Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Governador vai ser ouvido no parlamento nos próximos dias

07 mar, 2017 - 22:05

Carlos Costa manifestou disponibilidade para esclarecer os deputados e o país na sequência de uma reportagem da SIC sobre a queda do BES.

A+ / A-

O governador do Banco de Portugal (BdP), Carlos Costa, deverá ser ouvido no parlamento nos próximos dias a propósito do caso BES, avançou esta terça-feira a presidente da comissão parlamentar de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa (COFMA).

"Falarei com o governador do Banco de Portugal para que se possa fazer o agendamento e darei nota aos senhores deputados e deputadas, muito provavelmente amanhã [quarta-feira] já, da conversa com o governador" vincou Teresa Leal Coelho, na reunião desta tarde da COFMA.

Carlos Costa enviou na segunda-feira uma carta à comissão parlamentar das Finanças para prestar esclarecimentos sobre o seu papel no caso BES, mas a COFMA dispunha já de um pedido do PCP para o governador ser escutado.

Esta terça-feira à tarde, foi debatido entre os deputados os moldes da futura audição de Carlos Costa, tendo sido mesmo levantada a hipótese de se desdobrar em duas: uma dedicada ao pedido do PCP e outra sobre a matéria em que Carlos Costa diz querer "repor a verdade", e que diz respeito às recentes reportagens da SIC sobre o caso BES, com incidência na actuação da instituição liderada por Carlos Costa no segundo semestre de 2013.

Ficou acordado entre os deputados a realização de uma única audição ao líder do banco central, com Carlos Costa a poder proferir uma intervenção inicial, mas com o PCP a ser o primeiro partido a fazer perguntas.

"Há um conjunto de acusações à supervisão que distorcem aquilo que é a realidade do que se passou", afirma Carlos Costa na carta endereçada aos deputados onde pede a sua audição.

As reportagens, escreve Carlos Costa na carta, "tiveram como efeito desacreditar a conduta do BdP e o exercício da função de supervisão".

Segundo a reportagem intitulada "Assalto ao Castelo", técnicos do BdP assinaram uma nota informativa interna, logo em Novembro de 2013, na qual punham em causa a continuidade de quatro administradores do BES e sugeriam mesmo o afastamento imediato do presidente, Ricardo Salgado.

O PCP e o Bloco de Esquerda defendem a demissão de Carlos Costa, mas o primeiro-ministro e líder do PS, António Costa, recusou essa hipótese.

O líder parlamentar socialista, Carlos César, admitiu na quinta-feira que os novos dados que indiciam uma acção tardia do governador no caso BES constituem "objecto de reflexão", confirmando "falhas significativas" da supervisão.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Barsanulfo
    08 mar, 2017 alcains 10:33
    Uma foto vale por mil palavras... Esta é feliz.... parece que alguém lhe quer dar com uma cadeira na cabeça...... Ontem já foi tarde!
  • c
    08 mar, 2017 a 09:31
    até lhe ficava bem se pedisse a demissão ,fazia um favor a ele próprio

Destaques V+