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​CDS desafia socialistas a aprovar projectos sobre protecção de idosos

01 jun, 2016 - 21:24 • Susana Madureira Martins , Eunice Lourenço

Parlamento discute esta quinta-feira quase duas dezenas de propostas do CDS.

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Depois de ter visto a esquerda rejeitar todos os projectos que apresentou sobre promoção da natalidade e protecção da família, o CDS volta à carga esta quinta-feira: leva a debate e votação 19 propostas para promover o envelhecimento activo e proteger os idosos e desafia o PS a não voltar a fazer o mesmo.

“O que pretendemos é que haja responsabilidade e compromisso de outras bancadas para aprovar um conjunto de medidas que vão muito para além de fracturas partidárias, vão ao encontro daquilo que o Presidente da República tem chamada a atenção que é a necessidade de um consenso alargado e esperamos que, desta vez, o PS, não invoque nem sei que justificações para não aprovar um conjunto de medidas de que nos orgulhamos e que vão ao encontro de milhares de portugueses”, afirmou à Renascença a deputada Isabel Galriça Neto.

O PS, contudo, diz que ainda não tomou uma decisão e não quis fazer declarações à Renascença sobre esta matéria.

Entre as quase duas dezenas de projectos de lei e de resolução está a proposta de tornar crime público (sem necessidade de apresentação de queixa) a violação da obrigação e alimentos.

Outra proposta, como a Renascença avançou esta semana, é deixar sem direito a herança quem tenha sido condenado por abandonar idosos ou submetê-los a perigo ou por não cumprir a obrigação de alimentos.

Na suas propostas de resolução, o CDS recomenda maior investimento nas redes de cuidados continuados e paliativos, o alargamento do testamento vital para que seja possível incluir os cuidados a ter na velhice e uma campanha nacional de promoção do testamento vital.

Já no campo do envelhecimento activo, o CDS propõe que os trabalhadores que estejam a um ano da reforma possam, se quiserem, trabalhar a tempo parcial. Na prática, um trabalhador a um ano da reforma, passa a trabalhar metade do tempo, mas trabalha dois anos até à reforma.

Outra proposta do CDS é uma recomendação ao Governo para que equipare o sector público ao privado permitindo que quem queira possa trabalhar depois dos 70 anos.

Comentários
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  • Zita
    02 jun, 2016 Lisboa 12:38
    Cada vez temos menos princípios, a mim pouco me importa até que idade eu posso trabalhar desde que isso dependa da minha liberdade de escolha. A imposição do limite de idade preocupa-me, a liberdade de poder escolher também, se por qualquer motivo eu quiser trabalhar depois dos 70 anos, deve caber-me a mim decidir e não aos outros por mim. Logo este não é um problema nem o problema de fundo, mas como somos tão egoístas, passamos por cima do problema fundamental que é a REAL violência contra idosos indefesos, isto é uma questão de humanidade, e não um questão qualquer. Acho muito bem que quem mal trata deva ficar afastado, excluído, inibido de aceder à herança que há-de ser fruto do trabalho daquele que é mal tratado. Só peca por tardia. Quem não deve não tem, isto é, quem não tratar mal não precisa de se preocupar.
  • O CDS, a Cristas
    02 jun, 2016 Lis 10:38
    E os tiros nos pés! Esta gente não tem vergonha na cara. Por exemplo a medida de pretenderem que os trabalhadores do publico se quiserem possam trabalhar até aos setenta anos é falaciosa! A actual legislação já há muito tempo que permite isso. O problema reside no facto de o hipócrita ex ministro Mota Soares, acolito do anterior governo, aceitou e promoveu que aos trabalhadores do publico fossem cortados sucessivamente os vencimentos , levando a que esses trabalhadores tivessem de fazer contas para não serem também mais penalizados nas suas reformas e mesmo com penalizações optaram por se reformarem antecipadamente. Portanto não atentem a inteligência de quem a tem! Este sr "vai de vespa" é dos maiores hipocritas que há! Só quem não o conhecer é que lhe pode dar credito!...
  • A Cristas
    02 jun, 2016 Lx 10:05
    É lider a curto prazo! Eriça-se demasiado para pouca substancia! Muita parra, pouca uva e muita, muito ruido, e uma hipocrisia desmesurada. Assim, o Coelho até nem precisa de agradecer!...
  • Luis
    02 jun, 2016 Lisboa 08:52
    Apesar dos maus resultados cada vez que vai a jogo a Ronalda continua desafiadora.
  • Há partidos assim..
    02 jun, 2016 lisboa 01:51
    O CDS na oposição é bom. Há partidos assim...
  • descontente
    01 jun, 2016 Faro 23:40
    O CDS quer que as pessoas do público possam trabalhar depois dos setenta como no privado. Deixo uma pergunta no ar ! Já assim não há empregos para os jovens quanto mais se trabalharem depois dos setenta anos. Deviam era seguir o exemplo da França reforma aos 62 anos .Em Portugal pessoas com 40 e mais anos de descontos mas menos de 66 e 3 meses o que trazem para casa ? Miséria com os cortes absurdos que fizeram. Uma das razões para tanto desemprego é as pessoas idosas terem que continuar a trabalhar para sobreviver. É triste mas é a realidade.
  • Quantidade
    01 jun, 2016 lis 23:19
    Não significa qualidade!...E muitas delas é só para tuga ver! Então aquela em que o descendente fica sem os bens do idoso, é de bradar! A hipocrisia desta gente é mais do que muita! Tiveram 4 anos no governo, fizeram aos idosos as maiores tropelias, e agora é como se quisessem passar uma esponja por tudo o que fizeram! É preciso terem muita lata!
  • Augusto
    01 jun, 2016 Lisboa 22:26
    O CDS a proteger idosos....deixem-me rir. Basta ver a " proteção " que tiveram os idosos , durante os quatro anos de governo PSD -CDS.
  • rfm
    01 jun, 2016 Coimbra 22:13
    tudo tem limites, incluindo o descaramento e hipocrisia, tivemos o ultraliberal/maoista/miserabilista da caridadezinha, Mota Soares na Segurança Social que nunca se cansou de expropriar todos mais e menos velhos muitos de longas carreiras de descontos de 40/45/50 ou mais anos a quem roubou reformas e contagem de tempo, insinuando que o sistema da Segurança Social ia rebentar por haver muita gente velha/reformada, preocupado com a sua longa vida, deixando nas entrelinhas que o caminha para a viabilização do "sistema ..." seria alguma eutanásia para se deixar de pagar reformas (devolver direitos a quem cumpriu) e agora vem o seu CDS com este gesto e desafio...

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