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Centeno explica por que razão os gestores da Caixa não devem ter limites salariais

09 jun, 2016 - 15:42

"Neste momento, os esquemas de incentivos são totalmente perversos", diz o ministro das Finanças.

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O ministro das Finanças justificou a necessidade da alteração do estatuto do gestor público, ligado à administração da Caixa Geral de Depósitos (CGD), explicando que o actual regime "é perverso" porque remunera as pessoas pelo que fizeram no passado.

"Neste momento, os esquemas de incentivos são totalmente perversos, porque permitem que o vice-presidente da CGD tenha um rendimento mensal muito inferior ao dos vogais, ou seja, as pessoas estão a ser remuneradas não por aquilo que estão a fazer hoje, mas pelo que fizeram no passado", disse Mário Centeno, em conferência de imprensa, esta quinta-feira.

O Governo aprovou na quarta-feira um decreto-lei que altera o estatuto do gestor público, ligado à CGD. Em causa está a não aplicação dos limites salariais a detentores de cargos de administração "designados para instituições de crédito integradas no sector empresarial do Estado, qualificadas como ‘entidades supervisionadas significativas', nos termos da regulamentação do Banco Central Europeu".

Mário Centeno reforçou que, neste momento, o regime que é aplicado à CGD permite que os membros do conselho de administração tenham um rendimento igual ao que auferiam na sua colocação profissional anterior na média dos últimos três anos.

E explicou: "O que se está a estabelecer agora é um princípio em que a remuneração da CGD é feita por aquilo que as pessoas fazem hoje na Caixa e não por aquilo que fizeram antes de chegarem ao conselho de administração da CGD".

O ministro das Finanças considera que "este é um esquema que não contribuiu para a competitividade da Caixa". "É essa a opinião do Governo, de todos os reguladores e supervisores do sector, e é algo que a Caixa tem de alterar, de forma a colocar a CGD como agente activo, competitivo e concorrencial num mercado complexo.”

O ministro das Finanças adiantou ainda que a CGD vai passar a ter comissão de remunerações, tal como todos os outros bancos. Tal “alinhará os salários da Caixa aos salários do sector bancário em Portugal”. “Nem mais, nem menos”, afirmou.

Comentários
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  • SC
    10 jun, 2016 Linda@Velha 09:21
    Como sabes que vais ficar aí pouco tempo já estás a preparar a caminha......
  • jose ribeiro lopes
    10 jun, 2016 mosqueiro 08:31
    Só tenho uma palavra.: Porcs, Porcs, Porcs, subtenda e repetida a exaustão.
  • m
    09 jun, 2016 barcelos 22:51
    Este sr sen, tino quer capitalizar a Caixa e prepõe aomento de hordenado dos gestores
  • Antonio Almeida
    09 jun, 2016 V.N. de Gaia 18:23
    MÁRIO CENTENO DIZ QUE OS ATUAIS ESQUEMAS DE INCENTIVOS NA CGD "SÃO PERVERSOS" Sr.ministro perversos são os ordenados que esses srs. vão ganhar.Isto é fazer pouco dos Portugueses que tanto sacrificios fizeram para outros serem muito beneficiados.
  • Antonio Almeida
    09 jun, 2016 V.N. de Gaia 18:05
    É fantástico os partidos radicais de esquerda não são contra agora??? Cambada de hipócritas é tudo a mesma laia.São capazes de se vender ao diabo só para ser contra a direita.
  • tio
    09 jun, 2016 lx 17:16
    Este Centeno já está a fazer a cama, quando saltar fora do governo vai p CGD, o tempo dirá.
  • Fernando Cerqueira
    09 jun, 2016 Ponte de Lima 16:29
    Isto não se explica. Paga-se. Ele ainda pode ir para lá.
  • pipa
    09 jun, 2016 lisboa 15:58
    ja ganha tanto e só sabem roubar vergonha nem nos bancos podemos confiar roubam tudo e não fazem nada andam todos numa boa e nos a pagar ladroes ´

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