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Ferro destaca "grande consenso" quanto à candidatura de Guterres à ONU

13 mai, 2016 - 13:17

Diplomata das Nações Unidas foi aplaudido de pé pelos deputados de todas as bancadas e pelos membros do Governo.

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O presidente da Assembleia da República transmitiu ao secretário-geral das Nações Unidas, em Lisboa, o "grande consenso" que existe em Portugal quanto à candidatura de António Guterres à sucessão de Ban Ki-moon.

Numa reunião de cerca de 20 minutos, Ferro Rodrigues referiu ao diplomata "o grande consenso que há em Portugal à volta da candidatura de António Guterres a secretário-geral das Nações Unidas", disse aos jornalistas, após o encontro.

"Como é evidente, não depende do secretário-geral essa decisão, mas ficou bem expressa a nossa posição. A posição do Parlamento português é muito consensual neste sentido", afirmou.

O presidente da Assembleia da República sublinhou que "era importante que ficasse clara a posição do Parlamento português".

Questionado se a visita de dois dias do secretário-geral a Portugal pode ser interpretada como um apoio ao antigo primeiro-ministro na corrida ao cargo, Ferro Rodrigues respondeu que "tem de ser interpretada como aquilo que é: é uma visita do actual secretário-geral das Nações Unidas a um país que tem um grande respeito e uma grande admiração pelas Nações Unidas, aliás como se pôde verificar pela maneira como o senhor Ban Ki-moon foi recebido por todo o plenário".

Secretário-geral da ONU aplaudido de pé

Depois do encontro com Ferro, o secretário-geral das Nações Unidas subiu à tribuna dos convidados no plenário, onde foi aplaudido, de pé, pelos deputados de todas as bancadas e pelos membros do Governo. Apesar dos apelos, Ban Ki-moon não falou aos jornalistas.

Ferro Rodrigues destacou que foi "uma grande honra para o Parlamento português e para o presidente da Assembleia da República poder receber o secretário-geral das Nações Unidas, um homem que se tem batido nos últimos dez anos por conseguir que os conflitos se resolvam o mais pacificamente possível que tem desempenhado, em todas as crises, um papel de procura e de busca de soluções".

"Infelizmente, nós sabemos que a situação hoje, ao nível global, é uma situação muito grave, não por responsabilidade do secretário-geral das Nações Unidas, mas pelos interesses que se movem em todos os continentes e que fazem deste mundo actual um mundo onde o terrorismo, as guerras, a fome e a exclusão têm aumentado", comentou.

Outro tema que Ferro Rodrigues abordou no encontro foi a "preocupação portuguesa com a crise dos refugiados", relatando "a disponibilidade que o governo português e toda a AR têm sempre manifestado no sentido de um apoio humanitário bastante mais rápido e bastante mais eficaz do que até agora foi feito, sobretudo ao nível da União Europeia e por parte de Portugal".

O presidente da Assembleia da República recordou que Portugal tem obrigação de receber cerca de quatro mil refugiados, mas tem reiterado a sua disponibilidade para receber até dez mil. "O único problema que existe é um problema de organização por parte da União Europeia, da Comissão Europeia, das autoridades dos países onde esses migrantes estão mais localizados para poderem vir para Portugal, para trabalhar, para se inserirem em situações de estudo e também a nível social", considerou.

Por fim, Ferro disse ter agradecido ao secretário-geral da ONU "o particular relevo" que tem dado ao desenvolvimento da União Parlamentar, organismo parlamentar que aglutina os países das Nações Unidas, com várias reuniões por ano.

A visita de Ban Ki-moon termina esta sexta-feira, com um encontro com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, no Palácio de Belém.

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