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Portugal quer facilitar concessão de vistos a empresários, cientistas e estudantes da Índia

06 jan, 2017 - 15:59

Primeiro-ministro regressa à Índia 20 anos depois para apostar numa nova parceria entre os países fundada na ciência e na economia.

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Susana Madureira Martins sobre viagem de Antonio Costa à Índia - 06-01-2017

Ouça a reportagem de Susana Madureira Martins


O primeiro-ministro diz que o principal objectivo da sua visita à Índia é fundar a relação histórica entre os dois países numa nova parceria com prioridade às dimensões da economia e da ciência. O Governo português quer facilitar a concessão de vistos a empresários, cientistas e estudantes da Índia.

"Os laços históricos entre Portugal e a Índia devem servir como base para criarmos uma grande parecia para o século XXI. A Índia vai ser indiscutivelmente uma das grandes potências do século XXI", apontou o líder do executivo português, em declarações aos jornalistas durante uma escala em Frankfurt, na Alemanha, a meio da sua viagem para a Índia, onde fará uma visita de Estado de seis dias.

Para o primeiro-ministro, a relação secular entre Portugal e a Índia "deve fundar-se agora numa parceira com duas dimensões novas: a economia e da ciência".

“Essas vão ser as duas prioridades desta viagem. Na área da ciência, por exemplo, vamos visitar a agência espacial e o Instituto de Tecnologia de Bangalore. Teremos ainda uma agenda muito intensa na área da economia. Portugal e Índia são dois países cujas economias querem percorrer em conjunto este século", acrescentou.

"Uma grande honra"

A visita de Costa à Índia terá “uma natureza muito particular do ponto de vista afectivo”, admit o chefe do Governo, que diz sentir “uma grande honra” em voltar à terra do seu pai, Orlando Costa, agora como primeiro-ministro.

"Esta visita terá uma natureza muito particular, desde logo do ponto de vista afectivo. É para mim uma grande honra poder voltar à terra do meu pai como primeiro-ministro, e é para mim uma grande honra a distinção que o Governo da União Indiana me quis conceder como orador principal no Grande Congresso da Diáspora", apontou António Costa.

Com esta distinção, atribuída em Bangalore, na segunda-feira, as autoridades da Índia pretendem destacar o facto de António Costa ser o primeiro chefe de um Governo com origem indiana nos países da União Europeia.

Depois de passagens por Deli e Bangalore, na próxima quarta-feira, e ao fim de 20 anos, António Costa voltará a Goa. No dia seguinte, vai encontrar-se em privado com membros da sua família em Margão.

"Nestes últimos 20 anos tenho sobretudo feito viagens oficiais, mas não se tinha ainda proporcionado uma visita à Índia. Acho que é importante aproveitar esses laços para criarmos as bases das relações do futuro no século XXI", declarou o líder do executivo português, que, além do passaporte nacional, tem um outro atribuído a elementos da diáspora indiana no mundo.

Costa contou ainda que, juntamente com o seu irmão, o jornalista Ricardo Costa, possui ainda parte de uma propriedade em Margão, no Estado de Goa, e que tem como familiares mais chegados uma tia e uma prima direita.

"O meu pai fez toda a sua formação e juventude em Goa. Cada um seguiu depois o seu caminho. O meu tio, irmão do meu pai, regressou a Goa. No entanto, mas o meu pai permaneceu Portugal, o que fez com que nós crescêssemos em Portugal", acrescentou.

Comentários
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  • Carla Matadinho
    07 jan, 2017 Coimbra 11:54
    Vejam se com eles os terroristas aproveitam a boleia.É que eles são muito parecidos na cor e forma de se vestir .Por isso o sr. costa não arranje mais uma preocupação para os Portugueses
  • Dias
    06 jan, 2017 Lx 19:27
    Sr PM para não ter problemas no futuro era melhor perguntar aos Portugueses se querem mais.
  • AS
    06 jan, 2017 Setúbal 17:47
    Não é Portugal mas sim o PM António Costa.
  • Eborense
    06 jan, 2017 Évora 17:32
    Sim Dr. Costa. Já agora facilite também a concessão de um visto para a Troika, porque ela vai querer vir para cá o mais breve possível.
  • FRANCISCO PEREIRA
    06 jan, 2017 VILAR DE ANDORINHO 16:36
    Da Índia, de onde fomos corridos, pode vir tudo. O primeiro concorda e o Zé paga
  • José Saraiva
    06 jan, 2017 Viseu 16:30
    se Camões e Afonso de Albuquerque voltassem...

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