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PCP acusa ministro alemão de querer “acabar rapidamente” com actual Governo

16 mar, 2017 - 23:47

Jerónimo de Sousa voltou a criticar Wolfgang Schäuble durante a apresentação de candidatos da coligação em Braga.

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O secretário-geral do PCP acusa o ministro alemão das Finanças de "levantar o espantalho" de um novo resgate a Portugal com o objectivo de "acabar rapidamente" com a solução governativa que "permitiu repor direitos e rendimentos".

Em Braga, para o acto público de apresentação dos candidatos aos órgãos autárquicos do concelho, Jerónimo de Sousa voltou a defender que Portugal tem que se libertar das políticas "opressoras do desenvolvimento nacional" de que é exemplo "fundamentalismo neoliberal e monetarista" de Schäuble".

"Ainda ontem [quarta-feira], mais uma vez, o senhor Schäuble, o ministro alemão das Finanças, veio levantar pela terceira vez o espantalho de um novo resgate. Ele tem um objectivo: acabar rapidamente com a solução que permitiu repor direitos e rendimentos, apesar de estarmos aquém do que se impunha e é necessário", acusou Jerónimo de Sousa.

O secretário-geral comunista respondeu, assim, ao ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, que disse na quarta-feira que Portugal se deve certificar de que "não precisa" de um novo resgate e lembrou que a pressão imposta pelos planos de resgate "funcionou bem".

"Certifiquem-se de que não precisam de resgate", disse o ministro alemão, numa conferência de imprensa em Berlim, citado pela agência financeira Bloomberg.

Para o líder comunista, "todo este comportamento só mostra que Portugal precisa de romper com o cerco que lhe impõem e de uma política que liberte o país dos constrangimentos que o sufocam e o bloqueiam e que têm no fundamentalismo neoliberal e monetarista do senhor Schäuble um exemplo acabado dessa política opressora do desenvolvimento nacional".

Num discurso marcado pela defesa da regionalização, Jerónimo de Sousa deixou ainda dúvidas sobre a legislação que o PS afirmou estar a preparar sobre as carreiras contributivas, com a qual os socialistas justificaram a rejeição da proposta do PCP, em 2016.

"Vamos ver, vamos ver", disse, assegurando que o PSP reafirmou o "inteiro compromisso de continuar a lutar para que todos os trabalhadores com 40 e mais anos de descontos para a segurança social, independentemente da idade, tenham direito à pensão de velhice sem penalizações".

A cerimónia ficou ainda marcada por alguns minutos de escuridão devido a uma falha geral de electricidade, que Jerónimo de Sousa aproveitou para fazer um paralelismo com o momento político autárquico em Braga, e não só.

"Há momentos de escuridão, mas a luz vence", ironizou, reafirmando a necessidade de a CDU reforçar a sua presença nos órgãos autárquicos nacionais.

Comentários
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  • A Puta da Idade
    17 mar, 2017 Daqui 12:50
    Se a RR quer publicar o comentário que publique mas não ande a fazer alterações àquilo que o autor escreveu. Mas ainda bem. Se a RR altera o conteúdo então nunca poderemos saber se existiu alguém que efetivamente escreveu aquilo que foi publicado!! É ou não é verdade? A parte da música até acharam piada, mas facto de ter escondido a palavra PUTA já não vos agradou? Por acaso é uma palavra assim tão repugnante? Fiquem a saber que as putas são boas pessoas e dizer A PUTA DA IDADE, é simplesmente uma expressão de taberna. Toda a gente sabe que não se quer insultar ninguém. Bem, pelos vistos nem todos, há sempre alguém que é ignorante! Ou então é mais papista que o papa! O jornaleiro que retirou a expressão A PUTA DA IDADE deve sofrer desse mal...
  • A P#%
    17 mar, 2017 Longe 11:22
    Música preferida de Jerónimo; "Estou velho, mas difarço muito bem, tão velho, não vás contar a ninguém..."
  • Pauli
    17 mar, 2017 Porto 05:24
    Ó sr. Jerónimo, deixe lá pois o PCP quis acabar com todos os governoseus de Portugal, desde o 25 de Abril. Exceptua-Se o actual governo, não porque o PCP concorde com as suas políticas, mas por mero interesse do PCP.

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