PS responde. “Questão das sanções põe-se exactamente por Maria Luís Albuquerque ter sido ministra"

02 jul, 2016 - 23:29

João Galamba considera que a dirigente do PSD fez comentários "inaceitáveis" e "um pouco absurdos".

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O PS acusou a vice-presidente do PSD Maria Luís Albuquerque e os seus "falhanços" de estarem na origem da questão de eventuais sanções europeias a Portugal.

Comentando declarações da vice-presidente do PSD, este sábado em Lisboa o porta-voz do PS, João Galamba, disse que Maria Luís Albuquerque fez comentários "inaceitáveis" e "um pouco absurdos".

"Porque não pode dizer que que se ela fosse ministra não haveria sanções, porque a questão das sanções põe-se exactamente por causa de Maria Luís Albuquerque ter sido ministra", disse João Galamba à Lusa, acrescentando que o que está em causa é o período 2013-15, nomeadamente o défice de 2015.

"Se o Governo anterior tivesse continuado em funções, se eu ainda fosse ministra das Finanças, esta questão não se estaria a colocar para Portugal neste momento", garantiu Maria Luís Albuquerque, que falava aos jornalistas, na sede do PSD, em Lisboa, quando disse também que Bruxelas está "preocupada com o actual Governo e com esta maioria", que, na sua opinião, não transmitem confiança à União Europeia.

João Galamba respondeu que a atitude da ministra é de "ataque ao país" e mostra que o PSD, quando aprovou no Parlamento um voto contra sanções a Portugal, foi "uma farsa", porque "na realidade está apenas interessado em fazer política mesquinha".

"Neste momento o Governo bate-se patrioticamente na Europa na defesa dos interesses do pais, para tentar proteger o país dos falhanços de Maria Luísa Albuquerque. Não deixa de ser irónico que venha agora a ex-ministra, nesta intervenção lamentável, atacar o governo que está a tentar defender Portugal", afirmou.

O dirigente socialista que na questão de Portugal vir ou não a ser alvo de sanções de Bruxelas o "réu" é mesmo a antiga ministra, porque é o trabalho dela que está a ser avaliado e não o do actual Governo.

Portugal pode vir a ser alvo de sanções da Europa por défice excessivo. Hoje mesmo, o vice-presidente da Comissão Europeia responsável pela pasta do Euro, Valdis Dombrovskis, sugeriu que os fundos estruturais para Espanha e Portugal poderão ser congelados devido à derrapagem orçamental em 2015.

Para o responsável, "é inegável" que "Espanha e Portugal não atingiram as metas acordadas", adiantando que este tema estará "muito em breve" na agenda de negociações em Bruxelas.

Comentários

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Albano Araújo
04 jul, 2016 Lubango 08:54
João Galamba, porqué no te callas!!!?
João Lopes
03 jul, 2016 Viseu 22:27
É próprio das criançolas mimadas e irresponsáveis nunca assumirem a responsabilidade pelos seus atos. Todos são sempre culpados quando algo não corre bem...
José Gomes L
03 jul, 2016 Lisboa 19:34
Porque é que este Galamba quer transformar Portugal na Venezuela da Europa?
PSDs
03 jul, 2016 port 18:07
Traidores do país! Está mais do que visto que só se interessam pelos seus interesses e o país e os portugueses para eles, são meros contribuintes dos bolsos deles e da sua seita! Mas será preciso mais alguma coisa para tirarmos esta conclusão? O actual PSD está a ser capitaneado por uma liderança de oportunistas e de agarrados ao poder custe o que custar! Nem em democracia sabem viver! Tribo de traidores!
António Rebelo
03 jul, 2016 Castelo Branco 17:05
Em minha opinião acho muito mau o meu País ser sancionado.A ex.ministra das finanças agora e a coitadinha e vem a publico dizer aue a culpa e do vizinho. Tenha vergonha coisa que como ministra das finanças nunca a teve.
RIB
03 jul, 2016 PORTO 16:08
1.º o anterior governo camuflou as contas e é um facto, não conseguiu atingir os 3%. 2.º a ministra, dos cofres cheios de nada, se estivesse calada fazia melhor figura porque o seu discurso é detestável. 3.º com o decorrer do tempo a paf está a passar para fora do "arco da governação" como o senhor portas tanto gostava de clamar. 4.º estes senhores que contribuíram para a desgraça de milhares e milhares de portugueses estão, com a sua política rasteira, a contribuir e influenciar a tal família política, neoliberal, a implementar sanções a Portugal. 5.º quando eram governo rejeitaram quaisquer acordos levando ao isolamento toda a oposição. 6.º não percebo, em muitos casos, a intervenção destes senhores, sistematicamente, nos órgãos de comunicação sociais públicos. ...
José Manuel Fernande
03 jul, 2016 Mem Martins 15:45
O governo do ps está outravez a atrazar os pagamentos a por as contas dos hospitais e das empresas públicas debaixo do tapete e vai fazer isso pelo menos até o fim do ano nada está a correr como tinham previsto depois vão dizer que a culpa é de quem vem a seguir é sempre a mesma coisa A PORCA VOLTA SEMPRE AO LAMASAL É ONDE SE SEMTE BEM NA GAMELA.
Rui
03 jul, 2016 Loures 13:36
Até quando o anterior Governo será culpado dos erros dos outros. Isto é sempre a mesma coisa. Será que a anterior Ministra das Finanças é culpada por uma grande parte dos portugueses ainda não ter recebido o IRS. As Finanças dizem que o processo está em analise, como milhares de outros, ou se calhar milhões. Eu acho que eles não têm dinheiro para pagar e ainda a enganar os portugueses, é uma VERGONHA o que se está a passar. Foi para isto que foram para o Governo, livra, saiam então. Estou DESEMPREGADO e o dinheiro do IRS faz me muita falta. Será que me vão pagar com Juros e penalizações como nos aplicam a "todos nós" quando falhamos algum pagamento. Estou cá para ver a não ser que me calem. Palavras de um português com passado mas sem futuro.
Camarada Zequinha
03 jul, 2016 Seixal 12:54
Esta gentinha está apostada em lavar-nos á falência . Força geringonça . NÃO DESISTAM ... Quanta mais miséria mais votantes ...
Matemático
03 jul, 2016 Braga 12:22
Até parece que Maria Luís foi a Ministra das Finanças até ao fim de Dezembro! Houvera bom senso da parte da geringonça e não andar por aí a meter medo à Europa e ao Mundo e o défice teria sido bem inferior aos 3%. Mas, qual quê?, interessava-lhes complicar a situação e prestar um mau serviço ao País. Infelizmente, a desgraça não ficará por aqui.