“Falhanço do Estado” nos incêndios em discussão no Parlamento

18 out, 2017 - 07:19

Debate quinzenal acontece um dia depois de os democratas-cristãos terem anunciado que vão apresentar uma moção de censura ao Governo em resultado dos fogos.

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A nova vaga de incêndios do fim-de-semana, que provocou pelo menos 41 mortos, será um dos temas do debate quinzenal com o primeiro-ministro, na Assembleia da República.

“O falhanço do Estado” foi o tema escolhido pelo PSD, enquanto o PCP irá questionar o chefe do executivo socialista sobre “a prevenção e a resposta aos problemas dos fogos florestais” e o PEV confrontará António Costa com "questões relacionadas com o drama dos fogos florestais".

O PS, que abrirá o debate, indicou como tema as "questões sociais e económicas", o BE optou pelas "políticas sociais, economia e relações internacionais" e o CDS-PP pelas "políticas de soberania, sociais e económicas".

O debate quinzenal acontece um dia depois de os democratas-cristãos terem anunciado que vão apresentar uma moção de censura ao Governo em resultado dos incêndios e devido à falha em "cumprir a função mais básica do Estado: proteger as pessoas".

Na terça-feira, numa declaração ao país, o Presidente da República falou dos fogos, advertindo que usará todos os seus poderes contra a fragilidade do Estado que considerou existir face aos incêndios que mataram mais de 100 pessoas desde Junho e defendeu que se justifica um pedido de desculpa.

A partir da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital, no distrito de Coimbra, Marcelo Rebelo de Sousa considerou ainda essencial o Parlamento clarificar o seu apoio ao Governo, face à moção de censura do CDS-PP, para "se evitar um equívoco" ou "reforçar o mandato para as reformas inadiáveis".

Marcelo Rebelo de Sousa defendeu também que se houver margens orçamentais, deve ser dada "prioridade à floresta e à prevenção dos fogos, considerando que esta "é a última oportunidade" para se agir nesta matéria.

As centenas de incêndios que deflagraram, no domingo, no Norte e Centro de Portugal, o pior dia de fogos do ano, segundo as autoridades, provocaram pelo menos 41 mortos e 71 feridos, além de terem obrigado a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas.

Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos este ano, depois de Pedrógão Grande, no Verão, um fogo que alastrou a outros municípios e que provocou 64 mortos e mais de 250 feridos.

Ao debate quinzenal, seguir-se-á o debate com António Costa preparatório do Conselho Europeu de quinta e sexta-feira, em Bruxelas.

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Carlos Mendes
19 out, 2017 Sintra 00:38
Mete pena estes políticos; PS, PSD e CDS foram os 3 partidos que estiveram sempre a governar, uns mais do que outros. Os responsáveis desta tragédia são todos, PSD E CDS e PS. Para quê atirar agora pedras ao PS, deviam ter vergonha. Em vez das pedras ajudarem a resolver isto de uma vez. O PSD/CDS não esquecem como o PS está no governo, mas está legitimo, por muito que lhes custe.
Joaquim Antunes
18 out, 2017 Lisboa 14:37
No governo anterior houve demissões, listas ou relatórios quando pessoas morreram por legionela , nos incêndios da Serra do Caramulo onde morreram bombeiros, não tudo foi esquecido, nada foi feito. Mas os mesmos ( CDS - PSD ) aliados ao Presidente da Republica vêm agora pedir demissões e mandar moções de censura, que grande hipocrisia e falta de memoria.
Abreu
18 out, 2017 Guimaraes 14:16
Fico triste por ver tantos incêndios, mais triste ainda por ver gente a morrer e saber que a justiça Portuguesa nâo funciona. Deitar a culpa ao governo não custa nada, e porque não deitar a culpa a todos os políticos que estiveram no poder desde a revolução de abril de 1994. Será que tiveram capacidade de planificar as florestas como devia ser?. A esses políticos que lá estiveram e agora só criticam, pergunto quais são os vossos interesses?.
Filipe
18 out, 2017 évora 12:09
Depois chegam à votação da censura e voltam a dar palmadinhas nas costas do Costa ... ( é sempre mais do mesmo ) , conversa !
as consequencias
18 out, 2017 lx 11:50
dos que queriam menos Estado e desinvestiram em tudo o que era publico, porque confundem despesa com investimento, que havia de empobrecer o país e colocar públicos contra privados, velhos contra novos e pensionistas contra activos, enfim, dividir para reinar, estão à vista! Ou será que esses que estiveram no poder durante 5 anos não foram Estado? Não brinquem com a inteligência daqueles que a têm!
caro antonio
18 out, 2017 Pt 11:43
A segurança rodoviária não é uma função do Estado?...O Estado não tem também de preservar por ela? Os condutores infringem, mas nos incêndios as populações também, mesmo avisadas, não fazem o que devem e algumas saiem desordenadamente das suas casas, fugindo mais em direcção à morte, do que se nelas ficassem! Com isto não pretendo afirmar que o Estado não tem responsabilidades e que errou, mas já erra há dezenas de anos! Pense bem, veja bem a complexidade das questões e não olhe tanto para o espelho que vê a sua própria figura!
antonio
18 out, 2017 lisboa 10:45
Quem mistura acidentes de viação e mortos em incêndios por o Estado falhar...é doido varrido!
Luis
18 out, 2017 Lisboa 10:25
Enquanto os governos governarem para os interesses e quem manda é quem grita mais alto, controla a comunicação social e tem poder de reivindicação através dos sindicatos, vamos ter mais incêndios e pessoas a morrer por falta de assistência médica. Mas isso não interessa. O que interessa é satisfazer o lobby eleitoral que faz ganhar eleições. Comparar pessoas que morrem por acidente de automóvel ( excesso de velocidade, alcool, conduzir sem carta...) com pessoas que são queimadas vidas porque não há carros de bombeiros nem GNR para cortar estradas... enfim ....
maria
18 out, 2017 lx 10:18
Escreva aqui o seu comentário... os assassinos estão na direita, mais a vigília vergonhosa de PPs onde aparece uma a dizer que o Santana tinha ido para a rua por menos. o Santana não passa de um incompetente. reconheci muitos do pp. e a cristas pediu desculpa dos suicídios que causaram, pessoas que morreram a fome em hospitais na troika porque cortaram o dinheiro. o portas não olha a meios para recuperar o governo, a raiva dele dá para 100 e é pouco. fogos atirados perto das casas tem muito que se lhe diga.
JOCAS
18 out, 2017 SETUBAL 10:15
OS SRS DO CDS DEVEM ESTAR A PENSAR QUE APESAR DE TAMBEM JÁ LÁ TEREM ESTADO NO GOVERNO E DE NADA TEREM FEITO EM FUNÇÃO DE DIMINUIR OS INCENDIOS FLORESTAIS QUE VÃO FAZER CAIR O GOVERNO E ASSIM TENTAREM LÁ VOLTAR.... POIS DEVE SER.... SRA DEPUTADA ASSUNÇÃO CRISTAS!!!! COM O MEU VOTO NÃO VOLTAM LÁ NÃO. ESQUECEM SE QUE EM 2014-2015 O GOVERNO ANTERIOR (E QUE ESTAVAM LÁ) HOUVE INCLUSIVÉ BOMBEIROS A FALECER! OS INCENDIOS FORAM DOS PIORES ANOS. HÁ QUE LOUVAR O TRABALHO DOS BOMBEIROS, E ACIMA DE TUDO EM VEZ DE ATIRAREM COM FACAS, ESPADAS, BOMBAS, ETC, DEVEM SIM, SRS DEMOCRATAS-CRSTÃOS, AJUDAR A CONSTRUIR UM FUTURO MELHOR NO QUE CONCERNA A TODA ESTA SITUAÇÃO E EVITAR A TODO O CUSTO QUE VOLTE A ACONTECER. COLABOREM SRS DEPUTADOS, É PARA ISSO QUE EXISTE O PARLAMENTO. A SRA MINISTRA HOJE DEMETIU-SE, AGORA É COLOCAR ALGUÉM QUE SAIBA O QUE FAZ, QUE CONHEÇA O TERRENO DAS FLORESTAS BEM E TODA A INFRAESTRUTURA QUE ESTÁ POR DETRÁS DESTA PARA QUE NÃO VOLTE A ACONTECER TRAGÉDIAS IGUAIS. O POVO AGRADECE.