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Marcelo admite que pode ter ido "até ao limite" dos seus poderes no tema Tancos

07 jul, 2017 - 17:40

Presidente da República diz que teve posição pública sem precedente face ao furto de material de guerra em Tancos.

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O Presidente da República admite que teve uma tomada de posição pública sem precedente face ao furto de material de guerra em Tancos, admitindo que se faça a interpretação de que foi "até ao limite" dos seus poderes.

Em declarações aos jornalistas, no final de uma conferência no Palácio da Cidadela de Cascais, Marcelo Rebelo de Sousa não quis fazer comentários sobre o desenvolvimento deste caso, mas não excluiu, no entanto, voltar falar ou a intervir: "Naturalmente, quando entender que devo intervir ou falar novamente, fá-lo-ei".

Questionado sobre as declarações do Chefe do Estado-Maior do Exército, general Rovisco Duarte, na audição parlamentar à porta fechada de quinta-feira, respondeu: "Eu, como Presidente da República e como Comandante Supremo das Forças Armadas, disse há uma semana já exactamente o que pensava".

"E fiz, a seguir, ao longo da semana, o que entendi que devia fazer. Porventura, sendo interpretado como indo até ao limite dos meus poderes, uma vez que não há precedente de tomadas públicas de posição do Presidente da República e do Comandante Supremo das Forças Armadas sobre este tipo de matérias, no momento em que ocorrem e na fase que ainda decorre", prosseguiu.

"Mas entendi que devia fazê-lo. Está feito. E, naturalmente, quando entender que devo intervir ou falar novamente, fá-lo-ei", acrescentou.

Interrogado se não deviam já estar apuradas responsabilidades sobre o furto de material de guerra em Tancos e sobre os incêndios na região centro do país que provocaram 64 mortes e mais de 200 feridos, Marcelo Rebelo de Sousa não respondeu directamente à questão.

O chefe de Estado voltou a referir que irá mais uma vez a Pedrógão Grande, no sábado, "dentro da preocupação que é de apoiar a prioridade da reconstrução".

"É fundamental que as populações, para além da reconstrução de vias e de infra-estruturas públicas, nomeadamente comunicações, comecem a ver no mais curto lapso possível a reconstrução das casas, a começar nas primeiras casas. Esse é um grande desafio. Depois há outros: as outras casas, outras estruturas, as empresas", defendeu.

A este propósito, o Presidente da República salientou que promulgou, "em horas, um diploma do Governo acabado de aprovar criando o fundo essencial para a reconstrução", e também o diploma da Assembleia da República para a constituição de uma comissão técnica independente, logo que lhe "chegou às mãos".

"Como vêem, estou muito atento a essas problemáticas", afirmou.

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  • JULIO
    08 jul, 2017 vila verde 14:54
    Se para a proxima semana acontecer cuaquer coisa igual cata vento vai dizer a mesma coisa està tudo bem , tristeza de politicos
  • COSTA NO SPA
    07 jul, 2017 Lx 19:00
    Mais um a chutar para canto POIS A COISA FEDE...um país à deriva com esta gente menor que nos desgoverna...Vamos ver que quem vai pagar na questão de Tancos é o pobre do praça que estava a fazer a ronda e deu nota do furto...

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