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Passos critica Governo por fuga de informação sobre Tancos

02 jul, 2017 - 21:01

Líder social-democrata considera que esta situação "obriga" o Governo a definir-se e a assumir responsabilidades. "É uma matéria de extrema gravidade".

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O presidente do PSD criticou o silêncio do Governo quanto ao furto nos paióis de Tancos, mostrando-se "atónito" com a divulgação da lista de material de guerra no jornal "El Español".

"Estou atónito ao ver a indicação de que tinha sido um jornal espanhol a publicar a lista completa do material que foi furtado em paióis portugueses", disse, considerando que é, "pelo menos, desrespeitoso para o país que as nossas autoridades não saibam explicar o que se passou e exista um jornal espanhol a publicar" essa informação.

Esta situação "não pode ficar no silêncio. Esta é uma matéria de extrema gravidade", afirmou Pedro Passos Coelho em Proença-a-Nova, no distrito de Castelo Branco.

O presidente do PSD, que falava durante a apresentação da candidata independente pelo PSD, Helena Mendonça, às eleições autárquicas de Outubro, recordou as suas declarações proferidas no sábado, em que disse estranhar que, ao nível da hierarquia militar, ninguém tenha colocado o lugar à disposição ou que alguém tenha sido exonerado.

"Os militares são muito prontos a assumir responsabilidades. Quando se trata de colocar o lugar à disposição, isso nunca se faz para reconhecer uma fraqueza. Faz-se sempre para recolher a autoridade que é necessária para fazer o que falta para a frente. Não é um sinal de fraqueza, pelo contrário", explicou.

Quando alguém na hierarquia militar coloca o lugar à disposição, "está a interpelar o poder político, se tem dele a confiança ou não, para fazer o que precisa, não é um sinal de fraqueza", acrescentou.

O líder social-democrata explicou que esta situação "obriga" o Governo a definir-se e a assumir responsabilidades e, neste caso, fez também uma referência ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa: "Não só o Governo, mas também o Presidente da República, porque o Presidente da República é, nos termos da Constituição, o comandante em chefe das Forças Armadas".

Passos Coelho disse ainda que este é o tempo em que os políticos procuram descartar e relativizar os problemas.

Por isso, "é natural que os partidos queiram pedir responsabilidades a quem governa". É "isso que procuramos fazer com as nossas intervenções: exige-se de um partido da oposição que alerte para os problemas e chame à responsabilidade quem está no Governo", explicou.

O presidente dos sociais-democratas considerou que hoje não existe um Governo que politicamente apareça a coordenar as operações: "Falar não é comandar".

Numa alusão ao incêndio de Pedrógão Grande, que causou 64 mortos, Passos Coelho falou no medo que se apoderou das pessoas, numa altura em que se entrou na fase mais arriscada (fase Charlie) e disse que as pessoas ainda não perceberam que medidas o Governo está a tomar para evitar que a situação se repita.

E, sobre este tema, adiantou que o PSD não irá prescindir, a seu tempo, que estas matérias sejam escrutinadas tecnicamente e de saber se o que aconteceu em Pedrógão Grande, era ou não evitável: "Isso não pode acontecer".

"Empurra-se de um lado para o outro a responsabilidade e ninguém quer apresentar uma resposta unificada. Não sabemos o que o Governo está a fazer. O primeiro-ministro fez um despacho a fazer perguntas, a ministra [da Administração Interna] manda fazer estudos de avaliação sobre o SIRESP (Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal)", frisou.

Por isso, o líder do PSD entende que os desenvolvimentos a que se assistiu no país nas últimas semanas mostram que perante "dificuldades mais sérias", o "país descobriu que tinha um Governo que não estava preparado para elas".

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  • 04 jul, 2017 21:54
    Este caramelo não teve tomates para demitir o irrevogável e vem agora mandar postas de pescada!...
  • fanã
    03 jul, 2017 aveiro 17:25
    Muitos casos estão a acontecer em período pré eleitoral........será um acaso ????
  • Mas afinal
    03 jul, 2017 Ma 14:20
    O que é que lidera este figurão oportunista? Um bando de figurões iguais a ele e que transformaram um partido numa associação de amigalhaços à procura de tachos!
  • José
    03 jul, 2017 Porto 13:31
    PORQUE SERÁ QUE A MAIORIA DOS BONECOS "ANIMADOS" POLÍTICOS, QUANDO ESTÃO NA OPOSIÇÃO, SE ESQUECEM MUITO RAPIDAMENTE DAS BARBARIDADES QUE PRATICARAM QUANDO FORAM GOVERNO..?? ESTE CASO É PROVAVELMENTE O MAIOR CASO QUE DEVERIA SER ESTUDADO DO PONTO VISTA PATOLÓGICO..
  • Manuel Figueiredo
    03 jul, 2017 Póvoa de Varzim 12:23
    Este indivíduo é o mesmo que já foi primeiro-ministro (de má memória)? Tem estado um calor do caraças...que não é bom para a moleirinha. E que tal um pouco de juízo e vergonha?
  • pedro
    03 jul, 2017 lagos 10:07
    Andaste quatro anos a cortar feito menino bonito da troica. Agora queres milagres? Toma vergonha Coelho.
  • Este farsola
    03 jul, 2017 Lx 09:24
    É um perigo eminente!...Durante 4 anos destruiu o país e os serviços publicos, porque dizia o esperto que era preciso empobrecer custasse o que custasse e agora estamos a sofrer as consequências e faz-se de vitima com aquele ar teatral que o caracteriza!
  • Horacio
    03 jul, 2017 Lisboa 01:28
    O problema e sempre o mesmo .seja nos incendios ou roubos ou na economia. So sabem reagir aos desastres nunca estam preparados .nao ha visao nem planeamento para nada. Deixam tudo andar a balda ate estourar. Depois apontam o dedo ums aos outros.e ninguem e responsibilizado .acordem e aprendam a votar em gente seria. Ou ainda morrem todos.
  • Cidadao
    03 jul, 2017 Lisboa 00:34
    Se calhar os sucessivos cortes cegos do governo Pafiano, têm algo a ver com o assunto, não é, Passinhos de Massamá? Sucessivos desinvestimentos nas Forças Armadas, e colocar a ênfase no combate a incêndios em vez de na prevenção de incêndios só porque se celebraram contratos com privados para meios aéreo de combate aos fogos - depois de afastar a Força Aérea e apesar de os privados custarem um balúrdio e estarem sistematicamente inoperacionais - tem destas coisas. Você não tem uma legião de assessores que o lembrem do que fêz e o aconselhem a evitar certos temas, ou gastou tudo na legião de bloggers que no seu tempo inundavam as redes sociais a cantar aleluias a si e ao seu governo?
  • joão
    02 jul, 2017 Queijas 22:50
    Como a fuga foi em Espanha se calhar foi o teu amigo Sebastião Pereira. Desampara a loja homem!!!

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