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​Visita da ministra da Justiça a Angola adiada a pedido de Luanda

21 fev, 2017 - 17:50

O adiamento da visita é conhecido dias depois de o Ministério Público português ter acusado o ex-presidente da Sonangol e actual vice-presidente angolano Manuel Vicente no âmbito da “Operação Fizz”, relacionada com corrupção e branqueamento de capitais.

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A visita da ministra portuguesa da Justiça, Francisca Van Dunem, a Angola, que deveria começar esta quarta-feira, foi adiada "sine die", avança o Ministério da Justiça.

Em comunicado, anuncia-se que "a visita da Ministra da Justiça foi adiada, a pedido das autoridades angolanas, aguardando-se o seu reagendamento".

A visita de trabalho de Francisca Van Dunem a Angola estava prevista durar três dias. A confirmação desta visita tinha sido feita a 10 de Fevereiro, também em Luanda, pelo ministro português dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva.

Os motivos que levaram o Governo de Luanda a pedir o adiamento da deslocação da ministra portuguesa da Justiça ainda não são conhecidos.

O adiamento da visita é conhecido dias depois de o Ministério Público português ter acusado o ex-presidente da Sonangol e actual vice-presidente angolano Manuel Vicente no âmbito da “Operação Fizz”, relacionada com corrupção e branqueamento de capitais.

O procurador Orlando Figueira, o advogado Paulo Blanco e o arguido Armindo Pires também estão acusados.

Manuel Vicente, à data dos factos presidente da Sonangol e actualmente vice-presidente de Angola, é acusado de corrupção activa (em co-autoria com os arguidos Paulo Blanco e Armindo Pires), de branqueamento de capitais (em co-autoria com os restantes arguidos) e falsificação de documento (em co-autoria com os restantes arguidos).

Até ao momento, nenhum elemento da cúpula do Governo angolano em Luanda ou do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), no poder, comentou esta acusação.

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  • Rui Manhoso
    21 fev, 2017 Evora 23:22
    Que esperavam! Os comunas de Angola não perdoam e o PS sabe disso.Cá o P S andam com eles ao colo para os sustentar como governo. Por isso não podem cá dizer nada e ficam entalados.O MPLA já era sabido que iam ripostar aos despachos do MP(tribunais)de seus dirigentes.Lá não há separação de poderes e só um manda.Se os comunistas um dia cá forem governo será como em Angola quem manda é o partido pela pessoa do seu chefe. Por isso cá quem é um verdadeiro democrata não gosta que o PS ande de braço dado com o PCP.
  • Filipe
    21 fev, 2017 évora 18:52
    Acusaram o homem à revelia tal como antes de Abril 74 a título fascista , pois a democracia ainda não chegou dentro da justiça Portuguesa , funcionando hoje como um poder anárquico , regado de autoritarismo e camuflado num órgão dito de soberania dentro de um Estado de Direito e Democrático . Também a bem dizer , o Tribunal dos Direitos do Homem tem lá um magistrado que conseguiu CONDENAR uma TESTEMUNHA , e viva os Tribunais de Plenário hoje em Portugal . A justiça Portuguesa a bem dizer é uma farsa de Carnaval .

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