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​Novo Banco. Até aos 3,9 mil milhões, as perdas serão só do Fundo de Resolução

31 mar, 2017 - 15:53 • Eunice Lourenço , Paula Caeiro Varela , Paulo Ribeiro Pinto

A Renascença apurou que há como que um "banco mau" dentro do Novo Banco. António Costa vai dar a cara pelo negócio numa declaração ao país, às 19h00.

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As responsabilidades do Estado no negócio da entrega do Novo Banco ao fundo americano Lone Star, podem ultrapassar os 5 mil milhões de euros. Isto se vier a concretizar-se um dos piores cenários, que implica a perda do valor já injectado no banco pelo Fundo de Resolução e novas injecções de capital que podem ir até aos 1.600 milhões de euros.

De acordo com informação a que a Renascença teve acesso, há como que um novo “banco mau” dentro do Novo Banco. É o chamado “side bank”, onde estão 7,8 mil milhões de activos, dos quais 2,3 milhões são dos principais devedores. Depois, há também verbas de negócios relacionados com a Venezuela e Angola.

Na gestão das possíveis perdas relacionadas com essas contas, se as perdas forem até 3.890 milhões de euros, será só o Fundo de Resolução a assumir por inteiro. Se forem superiores, a responsabilidade será dividida com a Lone Star, diluindo-se a participação do fundo de resolução. Os cerca de 3,9 milhões de euros são o valor injectado pelo Fundo de Resolução no Novo Banco, financiado em grande parte por um empréstimo do Estado.

Nos vários cenários que são considerados essa participação pode ainda aumentar porque será ao fundo de resolução que cabe injectar capital, caso o rácio do banco diminua. Um dos cenários prevê a necessidade de injecção de capital pelo Fundo de Resolução até 1.603 milhões de euros, dos quais 116 milhões podem vir a ser perdidos.

O negócio é fechado esta sexta-feira e será o próprio primeiro-ministro, António Costa, a cara por esta solução.

Costa já cancelou a sua presença, na condição de secretário-geral do PS, na apresentação da candidatura de Gabriela Canavilhas à Câmara de Cascais, marcada para as 18h00. O gabinete do primeiro-ministro anunciou, entretanto, uma comunicação para as 19h00, a partir da residência oficial do chefe do Governo.

Fecho de 55 balcões

A entrega do Novo Banco ao Lone Star deve implicar o encerramento de 55 balcões e o despedimento de cerca de 400 trabalhadores, apurou a Renascença na terça-feira.

A intervenção do Fundo de Resolução no Novo Banco implicou um empréstimo do Estado no valor de 3,9 mil milhões de euros. A expectativa seria que a venda do Novo Banco permitisse reembolsar o Fundo de Resolução e, consequentemente, o Estado. Mas o processo tem-se vindo a arrastar, devido à falta de interesse no negócio.

O Governo, depois de parecer do Banco de Portugal, optou por finalizar o negócio com a Lone Star, que vai ficar com 75% do Novo Banco. Os restantes 25% ficam nas mãos do Estado através de acções ordinárias, mas sem direito à nomeação de administradores.

Em entrevista à Renascença e ao "Público", o ministro das Finanças, Mário Centeno, garantiu, esta quinta-feira, que o Estado, apesar de ficar apenas com 25% do capital do Novo Banco, não fica sem poder.

Mário Centeno sobre o Novo Banco: "Não é verdade que o Estado fique sem poder sobre nada"
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  • otário cá da quinta
    01 abr, 2017 coimbra 12:54
    Na Venezuela o povo está em luta contra o CANALHA que os governa e vem para a rua. Nós aqui, somos a vergonha dos nossos antepassados, somos covardes.
  • otário cá da quinta
    01 abr, 2017 coimbra 12:49
    Já conheço a canção, pelo que já não me dá gosto ouvi-la.
  • Celeste
    31 mar, 2017 Estoril 19:09
    Volte tio Ricardo ! Está perdoado !!
  • jorgesilva
    31 mar, 2017 Águeda 17:31
    Infelizmente são todos iguais. Cabe na cabeça de alguem financiar a CGD a 11% ao ano? Não seria de emitir um empréstimo obrigacionista interno a uma taxa muito menor? Esta histório do Novo Banco está muito mal contada. Vamos logo ouvir mais uma conversa da treta. Vão dizer-nos que os contribuintes nada suportarão. Serão os bancos. Contudo quem vai pagar somos nós com o aumento de comissões e outras despesas que os bancos nos vão debitar, além daquilo que já nos debitam. Os débitos dos bancos são autenticos roubos permitidos por leis feitas por estes e outros governantes, que nós pusemos a governar um país, quando nem sequer competência para governar a sua casa. Vamos todos daqui embora e deixemos esta cambada de incompetente e de gente desonhesta sózinhos, a trabalhar para se manterem a eles próprios. Os jovens estão a emigrar, muitos deles deizendo que não tem de pagar uma divida que não contrairam. Nós que ainda trabalhamos deveriamos fazer o mesmo. Começo a ter vergonha de partilhar om território com esta gente. SE tivessemos ao longo dos anos gente homesta a giovernar poderíamos ser um grande país. Infelizemente, para nós que trabalhamos, tal não acontece.
  • Maria
    31 mar, 2017 Vila Real 17:11
    quem vai pagar é o Zé burrinho, como sempre
  • Portuga
    31 mar, 2017 Portulândia 17:06
    E os responsáveis pela situação do NOVO BANCO, o pessoal dos BES, é responsabilizado e levado a pagar os prejuízos ou ficam a rir-se? Responsabilizar o Fundo de Resolução não é o mesmo que serem os Portugueses responsabilizados pelo facto de outros bancos terem que suportar e com isso terem custos agravados?
  • COSTA DEMAGOGO
    31 mar, 2017 Lx 16:59
    Negócio maravilha para quem compra...Fantástica esta decisão do ilusionista kamarada Costa...Um verdadeiro encantador de serpentes. E o que é o fundo de resolução kamarada? Quem o paga? Lá teremos que pagar o Novo Banco, a CGD e o Montepio que também deve estourar em breve a fazer fé nas notícias... Força kamarada Costa o povo unido jamais será vencido como diz o kamarada Jerónimo seu amigo da geringonça.
  • COSTA ILUSIONISTA
    31 mar, 2017 Lx 16:52
    O pantomineiro do Costa dá a cara e nós damos o coiro para pagar mais um banco. E a seguir que venha a CGD pois a rapaziada já tomou o gosto.Só mentirada e propaganda barata deste vendedor de ilusões e da banha da cobra.
  • CAMINHANTE
    31 mar, 2017 LISBOA 16:52
    A nacionalização teria sido a melhor opção, face à desgraça para que conduziram o Ex -BES... o problema é que o vulgar cidadão não sabe onde colocar as suas parcas economias (se o dinheiro for mesmo muito, há alternativas)... venha o diabo e escolha... nenhum, absolutamente nenhum Banco merece confiança. A seguir tudo indicia que é o Montepio a entrar nesta angústia... outros ainda estão velados, sem se mexerem para não atrair atenções... pelo menos é esta a imagem que aparece neste contexto que estamos inseridos... meteram-se com Angola e lixaram-se ... o BESA foi mesmo talvez o problema maior do BES... entretanto o caso BPN, de puro roubo, já foi arquivado, ainda o estamos a pagar e praticamente só um existe um bode expiatório para esta monumental golpada... ninguém toca em ninguém dos responsáveis... este sim, o BPN é que deveria ter sido "resolvido", com menor impacto para o sistema Bancário global... ninguém, do comum dos mortais ( sem informação privilegiada) tem o mínimo de confiança em tudo o que se está a passar.
  • Ramos Ortigão
    31 mar, 2017 Cascais 16:42
    Só há um nome para designar esta gente que nos governa "PANTOMINEIROS DO 1 GRAU" encarnam o que há de pior numa sociedade secular e de feitos invejáveis.Agora estes rafeiros que nos andam a impingir desde a madrugada de Abril só nos têm conduzido à miséria e à perda de tudo desde o sistema financeiro a todo o outro patrimônio secular.Não sei como classificar tal gente daninha de formação e integralidade.Somos um Povo de brandos costumes, mas se não nos levantar-mos e erguer a nossa voz de indignação vamos acabar numa qualquer sarjeta dessa Europa.

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