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Passos critica "passividade" do Governo com os estivadores

23 mai, 2016 - 20:58

Líder do PSD defende medidas como a requisição civil para evitar que o problema "chegasse tão longe".

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O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, não compreende "a passividade do Governo" no conflito dos estivadores do porto de Lisboa e pediu para evitar consequências negativas como o anunciado despedimento coletivo.

Os operadores do porto de Lisboa anunciaram que avançaram esta segunda-feira com os trâmites para o despedimento colectivo que poderá abranger os 320 trabalhadores, por há mais de um mês o porto estar paralisado devido à greve dos estivadores.

"Não compreendo a passividade que o Governo tem mostrado nesta matéria", afirmou o líder social-democrata, afirmando que o executivo podia ter adoptado medidas políticas, inclusive a requisição civil para evitar que o problema "chegasse tão longe".

Passos lembrou que, ainda em Dezembro, a ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, "fez declarações que apontavam no sentido de que este problema estaria solucionado".

"Passaram-se vários meses, é conhecida a estratégia que tem vindo a ser anunciada pelo próprio sindicato, a penalização para as nossas exportações tem sido muito evidente e não tenho dúvida, no fim ainda restará um cenário tão perverso quanto é o de poder conduzir até ao despedimento dos próprios trabalhadores, o que significa portanto que não é a racionalidade que está aqui a ser salvaguardada", declarou.

O presidente do PSD falava em Chaves, no distrito de Vila Real, no final das jornadas da Valorização do Território em Trás-os-Montes, referindo ainda que "há medidas de políticas que deviam já ter sido adoptadas, em devido tempo", para evitar que se chegasse "tão longe quanto se chegou" no caso do porto de Lisboa.

"Por exemplo, o Governo não podia cruzar os braços e dizer apenas que aguarda que o entendimento seja alcançado, quando se ultrapassam certas barreiras, há mecanismos que o Governo pode adoptar intervindo sobre estas situações, o último dos quais a requisição civil", observou.

Para Passos Coelho, "o que parece é que o Governo, para não desagradar ao sindicato dos estivadores deixou chegar longe demais o conflito que agora tem perdas que são irreparáveis mesmo para os operadores e para a economia nacional".

O ex-primeiro-ministro não tem dúvidas de que "essas consequências negativas podiam ter sido evitadas se o Governo não tivesse cruzado os braços e não tivesse ficado à espera de simplesmente por milagre o entendimento pudesse ser alcançado quando era muito claro há muito tempo que, do ponto de vista político, não havia espaço para que esse entendimento ocorresse naturalmente".

Passos Coelho passou o dia de hoje na região de Trás-os-Montes onde se reuniu com representantes académicos, empresários, e agricultores e visitou equipamentos, apelando a políticas específicas para valorizar os recursos dos territórios de baixa densidade populacional.

Comentários
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  • Pinto
    24 mai, 2016 Custoias 22:33
    Ouçam Passos Coelho e vejam a estirpe de que é feito, abram os olhos e parem no tempo para pensar o que querem para este país.
  • anti-pafalhosos
    24 mai, 2016 alcains 19:54
    O tecnoformático pafalhoso trapassos, até Out.2015, viveu em que país?quais foram as medidas que tomou a sua tenebrosa quadrilha de malfeitores, visto que o confronto existe há mais de 3 anos, com vista á resolução do problema? O triste traste, ofende os -cidadões - ( sic anibal de Boliqueime) e a sua inteligência. Olhe sr trapassos, e se fosse para casa fazer os seus "papos de anjo"? Poupava o país das suas idiotices balbuciantes.
  • Adolfo Dias
    24 mai, 2016 Lisboa 12:47
    É evidente que este governo não pode usar da requisição civil, já que o PCP/Intersindical fariam cair a coligação. Agora é tarde, Portugal está condenado a mais resgates e miséria.
  • Mas!
    24 mai, 2016 Port 10:49
    Continuam a dar credibilidade a esta personagem mentirosa compulsiva?
  • Este hipocrita
    24 mai, 2016 Lx 10:44
    Utiliza o mesmo discurso de farsolice de 2011 quando conseguiu enganar muita gente de boa fé para ser eleito e durante 4 anos fez tudo ao contrario do que afirmou. Cuidado com este figurão! Dele só vem trapaça para atingir o poder!
  • Luis
    24 mai, 2016 Lisboa 08:01
    O Farsola é assim. Sempre foi, desde muito cedo, muito forte com os fracos. A antiga patroa que o diga. Já com os fortes do reino sempre gostou muito de lhes lamber os ditos.
  • António Manuel Deus
    24 mai, 2016 Albufeira 07:52
    Bom dia! Talvez fizesse sentido, o jornalista ou talvez jornaleiro, perguntar a este senhor o que não fez em 4 anos que esteve no "Governo" sobre esta situação.
  • Fausto
    24 mai, 2016 Lisboa 00:04
    Este cata-vento é impressionante para ele tudo se resolve na base de obrigar os outros a fazer o que ele quer.
  • Pinto
    23 mai, 2016 Custoias 23:06
    Claro que tem de estar do lado dos seus, que é feito dos contratos colectivos congelados desde 1998 em várias profissões e que originaram estes a descerem até ao salário mínimo que infelizmente está ao nível do terceiro mundo e que é pertença de profissões de servente.
  • Camarada Zequinha
    23 mai, 2016 Seixal 23:05
    Esses meus camaradas só ganham uns 4 ou 5 000 euros mês o que muito pouco para as nossas necessidades de estar muito tempo em greve .Porque a verdade é que não ha nada que me de mais prazer do que fazer umas boas greves de vez em quando .

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