17 jan, 2017 - 13:41
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, sustentou, esta terça-feira, que o país está mais sereno e com razões para confiar, afirmando esperar que em 2017 se garantam a "robustez e a sustentabilidade" económicas.
"Contrariamente ao que alguns aventavam ou temiam, Portugal viveu 2016 com estabilidade política, paz social, redução do défice e progressiva consolidação do sistema bancário", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, após receber os cumprimentos de Ano Novo por parte do corpo diplomático acreditado em Portugal.
Na tradicional cerimónia, no Palácio de Queluz, Marcelo Rebelo de Sousa considerou que o panorama social e económico que descreveu sobre a situação do país é "fundamental para assegurar o respeito pelos compromissos assumidos no quadro da zona euro e para restaurar a unidade e a coesão internas".
"Sinto que o país está hoje mais sereno e com mais razões para confiar, cabendo agora sedimentar esta trajetória no corrente ano, procurando que as posturas conjunturais possam gradualmente assumir-se como estruturais e garantir a robustez e a sustentabilidade necessárias à nossa economia", afirmou.
Na cerimónia, a que assistiram o ministro dos Negócios Estrangeiro, Augusto Santos Silva, Marcelo Rebelo de Sousa sublinhou que será neste cenário que Portugal continuará a sua política externa, "assumidamente europeu mas de olhos postos no mundo".
Marcelo Rebelo de Sousa lembrou as visitas de Estado que realizou a Moçambique, Suíça e Cuba e as visitas oficiais ao Brasil e a várias capitais europeias, "numa lógica de aprofundar laços europeus, lusófonos e latino-americanos".
A credibilização do projecto europeu e a sua aproximação aos cidadãos é um dos desafios apontados por Marcelo Rebelo de Sousa, que garantiu que Portugal continuará a ser "em toda a linha a favor de uma Europa virada para os seus cidadãos, de coesão e solidariedade".
Uma Europa coesa, disse, "terá sempre outra capacidade para responder com premência e eficácia a desafios actuais, desde o impulso ao crescimento e ao emprego à crise dos refugiados e migrações, à promoção e defesa dos direitos humanos, luta contra o terrorismo e defesa permanente da paz e à relação com aliados e parceiros internacionais".
"Uma Europa em que, é bom que fique claro, quem manda são os europeus", disse.
Na cerimónia no Palácio Nacional de Queluz, que visitou segunda-feira para ficar a conhecer as obras de restauro e conservação da fachada, o Presidente da República recebeu os cumprimentos dos 86 embaixadores presentes, 10 encarregados de negócios e nove representantes de organismos internacionais.