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PSD exige explicações ao Governo sobre a Caixa

13 jun, 2016 - 14:58

Uma das dúvidas dos social-democratas tem a ver com o valor de quatro mil milhões de euros que pode ser necessário para o financiamento.

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O deputado do PSD Duarte Pacheco exige explicações ao Governo sobre as necessidades de capitalização da Caixa Geral de Depósitos e não exclui a constituição de uma comissão parlamentar de inquérito.

"Não podemos banalizar um instrumento, mas tudo depende das explicações que o doutor António Costa dê ao Parlamento e aos portugueses", afirmou Duarte Pacheco quando questionado sobre a constituição de uma comissão de inquérito à Caixa.

O PSD tem dois requerimentos com perguntas sobre a Caixa para o primeiro-ministro e o ministro das Finanças, Mário Centeno, e deixou um repto para que possam ser "o guião" da intervenção do chefe de Governo na quarta-feira no debate quinzenal no Parlamento.

As explicações exigidas pelo PSD, numa conferência de imprensa na sede do partido, em Lisboa, começam logo pelo valor de quatro mil milhões: "As necessidades de financiamento, olhando para as contas, que são públicas, são cerca de metade desse valor. Tudo o resto tem de ter explicação".

"Os actuais indicadores da Caixa Geral de Depósitos não indicam uma necessidade de uma injecção de um valor desta magnitude. Logo, algo aconteceu. E se algo aconteceu ou algo está por detrás desta capitalização é responsabilidade exclusiva do actual Governo e o actual Governo tem de dar essa explicação aos portugueses", argumentou Duarte Pacheco.

O PSD, que elaborou 30 perguntas para o Governo responder, que saber "qual o ponto de situação real do maior banco português", os rácios, os níveis de imparidades", a existência de um plano de reestruturação e as suas implicações num eventual encerramento de balcões e de despedimento de funcionários.

Os sociais-democratas querem saber se esse plano de reestruturação está a ser negociado com as instituições europeias e se está a ser preparado com a futura administração ou "com personalidades, que não são ainda quadros da Caixa, à revelia da administração que ainda está em funções".

"Qual é o impacto de todo este plano no défice?", questionou igualmente Duarte Pacheco.

O deputado social-democrata defendeu ainda que o Governo deve explicações sobre o modelo de governação do banco público, nomeadamente sobre o aumento do número de administradores e dos salários, sublinhando que a regra do anterior executivo de que auferissem um vencimento na média dos três anos anteriores à sua contratação "já salvaguardava a contratação no mercado".

"Qual é o interesse particular que o doutor António Costa quer aqui salvaguardar? Isso tem de ser explicado e bem. E não venham dizer que são orientações do Banco Central Europeu porque ninguém as conhece", questionou.

O PSD sugere que há um perigo de intervenção directa do Governo na administração do banco: "Concorda o Governo com a carta de missão que a Caixa Geral de Depósitos tem? Ou pretende o Governo recuperar o papel de recuperar o papel de intervir directamente no dia-a-dia da gestão da Caixa como foi durante a governação socialista anterior?", interrogou Duarte Pacheco.

Comentários
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  • Joao a vê-las passar
    13 jun, 2016 Lx 19:11
    Pronto, quando esta associação de malfeitores e incompetentes se mete nestes circos é para desviar as atenções do verdadeiros criminosos como aconteceu no BPN, BPP, BANIF, etc, onde o gangue PSD de forte descendência cavaco andou a saquear o País a seu belo prazer durante anos.
  • Mas!
    13 jun, 2016 lis 18:07
    Continuam a chamar social democratas a esta trupe que está à liderar o actual PSD?...
  • esta praga
    13 jun, 2016 lis 18:05
    dos travestidos social democratas, que deixaram o sistema financeiro na mior das desorganizações têm a lata e o descaramento que virem agora pedir esclarecimentos aos outros pelo que estão a fazer, quando eles proprios não fizeram nada e deixaram tudo degradado, para terem saida "limpa" e os contribuintes terem de pagar! Palhaços!
  • Pinto
    13 jun, 2016 Custoias 16:12
    Foi no tempo do PSD que mais dinheiro saiu sem ter retorno garantido, até financiaram empresas falidas. Os amigos entraram numa espiral de corrupção camuflada.
  • Pinto
    13 jun, 2016 Custoias 16:05
    Sabe o que vale 40 mil milhões de euros? Os bancos portugueses também não sabiam, pelo que tiveram de abatê-los nos seus balanços nos últimos oito anos. Houve perdas enormes, que destruíram poupança, riqueza e capital. Use a escala que quiser, é sempre uma enormidade: são quatro meses de PIB, uma vez a meia a “pipa de massa” que Durão Barroso chamou aos fundos de Bruxelas para Portugal de 2014 a 2020, equivale a cinco anos de orçamento da Saúde, daria para comprar 400 mil Ronaldos e, se os enfileirássemos em moedas de um euro, daria para mais de duas voltas à Terra. Ou para um colar que fosse e voltasse à Lua, levado por um vaivém, nome escolhido para as naves que não se sepultam no espaço. Os vaivéns vão e voltam. Como as crises financeiras. Mas aprendem pelo caminho. Como nas crises financeiras. As contas da equipa liderada por José de Matos estão plasmadas num documento entregue a 14 de julho de 2015 ao gabinete da então ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque. “A CGD necessita de implementar, até junho de 2017, medidas de capital que representem pelo menos €385 milhões”, lê-se no documento, destinado a analisar a optimização de capital. Precavendo necessidades adicionais, a administração da Caixa avançou com medidas adicionais que permitiram o reforço de capital em cerca de €800 milhões. Trata-se de medidas de quantificação contabilística, que não servem para gerar resultado, mas apenas para reforçar capital. A CGD deu empréstimos a empresas que estavam falidas.
  • Luis
    13 jun, 2016 Lisboa 15:34
    A Caranguejola liderada pelo Emplastro Passos cada vez está mais desesperada. Continuam a pensar que o Povo Português é parvo daí virem agora com esta da CGD. Todo o Povo Português sabe que a CGD foi durante dezenas de anos o grande "Eldorado" para os grandes boys da partidocracia reinante. Pela CGD passaram dezenas e dezenas de boys do PSD, do PS e do CDS que percebiam tanto de bancos como eu percebo de um lagar de azeite. Todos passaram por lá apenas para se encherem e para encherem os amigos de partido e não só. Todos eles sairam de lá com grandes contas bancárias para além de terem contribuido para o aumento das contas bancárias de muitos amigos. A CGD deveria também ser um caso de policia. Muito daquela gentinha que por lá passou deveria estar presa. Muita gente perantes as televisões fala nas grandes fortunas criadas mas ninguém tem a coragem de falar em nomes. Que anda a PGR a fazer? Com tanta suspeita porque não investiga? A Caranguejola numa jogada de antecipação está apenas a tentar "passar culpas". Só que não pega pois já ninguém anda a dormir.
  • antonio
    13 jun, 2016 Portugal 15:31
    Faz bem. Este governo julga que é dono do País.

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