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Marcelo “voluntário” distribuiu sopas e um alerta: o país precisa de plano urgente para os sem-abrigo

17 fev, 2017 - 06:34

Há quase um ano que não existe um plano nacional de apoio. Há um "buraco", disse o Presidente no Porto, onde esteve a distribuir refeições, na abertura do primeiro restaurante solidário.

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Marcelo “voluntário” distribuiu sopas e um alerta: país precisa de plano para os sem-abrigo
Marcelo “voluntário” distribuiu sopas e um alerta: país precisa de plano para os sem-abrigo

Há "um buraco" no plano nacional de apoio a pessoas sem-abrigo, instrumento fundamental para algumas instituições poderem sobreviver. O alerta é deixado pelo Presidente da República na noite de quinta-feira.

"O último plano terminou no final de 2015, em 2016 não houve plano, mas sim um prolongamento parcial do plano e, este ano, o Governo ficou de apresentar um novo plano nacional, estando algumas instituições à espera porque é uma necessidade", disse Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas, após distribuir refeições no primeiro restaurante solidário do Porto.

Esperando que o executivo de António Costa dê uma resposta "rapidamente", o chefe de Estado salientou que é necessário fazer o levantamento das necessidades em todo o país, sobretudo nos grandes centros urbanos, e saber quais as instituições de apoio existentes e o que fazem para poder apoiá-las.

"Tem de haver um plano geral de apoio a estas instituições senão não sabem como sobreviver", considerou.

Marcelo Rebelo de Sousa realçou que há "um buraco", nomeadamente no apoio às pessoas sem-abrigo.

À chegada ao restaurante, coordenado pelos voluntários do Centro de Apoio aos Sem-Abrigo (C.A.S.A), onde de segunda-feira a domingo são servidas cerca de 170 refeições diárias a pessoas carenciadas, o Presidente da República despiu o casaco, vestiu a camisola de voluntário, calçou as luvas e distribuiu comida.

Enquanto ia perguntando às pessoas se queriam mais sopa, se a comida estava boa ou as ajudava a sentar, dada a mobilidade reduzida, Marcelo Rebelo de Sousa ia ouvindo as suas queixas.

"É importante chamar à atenção para este problema, há instituições que vivem situações muito complicadas", frisou, sublinhando que ajudar estas pessoas é uma "missão de peso".

Esta sua presença visa transmitir uma mensagem de esperança a esta gente e mostrar-lhes que não estão esquecidas, abandonadas e marginalizadas, explicou.

"Não se podem sentir discriminadas porque têm o seu papel na sociedade", ressalvou.

Pobreza diminui "um pouquinho"

O problema dos cidadãos sem-abrigo é mais grave em Lisboa do que no Porto, considerou.

A noite do Presidente da República não terminou no restaurante, tendo ainda ido para o parque de estacionamento junto à Estação de Metro da Trindade distribuir mais refeições, mas agora em contexto de rua.

Todas as quintas-feiras, um grupo de amigos, sob o nome "Amor Perfeito", distribuem refeições e bens alimentares a pessoas com as mais diferentes dificuldades.

Acarinhado por todos, o chefe de Estado lembrou que a pobreza diminuiu "um pouquinho" em 2016, mas continua a existir muita porque há muitas pessoas que tinham um certo nível de vida e, de repente, este caiu a pique.

Enquanto esperava por uma malga de massa de bacalhau, uma das pessoas na fila recomendou, em jeito de brincadeira, "cuidados" ao Presidente da República porque estava a ficar com a barriga "muito grande".

Já outros ficavam positivamente surpreendidos com a sua presença, elogiando a sua solidariedade, desejando que todos os políticos lhe seguissem o exemplo.

Todas as semanas, o "Amor Perfeito" distribui cerca de 150 refeições e uns sacos com bens alimentares oferecidos a famílias com crianças, a idosos, a sem-abrigo ou desempregados em dificuldades.

Comentários
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  • Vasco
    18 fev, 2017 Santarém 22:18
    Bem me recordo no tempo de Salazar este ter acabado com os mendigos que andavam de porta em porta a mendigar arranjando-lhes asilos onde puderam acabar as suas vidas com um mínimo de dignidade pelo menos era essa a intenção, se na altura alguém não cumpriu as regras a exemplo do que hoje constatamos por aí em muitos lares de idosos a culpa já não foi sua e aqui no meu concelho existiu um desses asilos, hoje pelos vistos faz-se luxo em manter cidades com vagabundos a mendigar e a viverem nos vãos de escada ou jardins.
  • fanã
    18 fev, 2017 aveiro 17:02
    O exemplo tem de vir de cima , mãos a obra .......................TODOS!
  • Vera
    17 fev, 2017 Palmela 17:59
    O Sr. Presidente Rebelo de Sousa, é bondoso! nota-se que tem pena dos outros... Os nossos olhos, são o espelho da nossa alma! Quem o olhar bem nos olhos, vê isso! não finge! nota-se que lidou com gente humilde e isso está-lhe na memória! Bem Haja, Sr. Presidente.
  • 17 fev, 2017 16:07
    é so uma vez porque que os outros presidentes smpaio soares cavaco silva eanes
  • antonio pais
    17 fev, 2017 lisboa 12:20
    Todos os senhores doutores e presidentes gostam de aparecer na foto populista! Temos políticos de extrema-esquerda que preferem acabar com os ricos em vez de acabar com os pobres. Dar regalias a quem não trabalha em vez de ajudar quem precisa!!! Vota PNR!
  • 17 fev, 2017 lisboa 09:52
    Os sem abrigo que aguentem!!.. para a politicada em destaque os esquerdopatas primeiro está os racismos, os refigiados, os gays e outras banalidades, depois se verá o caso dos sem abrigo!!
  • tuga
    17 fev, 2017 lisboa 08:04
    A politicada e os esquerdopatas estão mais preocupados com os refugiados e os racismos!!!!

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