30 ago, 2017 - 00:03 • Paulo Ribeiro Pinto
O comissário europeu para a Investigação, Ciência e Inovação, Carlos Moedas, garante que o PSD é e sempre foi um partido de tolerância.
O antigo secretário de Estado adjunto de Pedro Passos Coelho esteve esta terça-feira à noite na universidade de Verão do PSD, em Castelo de Vide. No discurso aos “alunos” falou dos fenómenos de intolerância e xenofobia na Europa.
E foi esse o mote para questionar Carlos Moedas sobre as declarações do candidato social-democrata à Camara de Loures, André Ventura, que acusou a comunidade cigana de viver às custas de subsídios do estado e defendeu a pena de morte para os pedófilos homicidas.
O comissário europeu recusou sempre referir-se a André Ventura, mas lembrou os valores que o PSD sempre defendeu.
“O PSD é um partido que nunca teve, que nunca foi, que nunca será [racista] e, no seu ADN, é um partido de tolerância e é um partido em que nem sequer se pode admitir que se pense que o PSD tenha qualquer aspecto racista, e muito menos o seu líder Pedro Passos Coelho”, declarou o antigo secretário de Estado.
Já o mesmo não se pode dizer, afirmou Carlos Moedas, de outras forças políticas representadas no Parlamento Europeu.
“Onde eu não vejo esses exemplos de tolerância hoje em toda a Europa é, exactamente, na extrema esquerda e na extrema direita. São esses que, muitas vezes, quando estou no Parlamento Europeu vejo que os votos da extrema esquerda e da extrema direita são exactamente os mesmos”.
Carlos Moedas defende que a Comissão Europeia deve ser mais firme com os países que violam esses valores na mesma medida que o foi com os países que violaram os valores do défice.