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PS quer unanimidade no repúdio de sanções "injustas e contraproducentes" para Portugal

02 jun, 2016 - 13:45

Texto da resolução que será apresentado pelo PS ainda vai ser negociado com as restantes bancadas parlamentares, razão pela qual só deverá ser objecto de votação em plenário na próxima semana.

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O porta-voz do PS, João Galamba, considerou importante para o país uma posição unânime que condene a eventual aplicação de sanções a Portugal pelo seu carácter injusto no quadro europeu e contraproducente para a economia nacional.

O presidente da Assembleia da República foi pioneiro no lançamento desta ideia. Eduardo Ferro Rodrigues aproveitou a sua intervenção na terça-feira no Fórum de Políticas Públicas, organizado pelo ISCTE, para apelar aos diferentes partidos para que concertem posições em torno de interesses estratégicos nacionais, designadamente no "repúdio" face à eventual aplicação de sanções a Portugal pelas instituições europeias.

João Galamba afirmou à agência Lusa que as últimas semanas "parecem ter revelado um certo consenso em relação à questão das sanções, no sentido de que seriam injustas face ao panorama europeu e, sobretudo, contraproducentes para Portugal".

"Uma resolução da Assembleia da República permitiria confirmar esse aparente consenso, verificando se existe mesmo e se há ou não uma unanimidade perante a eventualidade de aplicação de sanções a Portugal. Havendo uma unidade de todos os partidos na rejeição das sanções, bem como na argumentação contra a eventual aplicação dessas mesmas sanções, penso que tal seria muito importante para a posição do país" perante as instituições europeias, sustentou.

O texto da resolução que será apresentado pelo PS ainda vai ser negociado com as restantes bancadas parlamentares, razão pela qual só deverá ser objecto de votação em plenário na próxima semana.

Na sequência de uma recente visita às instituições europeias, a presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, disse ter ficado com a convicção de que a eventual aplicação de sanções a Portugal dependerá sobretudo dos resultados económico-financeiros agora registados e que já são da responsabilidade do actual Governo socialista.

O porta-voz do PS, porém, demarcou-se desta tese, contrapondo que a aplicação de sanções se prende com uma avaliação do que aconteceu no passado, designadamente até ao final de 2015.

Por isso, segundo João Galamba, essa afirmação de Assunção Cristas, "torna-se pouco inteligível".

"Compreendo que a líder do CDS faça essa afirmação, porque tem interesse em fazê-la, mas parece-me que isso não está em discussão. O mais importante é que o país se mostre unido na possibilidade de rejeição de sanções e, sobretudo, no que respeita à dimensão totalmente contraproducente que a aplicação desse tipo de penalizações teria em relação à situação económica e até quanto à capacidade de Portugal honrar os seus compromissos em matéria de finanças públicas", alegou.

Já sobre as diligências externas feitas pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, nomeadamente na Alemanha, contra a aplicação de sanções a Portugal, o membro do Secretariado Nacional do PS classificou-as como "naturais".

"Quanto mais o país se mostrar unido e preocupado com essa possibilidade [de sanções], dando alguma tranquilidade ao actual Governo para cumprir os compromissos que assumiu e executar o seu Orçamento, considero que é positivo. Mostra que o país e os seus principais agentes políticos, pelo menos alguns, estão alinhados e têm interesses partilhados", acrescentou.

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  • Alberto
    02 jun, 2016 Funchal 14:01
    A unanimidade só é essencial se proposta pelo PS?! Alguém falou no riso das vacas...estava senil/ agora elas voam!!; quem ia à Alemanha, ia prestar vassalagem/ agora, vai dialogar!! etc...etc...CHAMA-SE HIPOCRISIA

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