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Marcelo gostaria de evitar dissolver o parlamento durante o seu mandato

29 jul, 2017 - 10:12

Em entrevista ao Diário de Notícias, o Presidente diz que a posição de Portugal em relação à Venezuela não é igual à dos parceiros da UE e adianta que se sentir o dever de se recandidatar, fá-lo-á.

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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, gostaria de se distinguir dos seus antecessores eleitos em democracia por não ter usado a “bomba atómica” (dissolução do parlamento), segundo uma entrevista ao “Diário de Notícias”.

Em excertos já divulgados à Lusa da entrevista, que vai ser publicada na edição dominical do título, Marcelo afirmou: “Se me pergunta se eu gostava de evitar a ‘bomba atómica’, porque o país estava em condições tais que ela era evitável, gostava”.

Mas a dissolução será inevitável se se verificarem algumas condições, avançou o Presidente, recordando as condições que enunciou enquanto candidato.

"O primeiro requisito é que haja uma crise institucional particularmente grave. O segundo é que não seja possível encontrar um Governo no quadro da mesma composição parlamentar. E o terceiro é que seja plausível, com os dados disponíveis naquele momento, que o resultado da eleição conduza ao desbloqueamento da situação que gerou a dissolução", disse.

Marcelo falou também da situação da Venezuela e dos seus reflexos na comunidade portuguesa, avisando desde logo que "tudo aquilo que se disser é de uma grande responsabilidade, porque esses compatriotas olham para aquilo que é dito ao pormenor".

Assim, recusou responder directamente à pergunta sobre se é possível que Portugal venha a votar contra as sanções se elas vierem a ser discutidas na União Europeia (UE).

Recordou, contudo, que "Portugal está solidário com a UE e a UE, naturalmente, quando tiver de apreciar esta questão, apreciará através do debate entre todos os seus Estados-membros, sabendo-se que Portugal está numa situação muito específica".

Marcelo quis deixar bem clara a diferença entre Portugal e os seus parceiros europeus, porque "uma coisa é estar a tratar-se de problemas que são importantes para o relacionamento entre a UE e outro qualquer país sem ter lá tantos nacionais, outra coisa é tendo lá tantos nacionais".

A prudência na abordagem da situação no país sul-americano foi reforçada com a consideração que se está "a falar de pessoas de carne e osso, com as suas vidas, de várias gerações, e a grande maioria com a intenção de viver na Venezuela".

Marcelo pronunciou-se também sobre a aquisição da Media Capital pela Altice, considerando que esta compra "não é nada melindrosa". Tal entendimento decorre de haver "regras e reguladores", pelo que "do que se trata é os reguladores verificarem se esses princípios e essas regras são ou não são respeitados".

E a propósito deste regulador – a Entidade Reguladora da Comunicação Social (ERC) –

, Marcelo afirmou que era "obviamente importante que tivesse havido acordo entre os partidos há muito tempo" para nomear um novo conselho para a ERC.

Ao analisar a crise que afecta a comunicação social, Marcelo Rebelo de Sousa chamou a atenção para o facto de ser "evidente que não há democracia se não houver comunicação social livre e forte".

Avisou, por outro lado, que "não se pode transformar a comunicação social em bode expiatório ou em razão justificativa daquilo que correr melhor e, sobretudo, pior, na actividade de quem exerce funções políticas em democracia".

Marcelo abordou ainda a possibilidade de se recandidatar, declarando que se sentir que tem "um dever ético, um dever cívico, o dever estrito" de se candidatar, candidata-se.

Mas, adiantou, só daqui a três anos é que olhará "para a realidade" e fará a pergunta a si próprio.

Comentários
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  • Carla Assis
    29 jul, 2017 Odivelas 23:13
    Óh velhinho quem chamou fascista ao padrinho foi ele mesmo há dias nas televisões sobre os incêndios.Por isso se ele diz quem sou eu para duvidar Tenho a minha opinião mas não quero desdizer o afilhado.De facto tem razão muitas reformas foram feitas pelo padrinho dele.Aliás as mais importantes foram desse tempo.Agora nesta república é só treta.Já agora a popularidade que tem hoje Marcelo,se tivesse sido eleito o Tino e viesse tirar fotos com o povo tinha a mesma popularidade.O povo o que costa é disto.
  • Velhinho
    29 jul, 2017 quinta de foja 18:47
    Já tinha dito que não se recandidatava ! Eu disse por aqui que não passava de uma mentira. Agora já pensa em recandidatar-se ! Também disse por aqui que todo este folclore em passeatas, etc., é para se tornar muito querido da populaça idiota, pois foi assim que ele colheu os frutos de ser comentador durante tantos anos nas TVs. Se for reeleito, então é que todos vamos ver quem ele é ? , porque agora é só paninhos quentes ! MAS TAMBÉM DIGO: Dos candidatos que foram concorrentes com ele, havia lá algum melhor ? Quanto a mim não! Portanto, que continue a reinar o nosso MARCELO, que até nele votei e meu caro aí em baixo, O PADRINHO DELE, MERECE RESPEITO, estava a democratizar lentamente esta REPÚBLICA e olhe, foi ele que criou a pensão de reforma para todos aqueles que nada tinham e muito mais e no tempo dele, não havia assim quadrilhas de ladrões como há agora.
  • fanã
    29 jul, 2017 aveiro 16:30
    A declaração pode ser sensata no que diz respeito a dissolução da A.R, a dita "bomba atómica". Mas mais me preocupa, o facto de abordar um tema destes numa altura de tanta animosidade politica. Nunca pensei que este Presidente dos "afectos" falta-se de tanta contenção no que divulgou. Sobretudo com eleições a vista, que iram anunciar ou não o descontentamento dos Eleitores relativamente a este Governo. Sr. Presidente , bastava esperar, e não soprar na fogueira !
  • Carla Assis
    29 jul, 2017 Odivelas 15:26
    Este Presidente é um personagem um pouco esquesito.Viveu e comeu sempre com os ditos"fascistas" pai era,padrinho era e ele saiu um democrata puro.E dá -se ao luxo de Inventivar sobre os mesmos que lhe deram os sopros da política.Que o lançaram na fama.E depois atira-se pedras.Cuidado com ele.Ele não reconhece ,parece,o bem do mal.Cuide-se quem o acompanha e pensa que está seguro.Ele quando já colheu os frutos,arranca ou corta a árvore.Em terminologia popular dizem"é cão que não conhece o dono". Era um bom comentador e um ótimo professor e advogado.Agora Presidente de uma República, acho que não.Ou então de uma República dita das bananas.Aliás é o que está acontecer há já algum tempo neste País.Assusta-me personagens assim! Espero que tudo dê certo.Mas eu duvido.
  • Alberto de Lima Tele
    29 jul, 2017 S. Pedro do Sul 12:37
    Ó Sr. Presidente mande averiguar o que se está a passar no Hospital S Teotónio, não tem pessoal, cirurgias a demorarem 1 ano. Isto é uma vergonha para um país como Portugal, aliàs um terceiro mundo autentico

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