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Marcelo. Défice é resultado “muito importante” que alguns “profetizavam a que nunca se chegaria”

23 dez, 2016 - 19:11

Solução para lesados do BES pode ter “pequeno custo” para os contribuintes, diz o Presidente.

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Marcelo. Défice é resultado "muito importante"
Marcelo. Défice é resultado "muito importante"

O Presidente da República defendeu esta sexta-feira que o resultado do défice é "muito importante" porque há nove meses "as pessoas profetizavam que nunca se chegaria" ao valor actual, ressalvando que é ainda provisório.

O défice orçamental das administrações públicas fixou-se em 3.405,6 milhões de euros até Setembro, ou seja, 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo dados divulgados esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

O INE explica que esta melhoria do saldo foi determinada por um aumento da receita total em 0,8%, mas também por uma diminuição da despesa em 1,1%. A meta do Governo para a totalidade do ano é de 2,4% do PIB, e a meta fixada por Bruxelas é de 2,5% do PIB.

"Como se chega a um défice desses é uma questão que só olhando para os resultados. Provavelmente, tem a ver com, por um lado, um crescimento da economia superior na parte final do ano do que foi no começo, e, por isso, receitas superiores, por outro lado, uma contracção apreciável de despesas, nomeadamente despesas não apenas de funcionamento, mas de investimento", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.

O chefe de Estado respondia aos jornalistas, que o questionaram sobre os receios da oposição sobre a forma como se alcança o défice, e concluiu: "Em qualquer caso, é muito importante que se tenha chegado a esse resultado, porque há nove meses as pessoas profetizavam que nunca se chegaria a nada parecido com isso".

Cerca de uma hora antes, a presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, à saída de uma audiência com o Presidente, tinha dito aos jornalistas que o resultado do défice era positivo, mas importava saber como foi alcançado, apontando a "degradação dos serviços públicos".

Sobre o défice, Marcelo Rebelo de Sousa começou por dizer: "Ainda vamos no défice de nove meses e o optimismo do primeiro-ministro parece mostrar que ele sabe mais coisas do que nós sabemos e que espera ainda melhor do que o défice de Setembro, porque ele fala num défice inferior a 2,5%. Eu, realisticamente, falei sempre em 2,5%". "Portanto, teremos de esperar ainda em Janeiro e em Fevereiro para conhecer o défice actualizado com Outubro, Novembro e Dezembro", acrescentou.

"Aparentemente, pode acontecer que o optimismo do primeiro-ministro justifique um défice até ligeiramente inferior a 2,5%, mas para já 2,5% é aquilo que a Comissão Europeia achava ser fundamental e é aquilo que corresponde a ser seguido um caminho de rigor financeiro e que eu também considero fundamental e os portugueses consideram", afirmou.

Solução para lesados do BES pode ter “pequeno custo” para os contribuintes

Para Marcelo Rebelo de Sousa, a solução para os lesados do Banco Espírito Santo (BES), embora seja "um veículo privado", fora da esfera do Estado, pode implicar, a prazo, "algum pequeno custo" para os contribuintes.

Em declarações aos jornalistas, no Palácio de Belém, Marcelo Rebelo de Sousa considerou que a solução apresentada não é "a solução ideal", mas "diminui a situação de sofrimento e de penosidade" dos lesados do BES, e representa "um compromisso do Governo que é cumprido".

Quanto a um eventual impacto no défice, o chefe de Estado disse que, "para já, sendo um veículo privado, não se coloca o problema de ir ao défice deste ano ou do próximo ano".

Mais a prazo, "se houver custo para os contribuintes", no seu entender, "como é uma realidade extraordinária, pode não ser considerada pela Comissão Europeia para efeitos de défice excessivo".

Comentários
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  • Fatima Lima
    28 dez, 2016 Famalicao 22:41
    Oh Marcelo fale do que sabe e se anda mal informado por gente de sua casa ou costa nao fale por falar.Saiba primeiro a verdade.Que tristeza ter um PR que acredita em "bruxas" e papa tudo que costa lhe diga.Afinal que podemos nos cidadaos ter a certeza que nao temos um PR que fala pelo governo e pelos partidos que o apoiam.Com que pode um cidadao contar? Sera que estamos orfaos de um dos orgaos de soberania.Para que serve a PR.Ja nao sei.
  • os Pafosos
    24 dez, 2016 port 23:05
    Espumam de raiva! Andaram a roubar-nos e a empobrecer-nos durante 4 anos e meio impingindo-nos que não havia alternativa! Cambada de aldrabões e de incompetentes!
  • Manuel Martins
    24 dez, 2016 Lisboa 18:33
    (Eu fui ao Casino do Estoril joguei e perdi) portanto teria de receber esse dinheiro através e como eu há milhares teremos de ir fazer umas manifestações para sermos pagos pelos impostos de todos os contribuintes o que diz o TC respeitante a isto????????
  • Cidadao
    24 dez, 2016 Viseu 03:55
    Esta-se a notar um pouco de protagonismo a mais para PR. Mais descricao aconselha-se. Parece que ha algum receio no ar, sera?
  • Agostinho Couto
    24 dez, 2016 USA 00:22
    Hoooo homem ,,desapareca ,,como pessoa ou cidadao e igual a todos ,,como presidente da republica e muitissimo pior que ,,todos juntos ,,numca se viu ,,palhacada igual a esta ,ser presidente de qualquer pais e ,,bem diferente de ser ,,comentador de politica futebol moda enfim de qualquer coisa ,, ser presidente e ser ,,o garante ,,maximo ,,a primeira pessoa ,,a mais responsavel o pilar da defesa de um pais e nao ,,um fotogenico ,,popular vendedor de ,,,banha da cobra ,,,se nao e capaz de assumir tudo isto ,,largue , e de o lugar a quem ,,com responsabilidade ,,o souber ocupar ,,,ja basta de ,,,fitas e ,,mar de rosas shelfis dentes arreganados ,,a realidade e bem diferente e todos sabemos disso ,,va la ,,nao tente ,,disfarsar ou pior que isso enganar
  • rosinda
    24 dez, 2016 palmela 00:20
    sera que o senhor presidente pensa que as carteiras sao todas iguais? Esta lenga lenga esta no facebook de todos os jornais faço minhas as palavras de jose manuel fernandes e preciso ter mesmo muito lata!
  • F.
    23 dez, 2016 Lisboa 22:33
    A degradação dos serviços públicos foi provocada pelo Governo anterior. Nos Tribunais, debate-mo-nos com uma gritante falta de funcionários. Quiseram fazer "omeletes sem ovos", em cima de um novo mapa judiciário absurdo, e destruíram boas secções de processos. E agora? Agora, bate chapas e tinta Robyallac!
  • joao123
    23 dez, 2016 lisboa 20:57
    Não se paga aos fornecedores baixa o défice, não se investe na manutenção das " coisas" do estado baixa o défice, aumentam-se alguns impostos e criam-se uns novos baixa o défice, assim também eu...
  • Domingos
    23 dez, 2016 Ancora 20:01
    Controlado o défice? e os atrasos de pagamentos pelo Estado? E as dividas das empresas públicas? E o aumento da dívida nacional? Pobres portugueses com Presidência e governo desta estatura.

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