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"Offshores". Directora-geral do Fisco desconhece causa da falha na inspeção de transferências

07 mar, 2017 - 16:18

"Até ao momento, não temos evidência nenhuma do que pode ter provocado esta anomalia", disse Helena Borges aos deputados da comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa, sobre o caso dos cerca de 10 mil milhões transferidos para "offshores" entre 2011 e 2014,

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A directora-geral da Autoridade Tributária (AT), Helena Borges, disse, esta terça-feira, que ainda não tem "evidência nenhuma" do que pode ter levado a que quase 10 mil milhões de euros tenham sido transferidos para "offshore" sem controlo do Fisco.

"Até ao momento, não temos evidência nenhuma do que pode ter provocado esta anomalia", afirmou Helena Borges na comissão parlamentar de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa, sobre a saída de quase 10.000 milhões de euros para "offshore" entre 2011 e 2014, embora tenham sido comunicados ao Fisco pelos bancos, como a lei obriga.

Em resposta ao deputado do PSD António Leitão Amaro, a directora-geral confirmou que 18 das 20 declarações que não foram alvo de inspecção deram entrada na AT no Verão de 2015, porque "são fundamentalmente relativas a [rendimentos de] 2014 que ficaram retidas no sistema local e que não passaram para o central", onde seriam alvo de controlo pela inspecção tributária.

Helena Borges explicou que, em Abril de 2016, quando as estatísticas entre 2011 e 2014 foram publicadas, "os números disponíveis [nessa altura] não deixavam a evidência" de que uma parte da informação não passava do sistema central para o local.

Nesse sentido, a directora-geral disse que a AT "fazia a fiscalização das transferências que conhecia, a partir da informação que estivesse disponível", acrescentando que foi só após a alteração do sistema informático, em Junho de 2016, que foi possível detectar anomalias.

A responsável do Fisco disse que a actualização do software "não foi uma decisão estratégica", mas que decorreu de se ter "aproveitado o momento para introduzir actualizações tecnológicas", depois da publicação de uma portaria que alterou o modelo 38 (referente às declarações transfronteiriças).

Quando questionada pelo deputado social-democrata António Leitão Amaro sobre quando é que o Fisco teve conhecimento de que poderia haver um problema, Helena Borges respondeu que foi em Outubro de 2016.

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  • fanã
    07 mar, 2017 aveiro 19:59
    Será preciso outro 25 Abril.....mas sem cravos no canhão e dedo no gatilho!........................
  • José Cunha
    07 mar, 2017 Paredes de Coura 19:39
    A coisa está mesmo a correr muito mal para a Catarina , Jerónimo e boa parte do PS, pretendiam sacrificar na praça pública o então secretário de estado que muito fez pela evasão e fraude fiscal quer alargando prazos de prescrição como mesmo as penas sobre corrupção fiscal. A verdade sempre chega ao de cima como o azeite mesmo que isto muito custe a muitos. Ficamos ansiosos por ver os relatórios finais das averiguações em curso por quem de direito.
  • xico
    07 mar, 2017 lixa 19:37
    É impressionante......ouvir: desconheço......nada ouvi......não sei......não fui informado/a.......Afinal o que estes directores sabem é quanto recebem ao fim do mês,este pobre país,precisa mesmo de uma limpeza, e não é difícil com tanta gente desempregada e de certeza mais bem preparados para estes cargos.
  • FR
    07 mar, 2017 portugal 19:13
    Há pessoas tão especiais que não têm de prestar contas de nada, provavelmente nem esperar nos hospitais ou nas operações stop. Chama-se pertencer à elite.
  • Rui Ribeiro
    07 mar, 2017 FIÃES VFR 19:09
    O da esquerda foi para paris gastar os milhões. Os da direita devem ter ido para um qualquer paraíso... fiscal!!! A classe média continua a aguentar esta ditadura escroque destes políticos parasitas!!!
  • incrivel
    07 mar, 2017 pt 18:54
    Isto não é um país é uma quinta de alguns xico-espertos.
  • Claro!
    07 mar, 2017 lx 18:50
    Todos desconhecem. Começou pelo amnesico Passos e está a fazer escola o desconhecimento. Para que servem afinal os directores gerais?...O erário publico poderia estar a ser poupado.
  • José António
    07 mar, 2017 Setubal 18:43
    Este pais anda na lama!...agora ninguém sabe de nada, assobiam para o lado ou sacodem a água do capote.
  • Leonardo
    07 mar, 2017 Massamá 18:41
    A mim pede-me a conta bancária para justificar 4500€ aos dos dez mil milhões olham para o lado, e depois vêm chamar estúpidos ao POVO
  • Não há duvidas
    07 mar, 2017 port 18:41
    Foi a empregada da limpeza a grande responsável. Esta gente continua a querer fazer-nos estupidos! Não há um pingo de vergonha!

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