03 jun, 2016 - 19:03
O Presidente da República considerou esta sexta-feira que PS e PSD deram “dois passos no sentido dos consensos” ao propor uma rejeição unânime de eventuais sanções a Portugal e uma comissão parlamentar sobre a reforma da Segurança Social.
“A mim parece-me muito bem estes dois últimos passos, em termos de consensos, dados um pelo PS e outro pelo PSD”, declarou Marcelo Rebelo de Sousa, em resposta aos jornalistas, no final de uma cerimónia na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa. “Parecem-me dois passos no sentido dos consensos que eu tenho defendido, e ambos felizes”, acrescentou.
O chefe de Estado referia-se à proposta do PS de, através de uma resolução da Assembleia da República, haver uma rejeição unânime de eventuais sanções da União Europeia a Portugal por défice excessivo – frisando que está em causa o ano de 2015 – e à proposta do PSD de criar uma comissão parlamentar sobre a reforma da Segurança Social.
Questionado se acredita que se vão verificar consensos sobre estes temas, respondeu: “Vamos ver, vamos ver”.
PS rejeita cortes
A secretária-geral-adjunta socialista declarou esta sexta-feira que o seu partido estará contra o corte de 600 milhões de euros nas pensões em pagamento se essa for a proposta do PSD para a sustentabilidade da Segurança Social.
Ana Catarina Mendes falava aos jornalistas à entrada para o 21.º Congresso Nacional do PS, que decorre até domingo, na Feira Internacional de Lisboa, depois de o presidente do PSD e ex-primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, ter anunciado um projecto de resolução para uma “Comissão Eventual para promover uma reforma estrutural do sistema público de Segurança Social” no Parlamento.
“A única proposta que o país conhece de Pedro Passos Coelho é um corte de 600 milhões de euros nas pensões. Se é essa a nova proposta, o PS estará contra”, disse a vice-presidente do grupo parlamentar socialista.
O PSD já veio, contudo, esclarecer que o seu plano não envolve cortar nas pensões actuais.
[Notícia actualizada às 21h30]