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Nuno Melo leva caso dos "offshores" ao Parlamento Europeu

02 mar, 2017 - 16:39

Eurodeputado do CDS pede esclarecimentos ao secretário de Estado dos Assuntos Fiscais.

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O eurodeputado do CDS Nuno Melo quer que o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais remeta à comissão de inquérito aos Panamá Papers, do Parlamento Europeu, toda a informação sobre datas, beneficiários e operações das transferências ocultas para “offshores”.

Na quarta-feira, o secretário de Estado Rocha Andrade explicou na Assembleia da República que as características das 14.484 transferências para "offshores" que escaparam ao controlo inspetivo da Autoridade Tributária estão a ser averiguadas, sublinhando que o valor oculto ultrapassou o declarado em 2014 e que "quase tudo o que foi para o Panamá está oculto".

Em declarações à Renascença, Nuno Melo explica que apresentou um requerimento para que sejam pedidos esclarecimentos ao governante.

“O objectivo é esclarecer tudo em relação ao que tenha que ver com a transferência de 10 mil milhões de euros, que ontem [quarta-feira] foi tratada na Assembleia da República, de Portugal para o Panamá”, refere Nuno Melo.

O eurodeputado quer saber porque é que “97,7% das transferências para o Panamá não foram tratadas”.

“Sobre isso o CDS quer todos os esclarecimentos, neste sentido: se o dinheiro saiu, quando, através de que bancos, beneficiando quem, que documentos existem e querendo também perceber porque é que informações que foram dadas pelos bancos à Autoridade Tributária não transitaram para o sistema central da Autoridade Tributária”, afirma Nuno Melo.

O secretário de Estado dos Assuntos Fiscais disse, quarta-feira, no Parlamento, que não houve controlo inspectivo dos 10 mil milhões de euros que foram transferidos para paraísos fiscais, porque esse montante não era conhecido do Fisco.

Segundo Rocha Andrade, terá sido uma falha informática a impedir o controlo inspectivo sobre o dinheiro transferidos para “offshores” entre 2010 e 2014.

Entre 2011 e 2015, quase 10 mil milhões de euros foram transferidos para contas sediadas em paraísos fiscais sem qualquer controlo da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), embora tenham sido comunicados ao Fisco pelos bancos, como a lei obriga. O caso foi revelado pelo jornal "Público".

Entre 2011 e 2015, enquanto Paulo Núncio era secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, não foram publicadas as estatísticas da AT com os valores das transferências para "offshore", uma publicação que tinha sido tornada obrigatória em 2010.

As estatísticas só voltaram a ser publicadas no Portal das Finanças por decisão do actual secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Fernando Rocha Andrade, sendo que o Ministério das Finanças detectou que houve 20 declarações de Operações Transfronteiras (enviadas pelos bancos ao Fisco) que "não foram objecto de qualquer tratamento pela AT".

Estas declarações, segundo disse o Ministério das Finanças ao jornal, "estão agora a ser objecto de controlo pela inspecção tributária", sendo que o caso foi remetido para a Inspecção-Geral de Finanças.

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  • fanã
    04 mar, 2017 aveiro 17:18
    O CDS perdeu toda credibilidade , e agarram -se a tudo o que podem para manterem os tachos . Mas não dão conta que já se afogaram na própria lama que tentam atirar a outros !
  • Barsanulfo
    03 mar, 2017 alcains 10:53
    O parasitário melo do CDSzinho da Cristazinha esganiçadinha! Á mingua de qualquer bóia que lhe salve a inútil, obscura, parasitária,submersa, passagem pelo Parlamento Europeu. Prémio, que aquela coisa irrevogável que foi vice do governo do país lhe concedeu, com registo regular, na estatística dos menos assíduos, empenhados,úteis, menos valia do mesmo parlamento.Figurante, que não deixará nem uma vírgula com interesse, nem memória entre os seus pares. Agora, esganiça-se, em cópia made in china em igual registo de voz, da esganiçada líder, em busca do protagonismo que lhe escapa, por total ausência de talento e empenho, nas grandes questões do interesse do país no PE. Apenas mais um triste traste, figurão e figurante, do pior da "turminha parasitária" do eixo Lisboa-Cascais-Qtª da Marinha, do CDS
  • Enzo
    02 mar, 2017 Lx 18:30
    Se estes factos realmente existem, aí está uma medida adequada a tomar. Passemos das palavras à prática, e que se avance com os papeis e informações para a dita comissão do parlamento europeu. Caso contrário é apenas não passaram de intriguistas, que pretendem com estas episódios, esconder o que não querem que se saiba.
  • maria
    02 mar, 2017 Lx 18:24
    Então leva e mostra bem as tuas irregularidades, mas não escondas nada.
  • a qual secretário?
    02 mar, 2017 port 18:15
    O correlegionário Núncio já "explicou" tudo!...Ou o Melo quer voltar o bico ao prego?
  • F Soares
    02 mar, 2017 A da Gorda 17:39
    Intriguista ???? Trauliteiro é o que é.... Ou agente pós verdade. Também só deve ver a Fox ...
  • Alves
    02 mar, 2017 C. Branco 17:29
    A carapuça parece não servir ao eurodeputado Nuno Melo que "não" pertence ao mesmo partido do Dr. Paulo Núncio. Que descaramento! Há muita maneira de dar a volta por cima; Onde andava o eurodeputado Nuno Melo quando os factos aconteceram?
  • a fuga para frente
    02 mar, 2017 lx 17:10
    Até parece que o principal responsável da situação não é o Núncio, correlegionário deste ruidoso Melo! Isto é como aqueles que gritam, "agarra-me senão, eu bato-lhe..." Como é que esta gente se defende, tentando meter ao barulho aqueles que lhes descobriram a marosca! É preciso ter muita latosa e desfaçatez! E tivemos nós a ser governados por gente desta!
  • o intriguista mor
    02 mar, 2017 lis 17:03
    do CDS, no seu melhor!...vai trabalhar!

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