21 mar, 2017 - 10:59 • Susana Madureira Martins
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O primeiro-ministro agarrou na enxada, esta terça-feira de manhã, para plantar um sobreiro nos jardins do Palácio de Monserrate, em Sintra. A acompanhá-lo, o ministro da Agricultura, Capoulas Santos. Um dia típico de chuva na vila, pelo que não foi sequer necessário regar a árvore.
À reunião extraordinária do Conselho de Ministros faltaram três ministros: o número dois do Governo e ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, o das Finanças, Mário Centeno e o da Saúde, Adalberto Campos Fernandes.
António Costa chegou a pé a esta reunião em Sintra, acompanhado pelo secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Pedro Nuno Santos, para uma reunião dedicada à aprovação de diplomas sobre a reforma florestal.
O primeiro-ministro anunciou este pacote no dia 1 de Março, Dia da Protecção Civil, referindo aí que "é hora de fazermos agora, na floresta, uma reforma com a dimensão da reforma que há dez anos se fez na protecção civil. Foi concluída a discussão pública e no Conselho de Ministros do próximo dia 21 será aprovado o pacote florestal que permitirá lançar as bases para arrancar com a reforma da floresta", declarou então.
Nessa iniciativa do início do mês, António Costa explicou que se tratará de uma reforma de "médio prazo", cujos efeitos não serão imediatos, e deixou críticas ao passado recente em matéria de política florestal, referindo que, "infelizmente, estes últimos dez anos não foram devidamente aproveitados”.
“Podemos até ter excelentes meios de combate aos incêndios florestais, mas ou fazemos agora aquilo que não foi feito nos últimos dez anos ao nível da prevenção estrutural ou os riscos serão sempre crescentes e os meios sempre crescentemente insuficientes", avisou.
Há cerca de uma semana também o Presidente da República se pronunciou sobre a necessidade desta reforma florestal, com Marcelo Rebelo de Sousa a dizer, na reitoria da Universidade Nova de Lisboa, que aguardava “com grande espectativa este pacote de medidas, apelando a que uma vez aprovado suscite um “vastíssimo consenso nacional”.
É essa reforma que o Conselho de Ministros deverá aprovar esta terça-feira, no Palácio de Monserrate, na vila de Sintra.