Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Coimbra

PCP exige reabertura do ramal da Lousã ainda este ano

11 abr, 2017 - 16:45 • Susana Madureira Martins

Os deputados comunistas visitaram a estação de comboios da Lousã, desactivada há sete anos, e fizeram o percurso alternativo de autocarro, que dura mais de uma hora.

A+ / A-

No segundo dia de jornadas parlamentares no distrito de Coimbra, os deputados do PCP foram de manhã cedo para a estação de comboios da Lousã onde exigiram a reabertura da linha ferroviária que faz a ligação Serpins-Coimbra.

O líder parlamentar comunista, João Oliveira, exige ao Governo a “modernização, requalificação e electrificação do ramal da Lousã ainda este ano”, recordando o projecto de resolução que faz esta exigência e que foi aprovado em Fevereiro pela Assembleia da República.

Os comunistas alertam o ministro das Infra-estruturas que esta recomendação é para “ser cumprida” e “executada para que estas populações possam, de novo, ter acesso ao transporte ferroviário que merecem”.

As populações locais não se conformam. A alternativa que têm tido ao longo dos últimos sete anos é fazerem o percurso de autocarro, que demora mais de uma hora, mais do que o comboio – algo que os deputados do PCP experimentaram na viagem de regresso a Coimbra.

A Metro Mondego entrou em cena para, aparentemente, fazer melhorias na linha, mas o investimento esfumou-se. Depois, diz Celeste Nunes, do Movimento Lousã pelo Ramal, há ironias do destino: “houve uma reivindicação enorme aqui numa zona, em Espírito Santo, para se ter um apeadeiro, porque o comboio passava lá e não tinha. Agora, há um apeadeiro, mas não há comboio.”

Celeste Nunes diz mesmo que há pessoas que deixaram de ir ao hospital em Coimbra porque a deslocação é mais cara. “De comboio era significativamente menos do que gastar um táxi daqui até Coimbra e depois o táxi ficar à espera das pessoas”, explicou ao líder parlamentar do PCP.

João Oliveira respondeu que os prejuízos causados ao longo dos anos por este encerramento da linha “confirmam a decisão errada que foi a de parar a circulação dos comboios no ramal da Lousã, confirmam a decisão errada que foi feita com levantamento dos carris da própria linha”.

Para o dirigente comunista, o projecto da Metro Mondego “serviu apenas para prejudicar as populações que ficaram sem comboio, sem resolver problema nenhum”.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • O c q
    12 abr, 2017 Coimbra 06:31
    Engraçado! Por a funcionar o ramal este ano ! Só se for com a mão de obra de todos os desempregados. Vale tudo na caça ao voto.
  • otário cá da quinta
    11 abr, 2017 coimbra 17:27
    Que abra ou que deixe de abrir , a mim não me incomoda nada. O que eu acho muita graça, é o desplante desta cambada, que olha para o povo, como se ele fosse uma cáfila de camelos. que julgam que ele ainda acredita em alguma coisa que estes gajos dizem. ELEIÇÕES e claro, lá vêm eles com os namoros na caça aos votos. PALHAÇOS.

Destaques V+