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Passos sobre a TSU: " O nosso voto não têm”

13 jan, 2017 - 22:44

Líder do PSD considera que a subida do salário mínimo acordada na concertação social "magoa as empresas".

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O presidente do PSD adverte o PS para não contar com o seu voto caso os partidos que completam a maioria de esquerda peçam a apreciação parlamentar do diploma que reduz a Taxa Social Única (TSU) das empresas.

A medida está prevista no acordo de concertação social que consagrou o aumento do Salário Mínimo Nacional (SMN), mas tanto o Bloco de Esquerda como o PCP admitiram levá-la ao parlamento, caso o Governo insista na redução da TSU para as empresas como forma de compensá-las pelo aumento do SMN.

Ao discursar esta sexta-feira num jantar organizado pela distrital social-democrata do Algarve, Pedro Passos Coelho disse que a opção do executivo vem tornar regra uma medida que o anterior Governo PSD-CDS/PP adoptou de forma temporária, em vez de seguir a solução preconizada pelos sociais-democratas de fazer depender os aumentos do SMN da produtividade das empresas.

"Não peçam o nosso apoio para isso. Se dento da maioria não se entendem para resolver este problema e forem os próprios partidos da maioria a levar a questão à Assembleia da República, o nosso voto não têm. Isso que fique claro", afirmou o presidente do PSD.

Passos Coelho considerou que são os partidos da maioria que devem "agora resolver a questão", mas pediu para "explicarem ao país quer as perversidades [da medida] quer o custo de andar a dizer que o salário mínimo deve ser pequeno".

"Nós que defendemos a melhoria do salário mínimo e que o aumentámos, quisemos que ele reflectisse a evolução da capacidade da economia para pagar melhores salários. Este Governo faz de conta e arranja vários artifícios para esconder os custos verdadeiros do que na prática mandou pagar", contrapôs.

O presidente do PSD recordou que o seu Governo disse "excepcionalmente que, durante uns meses, até ao final de 2015 e só ao final de 2015, aceitava baixar um bocadinho a TSU", mas frisou que "não era a Segurança Social a suportar essa perda, era o Orçamento do Estado que transferia para a Segurança Social esse valor".

"É uma escolha que fazemos, durante um ano compensamos a Segurança Social neste montante, mas em contrapartida, para futuro, o salário mínimo ficará muito ligado à evolução da produtividade. Este governo atirou este acordo para o caixote do lixo, não quis saber da produtividade e impôs na prática um aumento do salário mínimo que não é coberto pela produtividade", acrescentou.

Passos Coelho considerou ainda que, como o Governo sabe que a subida do SMN acordada na concertação social "magoa as empresas", disse que vai "compensá-las e institucionalizar o que é excepcional".

"Todos os anos fixa o valor que sabe que as empresas não estão em condições de pagar e depois perdoa às empresas esse dinheiro, isto é perverso", acrescentou, defendendo que esta solução é uma "perversão completa" porque um "Governo que quer uma economia com salários mais altos, está a promover incentivos para os salários serem mais baixos".

Comentários
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  • Ricardina Silva
    14 jan, 2017 Alcoutim 18:29
    O PSD vai de mal a pior...sem coerência alguma.
  • Este figurão
    14 jan, 2017 Lx 15:32
    E a sua camarilha são o Trumpismo em Portugal! Pára eles estão em primeiro lugar os interesses partidarios e os pessoais depois em lugar que ainda estamos para saber estão os interesses do país e dos cidadãos. Corja de oportunistas e de malfeitores!
  • Ribeiro
    14 jan, 2017 Ovar 14:48
    O Passos é o verdadeiro catavento mediático. Que continue por muitos anos à frente do cancro chamado PPD.
  • Judeu
    14 jan, 2017 Judá 12:56
    Isto não é de admirar, porque a partir do momento do Golpe de Estado tudo é possível. O Kostov foi guloso, e alguém vai ter que pagar a fatura. Podemos dizer que o que Kostov fez foi legal, pois foi. Eu sei que as legislativas são para a AR e daí é que sai o governo. Mas o que o Hitler fez aos judeus também era legal. A Grondnorm permitia isso e no entanto vejam as atrocidades que foram cometidas. O senhor Kostov fez um golpe de Estado porque os eleitores não estavam à espera de que quem perdeu afinal fosse governar. Ou seja, na democracia de Kostov as leis são boas se estiverem a nosso favor. Nunca ninguém explicou à minha mãe que se o Kostov perdesse, podia mesmo assim governar. Acho bem que o PSD tome essa atitude, e ainda deveriam ir mais longe até tornar o governo do Kostov insustentável... Um golpe de Estado trás sequelas, e elas irão aparecer. Vamos ao "mata mata"!
  • Eborense
    14 jan, 2017 Évora 10:26
    O governo não precisa do voto do PSD. Os geringonços de extrema esquerda resolvem o problema. Ou não?
  • Constança
    14 jan, 2017 08:52
    Acho muito bem. A geringonça que se entenda. A responsabilidade é TODA deles.
  • pedro
    14 jan, 2017 lisboa 08:29
    Para cada acção teremos uma reacção. Eu aposto na redução de postos de trabalho. Veremos como batem os números do desemprego em Março/Abril.
  • Antonio
    14 jan, 2017 Mirandela 08:29
    Mais uma tirada do baú das relíquias do "SENHOR FRUADE" gosto mais de o ver a cantar "CHAMAVA-SE NINI" com Paulo de Carvalho.
  • Pinto
    14 jan, 2017 LX 08:26
    Passo a Passos, até o abismo final! Continua o bom trabalho, o PS agradece. LOL
  • silvestre marques
    14 jan, 2017 paris 07:58
    E o que me magoa a mim é este "paspalhâo" ser pago com os nossos impostos...............

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