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​PCP admite condenar Coreia do Norte desde que provocações dos EUA sejam reconhecidas

14 jul, 2017 - 19:08

Jerónimo de Sousa defende a necessidade de estabilidade na Venezuela, até para bem da comunidade portuguesa, reiterando solidariedade com a Revolução Bolivariana.

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O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, admite o voto favorável à condenação das acções bélicas da Coreia do Norte, desde que sejam reconhecidas provocações dos Estados Unidos na região.

Em entrevista à agência Lusa, que será divulgada no domingo, Jerónimo de Sousa defendeu ainda a necessidade de estabilidade na Venezuela, até para bem da comunidade portuguesa, reiterando solidariedade com a Revolução Bolivariana, embora recordando que o partido maioritário daquele Governo é filiado na Internacional Socialista.

"Desde que seja um voto que não isole essa questão, mas o faça num enquadramento fronteiriço, que responsabilize essa força agressiva, permanente, que se deslocou milhares de quilómetros para ali estar, em cima de uma fronteira, para ameaçar com todo o poderio militar...", assentiu, confrontado sobre a possibilidade de um texto crítico da ação da Coreia do Norte vir a ser apreciado no parlamento português.

O líder comunista declarou que "a solução tem de ser política", num "processo de reunificação da Coreia, sem recurso à violência militar, sem intervenção estrangeira", naquela que seria "a solução ideal naquela zona do planeta", referindo-se à República Popular Democrática da Coreia, resultante da divisão da península entre a União Soviética e os Estados Unidos da América no pós-II Grande Guerra Mundial, regime agora liderado por Kim-Jong Un.

"Não estamos a falar de um míssil que a Coreia do Norte lançou, estamos a falar de um país, dos Estados Unidos, que tem capacidade para destruir seis vezes o nosso planeta - essa preocupação eu nunca ouço. Estamos a falar da necessidade da paz, de encontrar soluções políticas. Se esse voto corresponder a este quadro, não teremos dificuldade em tomar essa posição", reconheceu.

Na parte oposta do mapa-mundo, dada a recente polémica na Assembleia da República entre o líder parlamentar do PCP, João Oliveira, e o vice-presidente da bancada democrata-cristã Telmo Correia, sobre um texto relativo à Venezuela, Jerónimo de Sousa afirmou que "não há, no plano ideológico, uma identificação comum - o que não invalida o direito que o povo venezuelano tem de traçar o seu futuro", referindo-se ao Partido Socialista Unido da Venezuela do actual presidente, Nicolas Maduro.

"O partido que determina a governação está filiado na Internacional Socialista", justificou, reforçando a solidariedade para com o "projeto de emancipação" e de "afirmação da independência, progresso económico e social", numa Venezuela que se "libertou de ser ali uma parte do quintal do imperialismo norte-americano".

Segundo o secretário-geral do PCP, há "uma direita mais radicalizada, que se identifica com esse grande objectivo do imperialismo, o qual não perdoa que os povos da América Latina se libertem do seu jugo... e reage ideologicamente para que a situação se encazine".

"A defesa dos interesses da comunidade portuguesa passa necessariamente por uma situação de estabilidade. Os nossos concidadãos só têm a ganhar com a evolução positiva da situação. Olhando para aquilo que está a acontecer... sem ilibar coisa nenhuma, mas calar todo o processo que envolve boicote de produtos alimentares, ataque ao Supremo Tribunal, violência num hospital ou numa creche... a própria ideologia e comunicação social dominantes transformam a vítima em responsável... Deixem o povo venezuelano decidir o seu próprio futuro", defendeu.

O falecido Hugo Chavez, chegado ao poder em 1999, viu a nova constituição venezuelana aprovada. Maduro sucedeu-lhe em 2013, mas a situação económica e social tem vindo a agravar-se em todo o país, sobretudo em tempos recentes, com crescente contestação por parte da oposição e confrontos violentos nas ruas de Caracas e outras cidades.

Comentários
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  • Tugatento
    09 ago, 2017 Amarante 10:32
    O PCP, tem desiludido profundamente, quando defende este regime da Coreia e o de Maduro.
  • Chupamixto
    09 ago, 2017 Cabul 09:38
    What a fuck? Jerónimo, eras tao bom rapazinho, como tr puseste....
  • Jose
    09 ago, 2017 Lisboa 09:34
    Os comunistas portugueses são um vergonha a mim nunca mde enganaram.Estes comunistas defendem um ditador de nome Maduro que mata o Povo da Venezuela e defende um regime dum comunista lunatico da Coreia do Norte.O PCP deve reciclar aquela tralha de velhos do passado .nojo.
  • antónio figueiredo
    09 ago, 2017 Lisboa 06:00
    É admirável a lata com que Jerónimo de Sousa chama " democrática " a república do Sr. Maduro ! ! !
  • Horacio
    09 ago, 2017 Lisboa 04:18
    Os interesses da comunidade portuguesa e não só .são melhor servidas por a saída do desastroso governo de Maduro . O governo de Chavez e Maduro foram um desastre o melhor era chamarem eleições livre e abertas imediatamente .ao invés de tentarem reprimir a voz do seu povo.se o povo quiser pode votar neles de novo.mas as manobras recentes provam que o partido de Maduro sabe que vão ser rejeitados por o eleitorado. O desastre venezuelano é mais uma mancha no resume da esquerda . É mais um exemplo de um povo que escolheu líderes ignorantes e despreparados e pagou um preço alto por isso.
  • Francisco António
    14 jul, 2017 Lisboa 19:39
    Oh Jerónimo Jerónimo ! Deixa lá o pequeno líder norte coreano andar entretido com os desfiles, paradas e lançamento de foguetes. Exceptuando este passatempo o que é que o senhor mais poderá fazer ? Apanhar gambuzinos ?

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