,e tudo aquilo a que estamos mais que habituados. É esperar para ver.

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