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PCP reúne-se em congresso. Continuidade de Jerónimo está garantida

02 dez, 2016 - 07:37

Com dois Orçamentos do Estado viabilizados pelo PCP no âmbito do acordo de governo com o PS, as intervenções políticas dos comunistas não deixarão de vincar as diferenças face aos socialistas.

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O XX Congresso do PCP inicia-se esta sexta-feira com 1.200 delegados reunidos, até domingo, em Almada, para elegerem um novo Comité Central, renovarem o mandato do secretário-geral e efectuarem um balanço do acordo inédito com o PS.

A reunião magna dos comunistas portugueses decorrerá no Complexo Municipal dos Desportos "Cidade de Almada", sob o lema "PCP - com os trabalhadores e o povo, democracia e socialismo", cabendo ao secretário-geral, Jerónimo de Sousa, a intervenção de abertura.

Antes do discurso de Jerónimo de Sousa, os delegados vão começar por eleger os membros para a presidência do congresso, inicialmente ocupada pela Comissão Central de Controlo, aprovar a ordem de trabalhos e o horário, o secretariado, a comissão de verificação de mandatos, a comissão de redacção para a proposta de resolução política e a comissão eleitoral.

O secretário-geral e os membros dos organismos executivos do Comité Central (Comissão Política e Secretariado Nacional) assumem, de início, a Mesa da Presidência, que propõe a aprovação do regulamento.

Com dois Orçamentos do Estado viabilizados pelo PCP no âmbito do acordo de governo com o PS, as intervenções políticas dos comunistas não deixarão de vincar as diferenças face aos socialistas.

O PCP sublinha as "limitações" por os socialistas "não romperem com os constrangimentos externos" e os "interesses do capital monopolista", lê-se no projecto de resolução política para a reunião magna.

Contudo, a viabilização, no parlamento, do Governo liderado pelo socialista António Costa é justificada pelos comunistas por haver devolução de "direitos e rendimentos" a quem "vive ou viveu do trabalho". Um avanço positivo, mas "insuficiente", considera o PCP.

O encerramento do primeiro dia está previsto para as 20h00.

Os comunistas voltam a encontrar-se no sábado, para o segundo de três dias de trabalhos em que continuarão as intervenções políticas e para a eleição, por voto secreto, dos novos membros do Comité Central, os quais vão depois definir o secretário-geral, os membros dos organismos executivos e da Comissão Central de Controlo.

Segundo dados do PCP, o mais antigo partido político português, com 95 anos, desde a última reunião magna, em 2012, os comunistas recrutaram mais 5.300 militantes, contando actualmente com 54.280 militantes.

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  • Jorge
    02 dez, 2016 Setubal 14:46
    Claro que estao todos garantidos !!! Nisso eles sao especialistas, em perpètuar os lugares para o resto da vida, enquanto que correm com os que não vão à missa "deles". Os senhores comunistas teêm alergia à democracia. O congresso do pcp, è uma fachada !!! Està tudo mais que combinado entre meia duzia de "camaradas"...
  • António Pais
    02 dez, 2016 Lisboa 10:58
    Claro que está garantida. Não há mais nenhuma cassete no horizonte. Incrível como se viabiliza um orçamento do PS, que segundo eles tem muito a melhorar e está no mau caminho. Mas parece que o importante é que a direita não esteja no governo, custe o que custar, o interesse dos trabalhadores e povo em geral que se lixe! Alias coerentes com a sua ideologia de "tudo contra a direita"! Deviam fazer uma introspecção, e o que conseguiram em 40 anos de discurso de defesa dos trabalhadores. Em que estado estão as empresas onde se meteram nos sindicatos, inclusive no Estado. Orgulham-se de andar à 40 a lutar pelos trabalhadores (muitos sem trabalhar), e nada conseguirem. E parte da culpa é a comunicação social, também ela minada, que dá tanto tempo de antena a um partido anti-democrático de extrema esquerda, com votação de 5% do eleitorado. O que admira nos 5% que têm, é que desde há 40 anos em todas as eleições dizem que aumentam a votação, têm sempre vitórias, neste momento deveriam ter 101% de votos, ao bom modo Castrista...

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