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Almaraz. BE quer explicações do ministro do Ambiente

27 abr, 2017 - 23:40

Portugal considera que o armazém junto à central nuclear tem a "tecnologia adequada".

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O Bloco de Esquerda quer ouvir o ministro do Ambiente e o presidente da Agência Portuguesa do Ambiente sobre o armazém de Almaraz.

O bloquista Pedro Soares considera que a posição portuguesa abre um precedente inaceitável.

“Sempre que Espanha se lembrar de ter uma actividade qualquer junto à fronteira que possa eventualmente ter impacto e perceberam que Portugal não irá reclamar e, portanto, preocupa-nos bastante. Vamos requerer a vinda com carácter de urgência do ministro do Ambiente e do ministro dos Negócios Estrangeiros”, disse.

O deputado estranha que os ministros dos Negócios Estrangeiros e do Ambiente ainda não tenham vindo a público comentar o relatório que considera “lamentável”.

“É baseado em estudos feitos pelas autoridades espanholas, que recusaram o envolvimento das autoridades portuguesas. É um parecer feito a partir de estudos alheios que esconde a questão principal que é a relação do armazém de resíduos nucleares com o funcionamento da central nuclear de almaraz e com a intenção de prolongarem o funcionamento da central para além de 2020”, acrescenta.

Os ambientalistas também criticaram a posição do Governo português, que considerou adequada e segura a construção de um armazém para resíduos nucleares na central espanhola de Almaraz, denunciando submissão a Espanha e uma decisão "surreal e inaceitável".

O relatório da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) considera que o armazém tem a "tecnologia adequada".

O documento apresentado esta quinta-feira, em Lisboa, foi elaborado por um grupo de trabalho sobre o funcionamento do armazém temporário individualizado. O documento tem também 14 recomendações sobre o armazenamento dos resíduos.

Comentários
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  • Armando
    28 abr, 2017 Amadora 09:42
    Imaginei que agora ( com este governo ) as coisas pudesssem ser diferentes. Puro engano. Portugal continua de cócoras, e assim será para a eternidade perante interesses estrangeiros.

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