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"Não se autorizarão novas plantações de eucalipto em Portugal”. Palavra de ministro

30 jun, 2017 - 11:50

A ideia não é "pôr em causa a importância” que o eucalipto tem, mas “discipliná-lo", explicou Capoulas Santos no Parlamento.

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O ministro da Agricultura, Capoulas Santos, garante que "não se autorizarão novas plantações de eucalipto em Portugal". A “única excepção” é a “transposição de áreas que estão ecologicamente mal localizadas e que não são economicamente rentáveis".

Na abertura da interpelação do Partido Ecológico Os Verdes (PEV) ao Governo, que decorre esta sexta-feira no Parlamento sobre "Floresta e desertificação do mundo rural", Capoulas Santos explicou que o Governo não pretende "pôr em causa a importância que o eucalipto tem – pelo emprego que representa, pelas exportações que representam" – mas sim "discipliná-lo" porque "é possível, com menos área, ter mais matéria para a indústria".

"Entendemos que o que está plasmado no programa do Governo, na sequência da negociação que fizemos então com Os Verdes, no sentido de travar a expansão do eucalipto é possível e necessário e a legislação vai nesse sentido: não se autorizarão novas plantações de eucalipto em Portugal, a não ser com a única excepção de transposição de áreas que estão ecologicamente mal localizadas e que não são economicamente rentáveis, para áreas ordenadas, ecologicamente adequadas e naturalmente mais produtivas", disse.

A polémica à volta da plantação de eucaliptos ressurgiu depois da tragédia em Pedrógão Grande e noutros concelhos do Centro do país. Os incêndios consumiram mais de 53 mil hectares de floresta – uma área correspondente a praticamente um terço da área ardida em Portugal no ano de 2016, segundo o Relatório Anual de Segurança Interna.

Na sequência disso surgiu também uma petição pública sobre a plantação de eucaliptos em Portugal, entregue na terça-feira à Assembleia da República com quase 20 mil assinaturas.

Nos incêndios no Centro do país morreram 64 pessoas, 47 das quais na Estrada Nacional 236.1, entre Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos, a tentar fugir das chamas.

Comentários
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  • L
    01 jul, 2017 Abrantes 08:06
    Se dissesse que ia mandar arrancar muitos eucaliptais era de apoiar, agora plantar, só se for em cima da A. Da Republica. Portugal é só eucaliptos.
  • Mario
    01 jul, 2017 Portugal 00:26
    Nem 8 nem 80 podem plantar pinhal mas limpem e tenham acessos facilitados para entrada de bombeiros em caso de fogo. A questão esta na manutenção e nao na abolição mas como nao teem imaginação optam por medidas burras e medíocres.
  • COSTA PANTOMINEIRO
    30 jun, 2017 LX 14:05
    ´Só folclore para distrair o pagode? E as responsabilidades políticas destes Ministros da treta que temos da Administração Interna e da Defesa, da 1ª reina a confusão total nas instituições do Estado que nos deviam proteger e não nos protegem e no Ministro da Defesa porque deixa que aconteça o roubo de material de guerra...Um país andedótico com ministros anedóticos.... O roubo pode ser que sirva para fazer uma revolução à séria sem flores...
  • Adelino Cadete
    30 jun, 2017 Condeixa-a-Nova 12:50
    E se o Sr. Ministro, em vez de ceder às pressões do BE e dos chamados "Verdes", optasse por exigir aos produtores florestais aquilo que as celuloses já fazem nas suas florestas? Podíamos perder em verborreia e demagogia, mas o país ganhava imenso. É que as celuloses limpam as matas (a verdadeira causa dos incêndios), tem corpo de bombeiros próprio e outros meios de prevenção, que não vimos o Estado nem os particulares fazerem. E depois, uns choram por ter ardido a floresta, outros vendem promessas de amanhãs que cantam.

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