13 jun, 2017 - 20:19 • Paula Costa Dias
O Presidente da República não comenta a polémica da TAP, mas defende que, para o futuro, seria bom pensar na criação de um sistema semelhante à Comissão de Recrutamento e Selecção para a Administração Pública (CRESAP) para a aprovação de administradores em empresas participadas pelo Estado.
Falando aos jornalistas durante uma visita à Feira Nacional da Agricultura, em Santarém, Marcelo Rebelo de Sousa recusou comentar nomes por ser “uma escolha que é da competência do Governo” e “uma escolha de confiança política”.
Em causa está a nomeação de Diogo Lacerda Machado, amigo do primeiro-ministro António Costa, para a administração da TAP, que foi criticada pela oposição.
“O que eu penso ser mais interessante não é debater o nome a, b,c ou d, é pensar para o futuro num sistema, sobretudo nos executivos, e pensar com tempo, para não ser em cima de cada caso. Até que ponto é possível aplicar um sistema semelhante à Cresap que é, antes da nomeação, haver a audição de uma entidade que não dependa do Governo e que se pronuncie sobre os nomes”, sugeriu Marcelo Rebelo de Sousa.
Em resposta aos jornalistas, o Presidente admitiu que, desta forma, seriam evitadas polémicas. E, “nalguns casos”, acrescentou, “abria-se mesmo concurso público”.
Marcelo espera iniciativas legislativas sobre o sector energético
Quanto à questão das rendas excessivas na energia, o chefe de Estado lembrou que “esse problema, como outros no domínio da energia, estão em debate no Parlamento”.
“Estão anunciadas iniciativas legislativas, pelo que vou esperar pelas iniciativas legislativas que, se vierem a ser concluídas com a aprovação, irão parar às mãos do Presidente”, sublinhou.
Sobre o que viu durante esta visita à Feira Nacional da Agricultura, o Presidente da República disse querer “felicitar aqui todos aqueles que, por todo o país, trabalham na agricultura, trabalham na pecuária, e fizeram a viragem num sector que muita gente dizia estava morto, estava velho, já não tinha futuro”.
Para Marcelo Rebelo de Sousa, esta feira prova que “não está morto, não está velho e tem futuro.”
O Presidente apontou a “idade média das pessoas que estão nos vários stands” para dizer que ali está a “juventude.” Este ano, “encontro stands diferentes dos stands do ano passado, novas iniciativas, o que é muito reconfortante,” confessou.