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Teresa Morais "chumbada" para Conselho de Fiscalização das secretas

07 jun, 2017 - 17:22

Vice-presidente do PSD não conseguiu a maioria de dois terços necessária para a eleição.

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A deputada e vice-presidente do PSD Teresa Morais falhou esta quarta-feira os dois terços necessários para ser eleita para o Conselho de Fiscalização dos Serviços de Informações da República Portuguesa (CFSIRP), conseguindo 112 votos em 212 votantes.

Segundo disse à agência Lusa o secretário da mesa, o social-democrata Duarte Pacheco, registaram-se 75 votos em branco e 25 nulos.

A deputada conseguiu mais votos do que a totalidade das bancadas do PSD (89) e CDS-PP (18), que somariam apenas 107 votos, se todos tiverem votado.

A eleição para o CFSIRP exige uma maioria de dois terços dos deputados presentes, desde que superior à maioria absoluta dos deputados em efectividade de funções. Neste caso, tendo votado 212 teriam sido necessários 142 votos para conseguir os dois terços.

O PS manifestou a sua oposição à escolha de Teresa Morais antes até da formalização da sua candidatura por parte do PSD, tendo a própria admitido, na terça-feira, que a sua eleição seria difícil.

Paulo Mota Pinto terminou o seu mandato à frente do CFSIRP em Março e, em Abril, uma fonte do PS admitiu à Lusa que os socialistas aceitavam a continuação do antigo vice-presidente do PSD no cargo.

Num clima de desentendimento entre os dois maiores partidos, em que também a escolha dos membros eleitos para a Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) está num impasse, o PSD propôs, em Maio, o nome da ex-ministra e deputada Teresa Morais.

Nos dias seguintes, o PS fez várias declarações em que recusou a escolha da Teresa Morais, por não ter um perfil adequado e fonte socialista afirmou que o partido não subscreveria a proposta do PSD.

No final da conferência de líderes realizada em 24 de maio, o líder da bancada do PSD, Luís Montenegro, apelou a todos os partidos para votarem em consciência e de acordo com o currículo de Teresa Morais e acusou o PS de ter "uma razão oculta e secreta" para não apoiar esta candidatura.

Em relação aos motivos em concreto que levam o PS a recusar o nome da vice-presidente do PSD Teresa Morais, em 18 de Maio o líder da bancada socialista, Carlos César, justificou: "Tem de haver um distanciamento em relação às direcções partidárias em cargos desta natureza que importa cultivar e era isso o que acontecia com Paulo Mota Pinto, que, não obstante ser do PSD, mantinha essa independência.”

Segundo a lei, o CFSIRP é um órgão de fiscalização dos serviços de informações portugueses, composto por "três cidadãos de reconhecida idoneidade e no pleno gozo dos seus direitos civis e políticos" que são eleitos pela Assembleia da República por voto secreto e maioria de dois terços dos deputados.

Comentários
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  • Os PSDs
    08 jun, 2017 Lis 15:10
    Eva sua tropa de choque são uns pandegos! Para a intriga e as suposições ninguém os bate! Foi assim que o farsola chegou ao poder em 2011 enganando as pessoas de boa fé e até as criancinhas!
  • João
    07 jun, 2017 Aveiro 20:00
    vai nomear o João Soares com experiencia com viagens secretas
  • maria
    07 jun, 2017 lisboa 19:18
    Teresa Morais é uma mulher inteligente , corajosa, teve e tem um papel relevante em defesa das mulheres e contra os maus tratos , talvez por isso os socialistas não votaram nela
  • João Rodrigues
    07 jun, 2017 Lisboa 19:01
    Alguém inteligente que me explique como é que a senhora poderia ser isenta e independente depois de fazer parte de um governo de revanchistas e de pessoas de mau caracter. Chumbada e muito bem, aplaudo ....
  • emaria
    07 jun, 2017 porto 18:52
    Que alívio! Irritante,provocadora . Por cima...um altifalante!Podia?
  • António Cunha
    07 jun, 2017 Setúbal 18:44
    Uma rufia destas que se quer fazer passar por estadista.
  • PAULO
    07 jun, 2017 PORTO 18:41
    A luta pelos "tachos" é TRAMADA !!! O PS pelos vistos quer lá meter um "amigo"
  • jose
    07 jun, 2017 lisboa 18:33
    Queria um tacho ,mas saiu-se mal, se um não tem competência, outra não tem perfil para tal encargo. Falam muito mas acertam pouco, que se deixe estar na assembleia, pelo menos faz presença.
  • António
    07 jun, 2017 Lisboa 18:16
    De facto, esta senhora, de quem até tinha tido uma boa impressão quando no anterior governo teve a seu cargo, salvo erro, a Secretaria de Estado da Igualdade (?), tem assumido assiduamente, na presente legislatura, uma forma de oposição bastante exaltada, quase parecendo que, como o Nikita Krutschev na Assembleia Geral da ONU, ainda tira o sapato e bate com ele no tampo da bancada. Uma surpresa de extremismo e uma prova indiscutível de passos coelhite aguda. Não parece ter o distanciamento que o cargo requer.
  • José M.
    07 jun, 2017 Tercena 18:13
    Vou só constatar uma situação 112 votos a favor 75 em branco e 25 nulos e aqui que eu me dá revolta 25 nulos se sabem os votos nulos não valem mesmo nada pergunto o que e que estes 25 deputados não dignificaram o voto porque são pessoas eleitas para representarem o povo mas para mim só mostraram mais uma vez que não sabem dignificarem a classe politica ja nao chega ao cidadão quando é pedido para ir votar e deparamos com inscrições nos boletins de voto que os levam a ser anulados porque as pessoas escrevem as coisas mais disparatadas nos boletins de votos levando a sua anulação , sera que estou enganado ? Estes 25 políticos que votaram desta maneira para mim valem zero

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