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PSD quer esclarecimentos sobre Novo Banco e considera exagerada recapitalização da Caixa

31 mar, 2017 - 00:50

Os pedidos e alertas foram deixados esta quinta-feira por Maria Luís Albuquerque, vice-presidente social-democrata.

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A ex-ministra das Finanças Maria Luís Albuquerque exige que o Governo esclareça os contornos do negócio de venda do Novo Banco e considera o processo de recapitalização da Caixa Geral de Depósitos (CGD) "um manifesto exagero".

"A Caixa Geral de Depósitos não precisava de um aumento de capital desta ordem. A recapitalização da Caixa é um manifesto exagero e mostra a forma leviana como o Governo trata o dinheiro dos contribuintes", afirmou a vice presidente do PSD.

A respeito da recapitalização da CGD, Maria Luís Albuquerque, que participou esta noite em Vila Franca de Xira num debate organizado pelo PSD local sobre o "Estado e a Finança" acusou também o Bloco de Esquerda e o PCP de apoiarem o Governo "num boicote à informação sobre este processo".

As críticas de Maria Luís Albuquerque surgem na sequência do anúncio esta quinta-feira do ministério das Finanças de que o Governo tinha injectado na CGD 2.500 milhões de euros, concluindo assim a segunda fase do processo de recapitalização do banco público.

A CGD está em processo de recapitalização, num montante de cerca de 5.000 milhões de euros, aprovado entre o Governo português e a Comissão Europeia, depois de ter apresentado um prejuízo histórico de 1.859 milhões de euros em 2016.

Durante o debate, que durou quase três horas, a antiga ministra comentou também o processo de venda do Novo Banco ao fundo norte-americano Lone Star, considerando que o Governo "tem obrigação de explicar aos portugueses quais as responsabilidades que terão de assumir com a concretização deste negócio".

O processo de venda do Novo Banco está na fase final e a assinatura será feita esta semana, segundo confirmou na quarta-feira o ministro das Finanças, Mário Centeno, em Londres.

Na sua intervenção Maria Luis Albuquerque também recordou as dificuldades que o anterior Governo, liderado por Pedro Passos Coelho, teve para "endireitar as finanças públicas" e "limpar a imagem perante os credores" e acusou o actual de "não ter vergonha na cara" ao afirmar, agora, que herdou do anterior uma "herança pesadíssima no sistema financeiro.

"É preciso não ter vergonha na cara para se queixarem que tiveram uma pesada herança. Praticamente o mesmo elenco governativo que deixou o País na banca rota e que deixou os bancos numa fragilidade extrema", apontou.

Comentários
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  • APARAGALHOS
    03 abr, 2017 SÍTIO MANHOSO 11:35
    O partido sem destino nunca quis o bem dos portugueses e de PORTUGAL !
  • Fernando de Almeida
    01 abr, 2017 Porto 00:20
    O PSD não tem direito a clarecimentos sobre nada. Primeiro: como foi possivel que os muitos cidadãos que escolheram o PSD não tiveram o cuidado de se informar e averiguar antes de eleger Pedro Passos Coelho!? O resultado foi o que se viu. O Banco Espirito Santo era propriedade privada, mas nele trabalhavam milhares de funciona'rios, cidadãos com familia...mais uns milhares de pessoas. Na batalha quando uma parte dos combatentes esta' "enrascada" todos se esforçam para "safar" os "enrascados" e quase sempre com baixas em quem ajuda. A geração que o PSD escolheu para comandar foi e é inapta, individualista e com absoluto desprezo pelos demais. O resultado esta' à vista: milhares de concidadãos à merc^e do "inimigo".... O PSD que se cale!!!
  • Barsanulfo
    31 mar, 2017 alcains 10:05
    Ó Mariazinha sawp isto é que foi um exagero do caraças páh! Não havia necessidade! Maria Luis. e a fabulosa carreira de Sérgio Monteiro, gestor, e Sérgio Monteiro, secretário de Estado. Sérgio Monteiro, campeão das PPP´s ruinosas para o Estado enquanto gestor, é o mesmo Sérgio Monteiro que renegociou para o Estado essas mesmas PPP.Relatório do Tribunal de Contas sobre o TGV:Um contrato Swap, assinado por Sérgio Monteiro enquanto representante à altura de um consórcio privado, gerou perdas de 152 milhões de euros. Contrato resgatado pelo Estado, que assumiu assim todos os prejuízos decorrentes dessa operação financeira engendrada por Sérgio Monteiro no privado. Quem é que assinou, pelo Estado, essa operação? Isso mesmo. Maria Luís Albuquerque e Sérgio Monteiro.
  • Antonio
    31 mar, 2017 Vale de Cambra 06:12
    Claro, seria melhor vender o Banco, a um dos teus PRIVADOS.
  • maria
    31 mar, 2017 Lx 05:16
    Um pingo de dignidade e alguma vergonha na cara precisa-se.

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