Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Incêndio de Pedrogão Grande

Pedro Nuno Santos. Governo não espera por resultados da comissão independente para tirar consequências

06 jul, 2017 - 00:21 • Graça Franco (Renascença) e David Dinis (Público)

Comissão ainda não iniciou funções e vai ter prazo de três meses. Pedro Nuno Santos diz que Executivo apenas espera pelas repostas e estudos que pediu.

A+ / A-
Pedro Nuno Santos. "As demissões têm muitas vezes consequências perversas"
Pedro Nuno Santos. "As demissões têm muitas vezes consequências perversas"

Veja também:


O Governo “não vai estar à espera” das conclusões da comissão técnica independente que irá analisar o incêndio que começou a 17 de Junho no concelho de Pedrógão Grande e na sequência do qual morreram 64 pessoas. Segundo o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Pedro Nuno Santos, em declarações à margem da entrevista que deu ao programa Hora da Verdade, da Renascença e do diário Público, o Executivo não vai esperar por essas conclusões para tirar consequências do que aconteceu.

Pedro Nuno Santos diz que o Governo espera apenas “um conjunto de respostas” às várias perguntas e inquirições que enviou a várias organismos e entidades. Para além das respostas que já foram sendo enviadas aos pedidos de esclarecimento feitos pelo primeiro-ministro à Protecção Civil, à GNR, ao Instinto do Mar e da Atmosfera e aos responsáveis pelas comunicações de emergência, há ainda um estudo científico sobre o “comportamento do incêndio” que foi encomendado pela ministra da Administração Interna a Xavier Viegas, professor da Universidade de Coimbra e coordenador do Centro de Estudos sobre Incêndios Florestais.

Já a comissão independente, aprovada no Parlamento por proposta do PSD, ainda não começou a funcionar, nem tem a composição completa. Deve ter 12 membros com competências técnicas e científicas: metade deles escolhidos pelo Conselho de Reitores e metade indicados pelo presidente da Assembleia da República.

O PSD fez a proposta de criação desta comissão logo dois dias depois de terem ocorrido as mortes e o Governo acabou por dar apoio público à ideia, através do próprio primeiro-ministro. Os sociais-democratas queriam que a comissão tivesse um mandato de um mês, prorrogável por mais 30 dias. Mas nas negociações parlamentares, o PS insistiu em mais um mês, pelo que o prazo acabou por ficar num total possível de 90 dias.

Agora, o Governo, através do secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, diz que não irá esperar pelas conclusões dessa comissão para tirar as suas próprias conclusões e eventuais consequências. Pedro Nuno Santos recusa, contudo, que essas consequências impliquem necessariamente demissões.

“O objectivo de uma investigação não é fazer rolar cabeças. Esse é outro problema: nós andamos à procura de saber se o ministro A, B ou C …. Um inquérito ou uma investigação deve servir, num país avançado ou numa democracia madura, para aprendermos e corrigirmos. Obviamente, que no decurso dessa investigação ou desse inquérito vamos ficar a saber o que aconteceu, o que falhou, o porquê, por causa de quem. E aí está sempre tudo em aberto”, diz Pedro Nuno Santos na entrevista Renascença/ Público, em que chega mesmo a dizer que, em casos como o Pedrogão ou do furto das armas em Tancos, as demissões podem ter “consequências perversas”.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • João Lopes
    06 jul, 2017 Viseu 17:06
    O governo deve demitir-se em bloco! São incompetentes! Novas eleições!
  • joao
    06 jul, 2017 aveiro 17:05
    porque acham-se os mais conhecedores de todas as matérias e por isso têm raiva as comissões de pessoa hibilitadas para dar sugestões.....se der asneira a culpa é do outro ....mandaram este guarda costas falar para não perderem mais um ministro
  • j.costa
    06 jul, 2017 vconde 16:14
    portugal tem um governo,que nao foi eleito porque perdeu as eleiçoes...---estamos condenados novamente pela incompetencia e os resultados estao a vista...--conseguiram o defice a custa das cativaçoes...agora morre 64 e 250 feridas, nos fogos coisa nunca vista...---o assalto,o GRANDE ROUBO EM TANCOS PREOCUPA OS PORTUGUESES,A EUROPA E O MUNDO..--...ESTA EM RISCO A SEGURANÇA DE TODOS ...---E AQUELE QUE SE DIZ PRIMEIRO MINISTRO ESTA EM FERIAS....-NADA PREOCUPADO, CASO CONTRARIO DEIXAVA AS FERIAS..-OS MINISTROS RESPETIVOS IRRESPONSAVEIS CONTINUAM ...---UMA VERGONHA NACIONAL
  • Rosinda
    06 jul, 2017 13:38
    Senhor paulino a sua patroa e o david dinis cada vez estao mais parvos! Entao este marmelo disse que o governo de passos coelho tinha cortado no pessoal e a geringonca fez o contrario entao mais uma razao para estar tudo a correr bem ou sera que quanto mais sao mais empatam! A sua patroa e o david dinis estao ficar xones nao conseguem confontar um secretario de estado!
  • rosinda
    06 jul, 2017 palmela 11:23
    Cada um morre e um cliente que a comunicacao social perde! E menos um voto que entra nas urnas!
  • rosinda
    06 jul, 2017 palmela 11:16
    Ja so pedimos um governo que nao estrague mais! Jose manuel fernandes! P.s convem arranjar as estradas para ver se nao morre mais gente!

Destaques V+