19 out, 2016 - 22:41
O primeiro-ministro diz que o adicional do IMI, que se vai aplicar ao património imobiliário acima dos 600 mil euros, vai permitir aumentar em seis anos o equilíbrio do Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social.
António Costa garantiu, numa sessão de esclarecimento sobre o Orçamento do Estado para 2017, que foi alargado para "meados da década de 40" deste século e não para "pagar um aumento de pensões", assegurou.
O secretário-geral do PS afirma que o Orçamento para 2017 surge num contexto de "maior confiança", após "sucessivas provas" a que o Governo foi sujeito ao longo deste ano, mas também num quadro de maior exigência.
Sem nunca se referir directamente às múltiplas negociações que o seu executivo teve com Bruxelas ao longo deste ano, o primeiro-ministro defendeu que a proposta de Orçamento do próximo ano "desenvolve-se num contexto de maior confiança".
António Costa, porém, logo a seguir, advertiu que à medida que o Governo progride na legislatura, o exercício orçamental "vai sendo também cada vez mais exigente".
Na abertura da sua intervenção, o líder socialista reiterou a ideia de que o défice deste ano ficará abaixo dos 2,5% estabelecidos pela Comissão Europeia, "o resultado mais baixo ao fim de 42 anos de democracia", e que haverá em 2017 novo aumento do salário mínimo.
"Esperamos que o valor resulte de um acordo em sede de concertação social", declarou António Costa.