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Comissão de inquérito à Caixa: emails sim, SMS não

02 mar, 2017 - 18:18

A correspondência pode ser consultada, mas continua fora do objecto dos trabalhos, afirmam os socialistas.

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Os deputados da comissão parlamentar de inquérito vão ter acesso à troca de emails e cartas entre o Ministério das Finanças e o ex-presidente da Caixa Geral de Depósitos (CGD) António Domingues.

A decisão foi tomada esta quinta-feira na reunião na comissão de inquérito, a primeira liderada pelo social-democrata Emídio Guerreiro após a demissão de Matos Correia.

A correspondência pode ser consultada, mas continua fora do objecto dos trabalhos, disse o deputado socialista João Paulo Correia, no final dos trabalhos da comissão. A consulta vai ser feita com especiais cuidados, uma vez que contém informação sensível sobre a actividade do banco público.

PSD e CDS têm uma interpretação diferente, afirmando que a informação da troca de correspondência entre o ministro das Finanças e o ex-presidente da Caixa pode ser usada e constar do relatório final.

Até agora, a documentação só tinha sido consultada pelos coordenadores dos grupos parlamentares que integram a comissão de inquérito, mas agora vai ser disponibilizada a todos os deputados.

Os deputados vão ter acesso aos emails e cartas, mas não às mensagens de telemóvel (SMS) trocadas entre o ministro Mário Centeno e António Domingues.

O pedido que agora recebeu luz verde foi apresentado pelo CDS na comissão parlamentar de inquérito.

Há duas semanas, os partidos de esquerda tinham chumbado requerimentos do PSD e do CDS a pedir as informações trocadas entre o ministro das Finanças, Mário Centeno, e o ex-presidente da CGD António Domingues sejam usados na comissão parlamentar de inquérito.

Em causa está a polémica sobre a entrega das declarações de rendimentos e património da anterior administração do banco estatal.

O ministro das Finanças, Mário Centeno, rejeitou ter mentido sobre o caso. Admitiu, contudo, um "erro de percepção mútuo", que levou António Domingues a acreditar que a sua equipa estaria isenta de entregar aquelas declarações ao abrigo das alterações ao Estatuto do Gestor Público.

Já foi criada uma nova comissão de inquérito, que vai apreciar a actuação do Governo na nomeação e demissão da anterior administração da Caixa. A comissão toma posse a 14 de Março.

[notícia actualizada às 22h16]

Comentários
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  • O espet vai começar
    06 mar, 2017 Olival 14:28
    Se o espetáculo continua que digam porque é que no tempo do pacos não recapitalizaram a Caixa nem fizeram averiguações para descobrirem os prevaricadores. Então agora falam de um assunto que não vale um costelo. Eles que digam também com esta história o prejuízo que causaram aos depositantes. O que lhes interessa são debates fúteis , sacar aos reformados, impostos , quanto mais austeridade melhor, a banca etc Fazem bem em anular o espetáculo porque não passa de uma nulidade.
  • vaca voadora
    04 mar, 2017 Santarém 22:21
    Ou seja, meio inquérito sim inquérito completo não, mas são estes os governantes que não deixam cair a mais pequena falha da oposição, muito democratas quando a situação lhes interessa caso contrário têm tiques de ditadores.
  • Luis
    03 mar, 2017 Lisboa 06:47
    Vamos continuar a ter circo na AR. Os palhaços Pafiosos estão um bocado apreensivos pois já viram que a assitência cada vez é menor e já é de tal maneira reduzida que até pensaram am anular o espetáculo.

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