02 mai, 2016 - 17:10 • Paula Caeiro Varela
Vindo directamente de Roma, sem passar pela casa de partida, o Presidente da República embarca rumo a Moçambique, que vive um clima de forte tensão política e está a braços com uma grave crise financeira. Nada, contudo, que tenha demovido Marcelo Rebelo de Sousa desta visita marcada desde o início do mandato.
A visita começa esta terça-feira e termina na sexta. “É uma visita que está marcada há mais de um mês e meio e que vai ser realizada. Nada na situação económica financeira ou política moçambicana impediria a minha visita”, afirmou o Presidente da República aos jornalistas, em antecipação desta visita.
A situação em Moçambique é mais uma razão para não faltar, segundo Marcelo Rebelo de Sousa. “Moçambique precisa muito do apoio de países e instituições internacionais. Esse apoio está permanentemente a ser repensado e reponderado e, portanto, a situação económica e financeira não é fácil. Mais uma razão para os amigos de Moçambique estarem lá”, afirma o Presidente, que é um amigo de longa data daquele país, onde já disse que poderia viver se não vivesse em Portugal.
O pai do Presidente, Baltazar Rebelo de Sousa, foi governador-geral de Moçambique e Marcelo vai ser recebido pelo homólogo moçambicano no Palácio da Ponta Vermelha, onde a sua família morou.
Na comitiva desta visita presidencial, não há ministros nem deputados, apenas os secretários de estado da Defesa e da Cooperação. Com Marcelo estarão também representantes da Caixa Geral de Depósitos e do BCP, da Sumol, da Portucel e da Galp.
São quatro dias de agenda intensa, que, na parte política, incluem contactos previstos com os partidos com assento parlamentar. A visita inclui um almoço com 150 empresários moçambicanos e portugueses, entre os quais Jorge Coelho e António Mota, da Mota-Engil, uma das empresas que o Presidente vai visitar.
Marcelo vai reunir-se ainda com personalidades das áreas da cultura, religião e política, num almoço oferecido na embaixada portuguesa.