10 mai, 2017 - 13:46 • José Pedro Frazão
O jogo começou agora. É desta forma que o socialista Vera Jardim olha para a ruptura entre o candidato independente Rui Moreira e o PS no processo de candidatura à presidência da Câmara do Porto nas próximas eleições autárquicas.
"Vamos ver se este jogo vai ser conduzido até ao fim. Vamos ver como acaba, porque começou agora. E se será possível configurar tudo isto e num futuro próximo haver naturalmente um novo entendimento com o PS", comenta o antigo ministro socialista no programa Falar Claro da Renascença.
Vera Jardim acredita que Rui Moreira parte com vantagem por ser recandidato. A boa relação mútua e o trabalho construído na autarquia por Moreira e Manuel Pizarro, que se apresenta como candidato depois de o independente rejeitar o apoio do PS, vai acabar por dificultar a campanha de ambos, admite o comentador da Renascença.
“A reacção de Rui Moreira é manifestamente desproporcionada. Não estando nas relações internas da Câmara do Porto, acho que Rui Moreira procurava um pretexto para se ver livre dessa aliança com o PS que se foi construindo ao longo dos anos", observa o antigo ministro do PS, que esta semana debateu com o social-democrata José Matos Correia.
O dirigente do PSD diz que a candidatura autónoma de Manuel Pizarro é a resposta ao "enxovalho" a que foi sujeito por Rui Moreira.
"Aquilo que o PS optou por fazer inicialmente quando estava a ser enxovalhado foi minimizar as consequências desse enxovalho. Esta parece uma solução transitória, sempre à espera de ver se, passadas as eleições, sempre conseguem arranjar qualquer copista que permita o exercício conjunto do poder como aconteceu nos últimos quatro anos", afirma Matos Correia.
Para o vice-presidente da comissão política nacional do PSD, a resposta está em linha com a lógica de coligações que o PS mantém a nível nacional.