20 out, 2017 - 22:33 • Susana Madureira Martins , Eunice Lourenço
Porfírio Silva, membro do Secretariado do PS – o núcleo duro da direcção socialista – já veio a público questionar a remodelação em curso no Governo. Este dirigente pede, em concreto, explicações sobre a saída de Catarina Marcelo, até agora secretária de Estado da Igualdade.
A saída de Catarina Marcelino foi dada a conhecer com a divulgação da lista de secretários de Estado que vão tomar posse este sábado. Para o seu lugar vai Rosa Monteiro, que já trabalhava no gabinete do ministro Adjunto como especialista para a igualdade de género e Cidadania. Catarina Marcelino era secretária de Estado para a Igualdade e Cidadania sob tutela do ministro Adjunto Eduardo Cabrita, que amanhã toma posse como ministro da Administração Interna.
“Catarina Marcelino foi até agora Secretária de Estado para a Igualdade e Cidadania. Deixará de o ser amanhã. Tenho pena. Tenho pena, não por amizade, porque em política não me guio por amizades e detesto o amiguismo como critério de escolha política. Tenho pena, porque a Catarina Marcelino estava a fazer um grande trabalho e não conheço nenhuma razão política válida para interromper esse trabalho”, escreveu Porfírio Silva na rede social Facebook, pedindo explicações para esta saída.
“Fico à espera de conhecer tais razões políticas, porque não acredito que a política possa ser o reino do arbitrário”, acrescenta o dirigente socialista.
Para além da mudança de nomes na pasta da Igualdade e Cidadania, há também uma mudança de tutela com a área a passar para o Ministério da Presidência, que está a cargo da ministra Maria Manuel Leitão Marques. A outra secretaria de Estado que estava no âmbito do ministro Adjunto – a das Autarquias Locais – também muda de tutela, seguindo com Eduardo Cabrita para a Administração Interna e mantendo-se nas mãos de Carlos Miguel.
Com estas alterações, o novo ministro Adjunto, Pedro Siza Vieira, que também toma posse este sábado fica sem qualquer secretário de Estado.