Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Marcelo quer que Alemanha perceba esforços e sacrifícios dos portugueses

29 mai, 2016 - 20:38

Chefe de Estado vai esta segunda-feira encontrar-se com Angela Merkel.

A+ / A-

O Presidente da República considera que "é muito importante" que a Alemanha compreenda os esforços e os sacrifícios feitos por Portugal para cumprir os compromissos europeus, reiterando que a aplicação de sanções devido ao défice seria "injusta".

Em declarações aos jornalistas à chegada a Berlim, antes de uma recepção a representantes da comunidade portuguesa, na residência do embaixador de Portugal, e ladeado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, Marcelo Rebelo de Sousa apontou que discutirá "inevitavelmente" com a chanceler Angela Merkel e com o Presidente Joachim Gauck, na segunda-feira, a questão das eventuais sanções a Portugal, expondo os motivos pelos quais considera que o país não as merece.

Embora sublinhando que "é preciso não confundir a competência dos órgãos europeus com o papel dos Estados", e que "há decisões que pertencem a órgãos europeus", como as sanções no quadro dos procedimentos por défice excessivo, pelo que até "seria uma indelicadeza para a Comissão, para os comissários europeus e até para o Conselho Europeu estar a antecipar aquilo que vai ser uma decisão a nível europeu", o chefe de Estado admitiu a importância de sensibilizar Berlim, pela sua influência, para o esforço "que foi feito no passado" e que "está a ser feito no presente e vai ser feito no futuro" em Portugal.

"É evidente que é muito importante, como em relação a qualquer outro Estado europeu, e em relação à Alemanha de uma forma muito impressiva, o explicar aquilo que eu tenho a certeza que será importante ser compreendido, que é o esforço e os sacrifícios que os portugueses fizeram, cumprindo os compromissos europeus no passado, e daí o entender-se que esse esforço não deveria merecer qualquer tipo de sanção, e o esforço que está a ser feito para continuar a cumprir os compromissos no presente e no futuro", referiu.

Questionado sobre as posições assumidas na semana passada pelo ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schauble, que durante uma reunião dos ministros das Finanças da UE (Ecofin), em Bruxelas, manifestou a sua oposição ao adiamento de sanções a Portugal e Espanha decidido pela Comissão Europeia, Marcelo Rebelo de Sousa disse não querer comentar "especificamente as declarações de um governante alemão", dado não querer entrar "em questões de política interna alemã".

Sistema financeiro deverá “vir à baila”

O Chefe de Estado admitiu que a estabilidade do sistema financeiro português deverá "vir à baila" na reunião com Merkel.

Marcelo Rebelo de Sousa admitiu que "um ponto que inevitavelmente poderá vir à baila é o da importância da estabilidade do sistema financeiro", e designadamente o seu "reforço contínuo", sem referir de forma específica os "dossiês" da capitalização da Caixa Geral de Depósitos e o processo de venda do Nova Banco.

"Nós não podemos esquecer que a Alemanha é neste momento um parceiro económico muito importante de Portugal. Nós estamos perante o terceiro destino das nossas exportações, o segundo grande fornecedor da economia portuguesa e um grande investidor directo em Portugal.

Portanto, quem é que está interessado na estabilidade do sistema financeiro português? A Alemanha", disse.

Sustentando que se trata de "uma realidade importante para Portugal mas também para a Alemanha", o chefe de Estado admitiu que vai "naturalmente explicar que o reforço contínuo do sistema financeiro é bom para Portugal, mas é muito bom para um parceiro que tem tantas ligações à economia portuguesa".

O Presidente da República chegou hoje a Berlim para uma vista oficial de dois dias, que tem como objetivo fundamental sensibilizar as autoridades alemãs para a "injustiça" que representaria a aplicação de sanções a Portugal devido ao défice.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • TUGA
    30 mai, 2016 LISBOA 16:34
    O PLANO KALERGI, COLOCADO EM PRATICA PELO CLUBE BIDELBERG DE QUE O DURÃO BARROSO É O CHEFE EM PORTUGAL, IDIALIZA EXACTAMENTE ISTO, A PERDA DA SOBERANIA DOS PAÍSES, A PERDA DAS SUAS CULTURAS DAS SUAS IDENTIDADES E A CRIAÇÃO DE UM GOVERNO GLOBAL (UNICO) DOMINADO PELA GRANDE FINANÇA. O NAPOLEÃO E O HITLER NÃO CONSEGUIRAM PELA FORÇA A ALEMANHA CONSEGUE COM O DOMÍNIO DA GRANDE FINANÇA (MERCADOS/INVESTIDORES).
  • JRMoura
    30 mai, 2016 Lisboa 14:07
    PORTUGAL nunca passou de um pais de pelintras perdi o tempo da minha vida á creditar na esperança .Como é que eu fui mais ignorante do que esta gente a julgar que a minha terra ia ser um paraíso já falta pouco para me suicidar de vergonha dessa gente, viver assim é triste.
  • Orabem!
    30 mai, 2016 dequalquerlado 10:57
    O mal deste país é este, tantos a roubar, tantos que têm se servido da democracia para encherem a mula (políticos, banqueiros e mais escumalha, outros tantos ladrões e aproveitadores) Aliás, os portugueses neste ponto são bons ou para serem corruptos ou então para estarem a lamber o cu aos alemães e quejandos. Ah, agora também estão virando assassinos, matam até pais e filhos, e a culpa é da depressão. Matam por uma simples discussão sem sentido, por causa de um cão, por dinheiro, por frustração no amor, pelos motivos mais parvos que se pode imaginar... Eu só sei que esta união europeia da mer----nunca me deu nada, ganho pelo meu salário e já o tenho congelado há tantos anos, impuseram-me uma moeda para agora estar a comprar bens e serviços por duas ou três vezes mais, os salários, estes pararam no tempo, ou seja tenho sido obrigado a empobrecer sem ter culpa nenhuma, pelos merdosos que tanto fizeram para permitir esta situação, mas ficaram podres de ricos, estão impunes, mas agora eu como trabalhador é que tenho que pagar pela porcaria que outros fizeram. E quando vejo este martelo como coitadinho quase de joelhos perante os alemães, só me consegue é irritar....
  • Luis
    30 mai, 2016 Lisboa 08:08
    PEDRO. 900 anos de História e um País rico. Temos é muitos ladrões. Só assim é que se justifica que isto ainda não tenha rebentado de vez com tantos a roubar durante quarenta anos.
  • Dias
    30 mai, 2016 Lx 01:13
    Ele vai é fazer umas palhaçadas do costume e vender "selfies", conseguiu fazer deste Pais uma verdadeira "geringonça". Haja paciência.
  • Pedro
    29 mai, 2016 Chamusca 20:46
    O PR duma nacão com 900 anos de Historia a rastejar perante alemães? Que falta de nocão!

Destaques V+