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​Sérgio Azevedo esclarece que viajou a convite da Huawei, mas não enquanto deputado

30 jul, 2017 - 23:20

Sérgio Azevedo adianta que a participação nesta viagem não se realizou sob as funções que desempenha como deputado à Assembleia da República Portuguesa, "não tendo, por isso, sido efectuada sob o pretexto de missão oficial ou missão parlamentar".

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O deputado do PSD Sérgio Azevedo esclareceu este domingo que viajou a convite da empresa Huawei e não do presidente da Junta de Freguesia da Estrela, assegurando licitude na viagem, que não se realizou em missão parlamentar.

Numa nota enviada à agência Lusa, Sérgio Azevedo refere que "após ter prestado esclarecimentos ao presidente do PSD, Pedro Passos Coelho", cumpre-lhe "esclarecer publicamente o âmbito da minha participação numa viagem às instalações da Huawei, em Shenzen na República Popular da China, ocorrida em Fevereiro de 2015", noticiada pelo jornal Observador.

"Participei na viagem a convite da entidade e não, ao contrário do que tem sido veiculado pela imprensa, a convite do Sr. Luís Newton, Presidente da Junta de Freguesia da Estrela", explica o deputado.

Sérgio Azevedo adianta que a participação nesta viagem não se realizou sob as funções que desempenha como deputado à Assembleia da República Portuguesa, "não tendo, por isso, sido efectuada sob o pretexto de missão oficial ou missão parlamentar".

"Mantenho a convicção de que quer no plano ético, quer no plano da licitude agi em conformidade. Como aliás sempre o fiz no parlamento ou na minha vida profissional anterior. Caso contrário não teria tornado pública a minha visita logo no momento da sua realização", refere ainda.

O social-democrata fez ainda questão de vincar que exerce a função de deputado "em regime de exclusividade", o que significa que não tem "nenhuma outra remuneração", com a excepção de aulas que lecciona em Direito na Universidade Autónoma de Lisboa e das senhas de presença pela participação nas reuniões da Assembleia Municipal de Lisboa.

"Não tenho, nem nunca tive nenhuma relação comercial ou profissional com a entidade que me convidou a participar na referida visita, nem tão pouco com outra qualquer entidade, pelo que se exclui em definitivo algum eventual interesse económico particular que desta visita pudesse subsumir-se", destaca ainda.

Lamentando "o alarido público e a dimensão que esta deslocação esteja a causar", Sérgio Azevedo foi peremptório: "sei que parte de uma denúncia feita cujos objectivos se prendem infelizmente com motivos políticos, com a aproximação das eleições autárquicas, com as escolhas do PSD para essas eleições e, evidentemente, com o denegrir da minha imagem pública assim como a dos restantes intervenientes".

O social-democrata deixa bem claro que se "tivesse tido consciência de que a interpretação que é dada a este evento fosse compaginável em absoluto com uma ilicitude", como é evidente "jamais teria aceitado o convite" endereçado.

Sérgio Azevedo refere ainda que, durante a viagem, assistiu "a um conjunto de palestras e ensaios laboratoriais de investigação e desenvolvimento em áreas tão diversas como a gestão inteligente de cidades, a segurança e a videovigilância áreas", áreas relacionadas com a sua actividade académica.

No sábado, Pedro Passos Coelho afirmou que já pediu ao deputado social-democrata Sérgio Azevedo para esclarecer o caso da viagem que fez à China paga pela empresa de telecomunicações chinesa Huawei.

No entanto, Passos Coelho adiantou que, na sua opinião, não estará em causa "nada que do ponto de vista ético envolva responsabilidade do deputado relativamente à empresa em causa".

"Não creio que se trate de nada que, do ponto de vista ético, envolva responsabilidade do deputado relativamente à empresa em causa, mas acho que essas matérias devem ser vistas por quem compete analisar se houve ou não alguma coisa que não seja mais correta ou que configure alguma irregularidade", afirmou então.

Comentários
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  • mas isto!
    01 ago, 2017 pt 12:59
    É esclarecimento aceitável ou é justificação para papalvos?
  • José
    31 jul, 2017 Lamego 16:01
    Viajou como o quê então? Pai Natal ou Coelho da Páscoa?
  • Augusto
    31 jul, 2017 Lisboa 15:50
    Se não pediu suspensão de mandato, foi como deputado. Aliás porque carga de água alguém andaria a oferecer viagens de borla á China , sem pedir nada em troca.....
  • VICTOR MARQUES
    31 jul, 2017 Matosinhos 11:32
    Há tipos com muita sorte, mas também os há com muito azar! A estes, nem na Farinha Amparo lhes saíram uma chupeta...
  • BARSANULFO
    31 jul, 2017 alcains 10:54
    Nem vou perder mais tempo com esta latrinária explicação, e resumo o nojo que me causa a coisa numa só palavra : ABJECTO!
  • A. Pedroso
    31 jul, 2017 Barcarena 09:55
    Qual a razão de o terem convidado a ele e não a mim ? Se calhar para passar na frente mas filas e estacionar onde quer é outras mordomias é deputado 24 por dia ! Já agora... Estava de folga ou com licença sem vencimento ?
  • Adelino Cadete
    31 jul, 2017 Condeixa-a-Nova 09:21
    Isto é muito injusto. Tenho cá em casa 3 Huawei e não fui convidado para ao Euro 2016. Será por que não sou deputado?
  • Luis
    31 jul, 2017 Lisboa 05:37
    Estes "pulhiticos" de trampa continuam todos a pensar que somos todos otários. Mais uma explicação Tecnoformatada.
  • 31 jul, 2017 01:15
    Mas que grande lata. Este agora está armado em virgem. Eu em tempos viagei a Angola, mas na qualidade do filho do meu pai.

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