Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Sem salvação à vista para a descida da TSU, Marcelo recebe confederações patronais na sexta

19 jan, 2017 - 18:59

Presidente apoiou e aplaudiu o acordo da concertação social, que está em risco de ser chumbada no Parlamento.

A+ / A-

O Presidente da República recebe na sexta-feira os representantes das quatro confederações patronais, a poucos dias de o Parlamento poder chumbar a descida da Taxa Social Única (TSU) para os empregadores, após acordo em concertação social.

Marcelo Rebelo de Sousa recebe ainda na segunda-feira a central sindical UGT, que também subscreveu o acordo alcançado entre o Governo e os parceiros sociais em 22 de Dezembro e assinado na terça-feira, adiantou à agência Lusa fonte da Presidente da República.

A Presidência da República divulgou esta quinta-feira que Marcelo Rebelo de Sousa recebe em audiência conjunta, na sexta-feira, às 16h30, a Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), a Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), a Confederação Empresarial de Portugal (CIP) e a Confederação do Turismo Português (CTP).

A redução da TSU dos empregadores em 1,25 pontos percentuais, que se restringe aos trabalhadores que recebem o salário mínimo, pode ser travada pela Assembleia da República a 25 de Janeiro, quando serão debatidas as apreciações parlamentares de BE e PCP para evitar a sua entrada em vigor, em Fevereiro.

O PSD também já anunciou que vai votar ao lado do PCP e do BE.

A redução da TSU dos empregadores foi aprovada em sede de concertação social entre o Governo e os parceiros sociais – à excepção da CGTP – a par do aumento do Salário Mínimo Nacional de 530 para 557 euros, que já está em vigor desde 1 de Janeiro.

No final do ano passado, quando se discutia a proposta do Governo de um novo aumento do salário mínimo, contestado pelas confederações patronais, o Presidente da República incentivou um acordo com os parceiros sociais. Marcelo defendeu que os governos não devem "decidir unilateralmente" sobre matérias estratégicas que podem ser objecto de acordo.

No dia 14 de Novembro chamou mesmo os parceiros sociais ao Palácio de Belém para avaliar a possibilidade de acordos de médio prazo.

Na sequência dessas audiências, o chefe de Estado insistiu que esgotassem até ao fim "os caminhos do diálogo social" e prometeu apoiar a concertação social "até ao limite" dos seus poderes.

Governo e parceiros sociais acabaram por chegar a acordo, a 22 de Dezembro, mas logo nesse dia, em debate quinzenal no parlamento, o Partido Ecologista "Os Verdes" (PEV) contestou a descida da TSU, e no dia seguinte PCP e Bloco de Esquerda juntaram-se a essa contestação.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • BIPOLAR
    20 jan, 2017 Lx 10:24
    O Presidente bipolar é Ministro sem pasta da geringonça ? Parece que sim ou será só para elavar a popularidade do homem e tirar mais umas selfies com os patrões que querem contratar a baixo custo e ainda quer que paguemos a segurança social deles?
  • joao123
    20 jan, 2017 lisboa 10:02
    Deviam aumentar o salário mínimo com base no indexante que estava combinado e negociado que tem em conta o aumento da produtividade, inflação ,etc, e se queriam dar mais pois que baixassem ,para o trabalhador, o que ele desconta para a Segurança Social , não o que o patrão desconta. E são estes é que se chamam " socialistas"...?
  • Tadeu
    20 jan, 2017 Braga 07:10
    Uma medida ridicula que tinha apenas como objectivo beneficiar as empresas às custas dos trabalhadores. Se os tugas não fossem tão asnos teriam feito a conta. A medida iria custar à seguranca social por ano e por trabalhador 55 euros. Os patrões ficavam a rir e quem trabalha é que teria de acartar com a despesa (e isto era apenas para cobrir a diferenca, porque como os salarios iriam aumentar o custo seria muito superior, cerca de 430 euros por ano por trabalhador). Sim, mas o tuga prefere ver novelas que agarrar na calculadora e ir atrás do que o que o governo golpista lhes diz.
  • Fausto
    19 jan, 2017 Lisboa 22:20
    Marcelo...faz como o Cavaco...chama o Passos e dá-lhe umas palmaditas no rabiosque...diz-lhe que o país não está em condições para birras parlamentares...olha que a Catarina e o Jerónimo mudam de opinião pelo bem nacional e pelos trabalhadores e o PSD fica à deriva no meio dos tubarões...
  • Pedro Cunha
    19 jan, 2017 Ovar 21:20
    Passos compra uma guerra com Marcelo, a UGT e as patronais. O salário mínimo sobre à mesma. E isto é uma crise para o Governo?
  • joao123
    19 jan, 2017 lisboa 20:47
    Talvez para a próxima seja menos excitadinho e recomende ao governo que se deixe do " quero ,posso e mando " e passe a dialogar com as oposições, visto precisar delas, antes de tomar decisões sozinho e contra todos os outros partidos políticos. Afinal onde está o prometido e tão propagado "apelo ao diálogo" ? Ou é só quando convém aos interesses..?
  • Santos
    19 jan, 2017 Lisboa 19:16
    Então, mas o Marcelo não vai à tomada de posse do Trump? Até admira, ele vai a todas...

Destaques V+