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Costa considera "saudável" e "excelente" diálogo do governador do BdP com parlamento

06 mar, 2017 - 16:57

“Acho que o país, hoje, tem boas razões para estar mais confiante no sistema financeiro do que estava há um ano atrás”, disse António Costa, em Elvas.

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O primeiro-ministro, António Costa, disse, esta segunda-feira, que “é sempre saudável” o acompanhamento da actividade de supervisão pela Assembleia da República (AR), considerando “excelente” que o governador do Banco de Portugal (BdP) queira dialogar com o parlamento.

“Acho que é sempre saudável que haja um acompanhamento por parte da AR da actividade de supervisão e, se o governador [Carlos Costa] quer dialogar com a Assembleia, excelente”, afirmou o primeiro-ministro.

Questionado pelos jornalistas, numa escola em Elvas, no distrito de Portalegre, António Costa reagia à notícia de que o governador do BdP enviou uma carta à comissão parlamentar das Orçamento e Finanças para prestar esclarecimentos sobre o seu papel no caso BES.

A notícia foi avançada pela edição electrónica do Expresso segundo a qual Carlos Costa quer “repor a verdade” na sequência da reportagem da semana passada, na SIC, sobre o caso BES (Banco Espírito Santo), com incidência na actuação da instituição liderada por Carlos Costa no segundo semestre de 2013.

Questionado se as críticas feitas a Carlos Costa poderão pôr em causa o sistema financeiro, o primeiro-ministro argumentou que este está hoje, “felizmente, muito melhor do que estava à data a que essas notícias se reportam”.

“Hoje, felizmente, o quadro é muito diverso do que existia há um ano atrás”, insistiu o chefe do Governo, frisando que “os principais bancos privados que tinham necessidade de um reforço de capitalização” já têm essa situação “solucionada”.

“Temos a Caixa Geral de Depósitos com o processo de recapitalização já devidamente autorizado pelas instituições europeias e, este mês, a entrar em velocidade de cruzeiro”, afirmou, dando ainda como exemplo o processo de venda do Novo Banco, que “está numa fase conclusiva”.

“Acho que o país, hoje, tem boas razões para estar mais confiante no sistema financeiro do que estava há um ano atrás”, sublinhou.

E a “função” do Governo, insistiu António Costa, é “trabalhar leal e construtivamente” com o BdP na “estabilização do sistema financeiro”, que está “bastante melhor”.

“Temos que aprender a trabalhar com as instituições tal como elas existem. É o que nós fazemos com o governador do BdP no dia-a-dia”, argumento.

“Umas vezes estamos de acordo, outras vezes não, mas cada um exerce a sua competência própria”, acrescentou.

Acompanhado pelos ministros da Educação e do Planeamento e das Infraestruturas, Tiago Brandão Rodrigues e Pedro Marques, respectivamente, António Costa visitou Elvas para anunciar a construção das novas instalações da Escola Básica n.º 1 da cidade , com cerca de 600 alunos dos 2.º e 3.º ciclos, disponibilizando o Governo 2,2 milhões de euros para o início das obras, em 2018.

Durante a manhã, o primeiro-ministro esteve também em Campo Maior, no mesmo distrito alentejano, para apresentar o programa Qualifica, destinado à educação e formação de adultos.

Comentários
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  • ó jose calisto
    07 mar, 2017 port 09:47
    Ser inteligente é evitar diplomaticamente guerras. Isto não é desonestidade intelectual, pelo contrario e ter a noção do que é governar bem!
  • Jose Calisto
    06 mar, 2017 Barreiro 17:21
    Este homem é o super sumo da desonestidade intelectual.Ontem disse o que disse e o que pediu a catarina do BLOCO para dizer e depois Jerónimo do PCP. De facto é preciso muita lata e hoje como se nada tivesse dito, diz o que diz.Jogam com as palavras e nos interpreta-mos também como queremos.VERGONHA.

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