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​Marcelo sente "desconforto" geral com a justiça e não comenta caso Sócrates

13 mar, 2017 - 19:11

Presidente da República manifestou-se confiante em futuras convergências na área da justiça.

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O Presidente da República considera que há um sentimento generalizado de "desconforto" com a justiça, que para os mais críticos se compara à "punição eterna de Sísifo", apesar de "muitos e bons passos" terem sido dados.

"Tudo somado, sentimos todos um desconforto, que não é o de Sísifo, mas que existe. Por cada centímetro de avanço há meio, dirão os optimistas, há dois ou três, garantirão os pessimistas, perdidos", declarou.

Marcelo Rebelo de Sousa, que falava durante o seminário "Justiça Igual para todos", promovido pela Associação 25 de Abril, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, recusou, à saída, comentar o caso do antigo primeiro-ministro José Sócrates.

"Não vou pronunciar-me sobre uma questão concreta da justiça", respondeu o chefe de Estado aos jornalistas, afirmando que, "em abstracto, já disse o que tinha a dizer".

Na sua intervenção neste seminário, o Presidente da República falou da evolução e da actual situação do sistema de justiça, reiterando a necessidade de convergências neste sector que envolvam os operadores judiciários.

Governo estuda estatuto das magistraturas

O Presidente da República manifestou-se confiante em futuras convergências na área da justiça, realçando que quatro grupos de trabalho de operadores judiciais estão a preparar propostas e que o Governo está a estudar o estatuto das magistraturas.

Questionado se pensa que é possível haver convergências na Jusitça, respondeu: "Eu acho que sim, eu acho que sim. Os parceiros da justiça estão a trabalhar nisso, têm grupos de trabalho, têm propostas concretas: já entregaram as custas judiciais, vão entregar outras ao Governo. O Governo está a estudar o estatuto das magistraturas".

"Portanto, pode ser que tenhamos notícia nos próximos meses ou no próximo ano", considerou.

Na sua intervenção de cerca de dez minutos, o Presidente da República referiu-se ao apelo que fez, em Setembro do ano passado, na abertura do ano judicial, aos parceiros judiciários para que criassem "plataformas de entendimento" abrindo caminho a um "pacto de justiça" entre partidos.

Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, "o apelo foi ouvido, e algumas convergências se foram desde logo esboçando, como a relativa às custas judiciais".

Marcelo Rebelo de Sousa em entrevista: "Toda a minha vida fiz pontes. O católico deve fazer pontes”
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Comentários
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  • rm
    14 mar, 2017 23:48
    Prisao Perpetua JA !   Só 4 paises europeus não teem entre eles Portugal.   O Madoff nos EUA foi investigado durante 8 anos e no fim foi condenado a 150 anos de prisão !    E   aqui em Portugal ?   Brincam aos policias e ladrões porque são uns cobardes !    Quem não deve não teme.
  • Mario
    14 mar, 2017 Portugal 13:09
    Como pessoa letrada em leis e sendo professor bem deve saber o que transmitiu aos seus alunos por essa razão temos a justiça que temos.
  • otário cá da quinta
    14 mar, 2017 coimbra 12:14
    Se fosse um ZÉ NINGUÉM a mandar as bacoradas sobre a JUSTÇA como o tem feito SÓCRATES, há muito que estava PRESO. Na minha modesta opinião, creio que este senhor fala de tal maneira, porque deve ter gente muito poderosa nas mãos, porque eu não acredito que tenha sido ele a comer mais dos impostos dos que trabalham e portanto, é o deixa-se andar, até esquecer, tal como o caso dos rapazes do embaixador do Iraque. O dinheiro, tudo cala.
  • jose antonio
    14 mar, 2017 barreiro 09:12
    Se o Sr Presidente criasse uma espécie de portal da queixa sobre os tribunais e o seu funcionamento na pratica, e não em teoria ficaria certamente espantado.
  • Zé Povinho
    13 mar, 2017 Lisboa 21:27
    O desconforto que Marcelo sente, os Portugueses também o sentem. A impunidade revolta e deixa os Portugueses frustrados! Mas a culpa não é do Sócrates!!!!! A culpa é dos advogados que trabalham para a política, pois criam leis, para os bandidos políticos e bandidos ricos elitistas, brincarem aos "polícias e ladrões", sem nada lhes acontecer. Brincam com a justiça e brincam com as falhas desta e brincam aos recursos e recursos até prescrever e cair em saco rôto!
  • bobo
    13 mar, 2017 lisboa e outra 21:14
    Portugal, é um país de invejosos, calões que vivem dos subsídios, oportunistas, corruptos, vigaristas, hipócritas, velhacos e ladrões
  • almague
    13 mar, 2017 Lisboa 21:04
    Totalmente de acordo. A vida mostra-nos verdadeiras surpresas nesta matéria da justiça. E mostra-nos a justiça em Portugal de uma forma muito absurda e paradoxal. Se pensamos que temos em democracia uma justiça capaz de nos defender e proteger a qualquer cidadão, acabamos por ver que não é verdade. Somos alvos de uma não justiça. porque não nos protege nem nos defende. Temos uma justiça , para nos fazer arrastar por tempos indeterminados, para pôr termo a um problema. Temos uma justiça em que os problemas são de propósito arrastados com a barriga para a frente por agentes da justiça, que podemos identificar primeiramente pela classe dos advogados, pela legislação que permite andar com requerimentos, recursos e outros meios para que o processo não pare., pela lentidão de despachos dos juízes sobre requerimentos que levam meses a serem despachados para o processo progredir. Conclusão: justiça lenta, demorada, dispendiosa, onde as sanções acabam por aparecer tardiamente relativamente às datas da acção ou do facto que deu origem a um processo judicial. Que lições retira o infractor? Vale a pena ir para a justiça pelo lado que pretende justiça ? Desiste pelo tempo que vai demorar e pelo dinheiro que gastar para ter a sua justiça.
  • bobo
    13 mar, 2017 lisboa e outra 20:51
    foram feitas leis a medida
  • bobo
    13 mar, 2017 lisboa e outra 20:50
    O dinheiro não fala , ao Sócrates , falou e alto
  • EFVWFRW
    13 mar, 2017 RWRBW 20:32
    É NATURAL... ESTÁ LÁ METIDO O SEU GRANDE AMIGO RICARDO SALGADO...

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