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Ex-ministro do PSD mete Portugal no mesmo saco da Hungria

31 ago, 2016 - 18:29

Poiares Maduro acusa o Governo de António Costa, apoiado pela esquerda parlamentar, de ser um "caso híbrido de populismo".

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O ex-ministro Miguel Poiares Maduro considera que o Governo é "um caso híbrido de populismo", lamentando que Portugal esteja entre os quatro países da Europa onde partidos populistas já chegaram ao poder.

"Hoje temos partidos populistas que estão no poder já, de direita, como na Polónia e na Hungria, mas partidos populistas de esquerda também no poder, na Grécia e, em Portugal, se quiserem chamemos-lhe um caso híbrido de populismo. Eu não gosto de ver Portugal incluído nestes quatro exemplos de discurso e prática populista dominante na Europa", afirmou o antigo ministro-adjunto e do Desenvolvimento Regional do Governo de coligação PSD/CDS-PP de Passos Coelho.

Falando perante os participantes da Universidade de Verão do PSD, que decorre até domingo em Castelo de Vide, Poiares Maduro deixou alertas sobre "o discurso político que em vez de soluções fala de bodes expiatórios".

"É um discurso político que é demagógico e improdutivo porque no final do caminho só oferece um bode expiatório. Esse discurso político está hoje dominante na coligação que governa o país e é um discurso político que tem como marca fundamental colocar a estratégia política à frente da realidade que o país vive", disse. É um discurso político em que, acrescentou, "a política se transforma em populismo".

"E o problema do populismo é que não oferece soluções, só oferece culpados", vincou, considerando que os populistas captam os medos e receios das pessoas e exacerbam-nos sem os solucionar.

O elogio da política "pouco sexy"

Admitindo que fazer política assente no realismo "pode parecer pouco sexy" politicamente, Poiares Maduro recusou que isso tenha que ver com o abandono dos ideais.

"A nossa acção política deve ser alimentada pelos nossos desejos, mas as alternativas e as propostas que propusermos têm de ser assentes no que podemos. É importante desejar, sonhar, é importante ter ideais, mas é importante perceber que tentar promover esses ideais fora da realidade só nos vai tornar ou demagogos ou, no pior dos casos, é aquilo que conduz ao autoritarismo, é aquilo que conduz à tirania", sustentou.

Na "aula", que tinha como tema o que é ser social-democrata, o antigo ministro falou ainda da "excessiva proximidade" entre poder político e poder económico e lembrou a intervenção do primeiro-ministro nas negociações entre os espanhóis do CaixaBank e a Santoro de Isabel dos Santos em torno do BPI.

Ressalvando que não considera que nesse caso tenha existido "algo mais oculto ou de finalidade perversa", Poiares Maduro sustentou que o problema é que no médio e longo prazo essa forma de intervenção gera "uma cultura de proximidade muito próxima da promiscuidade e uma dependência entre sistema político e económico que é muito mais prejudicial do que as vantagens imediatas".

"Foi essa cultura política que levou aos problemas que todos conhecemos, do BES, PT...", lembrou, argumentando que se um Governo num dia pede um favor, até com a melhor das intenções, a um accionista privado ou empresário, na semana seguinte esse empresário vai estar à porta do executivo a pedir um favor em troca.

As críticas do actual Governo sobre os atrasos na execução dos fundos comunitários mereceram também uma palavra de Poiares Maduro, que, assegurou, "não têm a mínima adesão com a realidade". Se existem atrasos, disse o ex-ministro, é porque as empresas decidiram não executar todos ou parte dos seus projectos ou porque há atrasos no pagamento das facturas pelas entidades que gerem os fundos.

Comentários
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  • Pedro
    02 set, 2016 Santana 13:24
    Foi esta coisa Ministro de Portugal...
  • fernando silva
    02 set, 2016 coimbra 11:20
    palavra de papagaio incompetente!
  • Filipe Cunha
    01 set, 2016 Angra do Heroísmo 12:05
    Vindo de quem se meteu no mesmo saco donde saiu Relvas esta parvoíce vale poucochinho.
  • paulo
    31 ago, 2016 vfxira 21:23
    um medíocre ministro,como o relvas e outros,o povo já o esqueceu!.......
  • João Lopes
    31 ago, 2016 Viseu 20:31
    Concordo com Poiares Maduro: "o problema do populismo é que não oferece soluções, só oferece culpados, os populistas captam os medos e receios das pessoas e exacerbam-nos sem os solucionar». É o que tem vindo a fazer o atual governo social-comunista!
  • rosinda
    31 ago, 2016 palmela 20:21
    Agora esta muito na moda essa coisa dos bodes espiatorios!Nao te esqueças que por causa de ti nao pude dar um beijinho ao ze perdigao!
  • Julio Tavares
    31 ago, 2016 Porto 20:12
    Poiares Madura, és uma anedota, não passas de "paranoico", só dizes disparates. Falta-te maturidade, não passas de um imaturo, não te apercebes-te que o lugar que te deram num passado recente foi apenas para desempenhares tarefas do "padrinho", e, que o teu valor apenas era valorizado em função da tua subserviência aos interesses do padrinho. Falta-te maturidade para reconheceres que fizeste parte de um governo quem não governou para o País mas sim para o padrinho. O teu valor apenas é reconhecido através do markting do padrinho em função da tua lealdade para com ele. Que infelicidade a tua. Quando crescerem vais ter vergonha do teu papel do passado.
  • este maduro
    31 ago, 2016 lx 19:41
    É o da Venezuela?...
  • a maluquice
    31 ago, 2016 lx 19:39
    Sobe à cabeça de alguns...ressabiados e convencidos!
  • Paulo Costa
    31 ago, 2016 S.João da Madeira 18:46
    Este "fulano" que não fez outra coisa senão transformar a RTP na televisão oficial da direita, vem com pensamentos mesquinhos e que dizem NADA.

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